Unico SENHOR E SALVADOR

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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Venezuela: substituindo o socialista brutal por mais socialismo?

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Alex Newman

Enquanto os amantes da liberdade em todos os lugares expressaram prazer com a implosão contínua do regime brutal de Maduro que está oprimindo o povo da Venezuela, as preocupações sobre o histórico socialista do presidente interino apoiado por estrangeiros estão crescendo dentro e fora do país. 

Especialmente alarmante para os não-intervencionistas é a perspectiva de intervenção do governo dos EUA na luta venezuelana entre dois lados socialistas opostos.

Reconhecidamente, o presidente venezuelano provisório Juan Guaidó é, sem dúvida, muito mais moderado em seu socialismo do que o regime bárbaro de Maduro-Chávez. Mas o partido político de Guaidó, conhecido como “Vontade Popular,” é, apesar disso, um membro esquerdista da Internacional Socialista, a maior e mais poderosa aliança de partidos políticos socialistas e comunistas do mundo. Essa rede perigosa reivindica abertamente um governo socialista mundial. E seus membros incluem partidos com o sangue de milhões em suas mãos.

É claro que as afirmações de ditadores, comunistas e socialistas em todo o mundo de que Guaidó é ilegítimo parecem ser infundadas. Algumas das afirmações são francamente absurdas, como um comentário da deputada federal americana muçulmana Ilhan Omar afirmando que o governo Trump estava tentando “instalar uma oposição de extrema-direita.” 

Na realidade, a Assembleia Nacional democraticamente eleita, de acordo com a Constituição da Venezuela, declarou o ditador Maduro um “usurpador” e exigiu sua remoção. O governo Trump e governos em todo o mundo aceitaram a decisão da legislatura eleita e reconheceram Guaidó como líder interino, enquanto se preparam novas eleições.

Enquanto o consenso praticamente em todos os lugares é que Guaidó e eleições livres seriam uma melhoria enorme em relação à situação atual, a afinidade de Guaidó com o socialismo que destruiu sua nação está causando preocupação entre combatentes da liberdade na Venezuela e outros países. Internamente, a oposição anticomunista, que há muito tem sido brutalmente reprimida pelo regime, está dividida quanto à seguinte pergunta: Dá para se confiar em Guaidó? Um ponto importante entre os críticos é a alegação de que Guaidó e seu partido estão muito ligados a Maduro — especialmente ideologicamente.

Aliás, o manifesto do partido político de Guaidó se parece muito com os princípios políticos de qualquer ditadura socialista. Por exemplo, a plataforma da Vontade Popular engloba a noção comunista de pseudo-direitos humanos promovidos através da ONU. Entre os “direitos” socialistas defendidos pelo partido estão “o direito a um lar confortável,” o “direito a alimentos frescos, água potável, assistência de saúde e remédios” e “o direito à educação.” 

Os cidadãos cubanos e soviéticos também tinha esses “direitos,” no papel. Verdadeiros direitos humanos — como os fundadores dos EUA deixaram claro —, vêm porém de Deus, não do governo. E os verdadeiros direitos envolvem ser livre de coerção, não privilégios concedidos pelo governo que exigem que o governo redistribua a riqueza.

Com relação também aos críticos está a oferta de anistia de Guaidó aos criminosos do regime em colapso, muitos dos quais continuariam servindo em altos cargos de poder. Os oponentes disseram que isso equivaleria a impunidade para crimes horripilantes perpetrados pelo regime, que assassinou e torturou seus oponentes enquanto destruía e saqueava a outrora nação próspera. 

Enquanto isso, algumas ex-autoridades do regime expressaram seu total apoio a Guaidó — um fato que poderia ser interpretado como ratos fugindo de um navio que está afundado, ou um sinal perturbador de que o socialismo continuará a arruinar a Venezuela de alguma forma.

Talvez o fato mais preocupante seja a participação do partido de Guaidó na Internacional Socialista. Muitas vezes mencionada como IS, essa organização inclui muitos partidos comunistas “antigos,” hoje com outros nomes, da época da Guerra Fria, que assassinaram e torturaram um grande número de pessoas. 

Todos os anos, os partidos se reúnem e exigem “governo mundial,” uma ONU mais forte, redistribuição internacional da riqueza e mais das mesmas políticas que destruíram a Venezuela, Cuba e outras vítimas nacionais do socialismo. Em sua conferência de 1962 em Oslo, a IS saiu do armário e disse: “O objetivo final dos partidos da Internacional Socialista é nada menos que o governo mundial.”

