Deveríamos estar ensinando meninos a rejeitar a masculinidade tradicional? De acordo com a Associação Americana de Psicologia, isso é precisamente o que deveríamos estar fazendo. Em nossa época, a “masculinidade tradicional” ganhou novo nome, “masculinidade tóxica,” e está sendo feita uma tentativa em todos os sentidos para erradicar as formas tradicionais de comportamento masculino de nossa sociedade.
Nós vemos isso acontecendo em salas de aula, vemos isso acontecendo na cultura popular e ultimamente essa nova agenda está sendo constantemente promovida pela grande mídia.
Por exemplo, o jornal New York Times acaba de publicar um artigo sobre as novas normas para homens que a Associação Americana de Psicologia publicou recentemente. Seu artigo foi intitulado “A Masculinidade Tradicional Pode Prejudicar Meninos, Dizem Novas Normas da AAP,” e sugere que precisamos redefinir totalmente o que significa “ser homem”:
As normas, 10 ao todo, afirmam que os homens que são socializados para se conformarem à “ideologia tradicional de masculinidade” são frequentemente afetados negativamente em termos de saúde mental e física.
Eles reconhecem que as ideias sobre a masculinidade variam entre culturas, faixas etárias e etnias. Mas eles apontam para temas comuns como “antifeminismo, conquista, fuga da aparência de fraqueza e aventura, risco e violência.”
Em outras palavras, eles querem que os homens se tornem fracos, subalternos femininos que nunca assumem riscos e nunca se aventuram.
E, num grau significativo, a elite já fez um grande progresso na remoção da masculinidade tradicional de nossa sociedade. Hoje, milhões e milhões de homens americanos se sentem perdidos, derrotados e abatidos. E até mesmo o artigo oficial da AAP sobre essas novas diretrizes reconhece que temos uma crise muito real em nossas mãos:
Mas algo anda mal também para os homens. Os homens cometem 90% dos