Para entender como a Internacional Socialista é radical, considere que, em 2012, essa aliança realizou seu congresso anual em uma nação africana liderada por um partido político marxista-leninista que, de acordo com os principais especialistas em genocídio, estava naquele exato momento envolvido na fase de planejamento e preparação do genocídio para exterminar um grupo minoritário em apuros. 

O então líder daquele partido, conhecido como o Congresso Nacional Africano (ANC), tinha ido à televisão nacional naquele mesmo ano para cantar canções genocidas diante de seus militares sobre massacrar membros do grupo minoritário com sua metralhadora. Mas a IS elogiou abundantemente seus anfitriões. Mais recentemente, a IS deu todo o seu apoio a Guaidó.

Dentro da Venezuela, os críticos notaram tudo isso. O diretor de comunicações, Rafael Valera, com o movimento pró-liberdade conhecido como Rumbo Libertad, por exemplo, criticou a ideia de ter Maduro e outros altos funcionários do regime em qualquer governo de transição. “Guaidó é membro da Internacional Socialista, junto com outros três partidos de pseudo-oposição,” disse ele em reportagens. 

“O Partido da Vontade Popular de Guaidó também apoiou diálogo com Maduro no passado e pediu à população venezuelana que participasse de eleições fraudadas. Eles também estão propondo que chavistas perigosos façam parte da transição, continuando sua impunidade sistemática. Eles querem perdoar mercenários, criminosos e chavistas proeminentes… O partido de Guaidó pode nos dizer, por seu histórico, que não quer realmente derrubar o sistema comunista, mas dar mais vida a ele.”

Nos Estados Unidos, analistas anticomunistas expressaram também grandes preocupações. O proeminente anticomunista Cliff Kincaid do programa America’s Survival, por exemplo, escreveu uma coluna intitulada “Combatendo o Comunismo com o Socialismo Não Salvará a Venezuela.” Nele, ele comentou que Guaidó é um socialista sem remorso e que o presidente Trump convocou todas as nações do mundo para resistir ao socialismo e à miséria que ele traz. 

Trump reiterou sua oposição ao socialismo em seu discurso de Estado da União nesta semana. E, no entanto, seus assessores — basicamente, ao que parece, o agente do Conselho de Relações Exteriores, John Bolton — convenceram Trump a se unir a um socialista “alternativo” na Venezuela.

“A crise na Venezuela é o que acontece quando o Departamento de Estado dos EUA usa suas agências de financiamento, inclusive a USAID, para apoiar grupos de ‘oposição.’ 

Em vez de promoverem grupos anticomunistas que adotam ideias americanas de governo limitado e livre iniciativa, os programas da USAID subsidiam figuras e movimentos políticos de esquerda, frequentemente descritos como ‘sociedade civil,’” advertiu Kincaid, ecoando as preocupações de longa data sobre a ilegalidade e opressão sendo financiados por dólares dos impostos dos EUA. 

“A Fundação Nacional de Democracia (FND), entidade financiada pelo governo dos EUA, faz a mesma coisa em escala muito maior. A FND gasta mais de US$ 150 milhões por ano em ‘assistência democrática’ em países estrangeiros.”

O altamente influente serviço de notícias Breitbart também soou o alarme, com a repórter Frances Martel, focada na América Latina, observando que os membros da oposição têm “laços profundos” com a Internacional Socialista. Martel também explicou que muitas outras figuras principais da oposição alinhadas com Guaidó, mesmo de outros partidos, são também membros da Internacional Socialista. “Se o socialismo destruiu a Venezuela, o socialismo não pode salvá-la, e os líderes da oposição parecem estar aprendendo isso da maneira mais difícil,” escreveu ela.

E se essa questão não for tratada, o futuro poderá não ser tão brilhante quanto os defensores de uma Venezuela livre esperam. “Essa infiltração socialista não só paralisou a oposição, mas ameaça deformar o futuro de uma Venezuela sem Maduro em algo que se parece um pouco com o presente e passado recente do país,” acrescentou ela. “Sem abandonar o socialismo, a Venezuela nunca se salvará do socialismo, e quanto mais cedo os líderes da oposição perceberem isso mais danos a nação eles conseguirão evitar.”

Entre os elementos mais alarmantes dessa saga para os americanos está o fato de que o presidente Trump, que expressou pontos de vista não-intervencionistas por um período de muitos anos, disse que a intervenção militar dos EUA pode ser uma “opção” para a Venezuela. Perguntado durante uma entrevista na TV, Trump disse: “Olha, não quero dizer isso. 

Mas certamente é algo que está na minha lista — é uma opção.” Enquanto isso, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, ao reunir o apoio internacional a Guaidó, referiu-se a Guaidó e seus aliados socialistas como “forças da liberdade” enquanto atacavam Maduro e o agrupamento diversificado de regimes que estão apoiando-o.

Ironicamente, depois de ter ajudado a ditadura a desarmar os cidadãos obedientes à lei na Venezuela, a ONU instou contra a interferência estrangeira na Venezuela. Em vez disso, o chefe da ONU, António Guterres, ex-líder da Internacional Socialista, ofereceu assistência da ONU na negociação entre as duas facções socialistas. “Acho que é importante que a ONU reafirme a disponibilidade de seus bons ofícios para apoiar quaisquer negociações entre as duas partes para que uma solução seja encontrada,” disse o ex-chefe da IS e atual chefe da ONU, um conhecido extremista socialista e globalista.

Em entrevista ao The New American, o proeminente líder anticomunista Frank De Varona, que invadiu Cuba aos 17 anos e é diretor de imprensa e informação da Brigada de Assalto da Associação dos Veteranos da Baía dos Porcos 2506, celebrou os recentes acontecimentos na Venezuela como o começo do fim do regime. Ele explicou que a Associação de Veteranos e todas as organizações anticomunistas cubanas nos Estados Unidos apoiaram a decisão de Trump de reconhecer Guaidó como presidente interino. 

Como as eleições serão realizadas em breve e a Venezuela já experimentou os efeitos danosos do socialismo, De Varona disse não estar muito preocupado com a participação do partido do Guiadó na IS. Ele também expressou seu apoio às sanções dos EUA que “levariam à falência do regime de assassinatos em massa de Nicolás Maduro.”

Observando que mais de 20 governos nacionais reconheceram Guaidó como o presidente temporário, De Varona disse que o regime “simplesmente não pode sobreviver” sob a pressão crescente. “A Venezuela será em breve uma nação livre, democrática e soberana com a ajuda de Deus,” acrescentou ele. De Varona trabalhou para persuadir o governo Trump a se levantar contra o que ele descreveu como a “Troika de Tirania” — os regimes que regem Cuba, Venezuela e Nicarágua. 

Ele se reuniu com o governador da Flórida, Ron DeSantis, o senador Rick Scott, o assessor de segurança nacional Bolton, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, e outros para deixar claro seus pontos de vista — esses regimes não são governos legítimos e não devem ser tratados como tal.

No final, De Varona e outros anticomunistas estão animados com os acontecimentos. “Cuba é o câncer e Venezuela, Nicarágua e Bolívia são a metástase,” disse ele, acrescentando que, se o regime cubano entrar em colapso, os outros regimes cairão também. E isso pode estar chegando em breve. “O fim do regime de Maduro significará o fim de Cuba recebendo petróleo de graça. Estou otimista de que uma Venezuela livre tenha um impacto muito negativo sobre o regime em Cuba. 

A Cuba comunista está quase falida… Será muito difícil para o regime sangrento cubano sobreviver, especialmente se o governo Trump parar os cruzeiros e os voos aéreos para Cuba, reduzir remessas, aplicar a Lei Helm-Burton, inclusive o Título III, e acrescentar Cuba às listas negras de nações que apoiam o terrorismo e o tráfico de pessoas.”

O sombrio apoio a tais movimentos continuou, com os globalistas do CRE e a elite do Estado Profundo apoiando um assassino em massa marxista nas eleições anteriores de El Salvador, como apenas um exemplo. Há poucos anos, a diretora do CRE para a América Latina na época, a defensora de Fidel Castro, Julia Sweig, foi descrita como uma “agente de influência” do regime de Havana por um oficial de inteligência dos EUA encarregado de expulsar os espiões de Fidel Castro Estados Unidos.

O governo de Trump e o Congresso dos EUA precisam seguir o sábio conselho dos fundadores dos EUA e resistir à tentação de se envolver em mais intervencionismo em países estrangeiros. Intervir para substituir um socialista por outro socialista não seria prejudicial apenas para os EUA, mas também poderia ser devastador para genuínos movimentos de oposição anticomunistas na Venezuela e outros países. 

Em resumo, a intervenção dos EUA em nome da oposição desacreditaria a oposição e daria crédito às afirmações de Maduro de que seus inimigos são simplesmente lacaios do “Império Ianque.” Poderia também legitimar a repressão — afinal, qualquer governo no mundo reivindicaria que tem justificativa para impedir que forças estrangeiras hostis o derrubassem.

Traduzido por Julio Severo do original em inglês da revista The New American: Venezuela:Replacing Brutal Socialist With More Socialism?

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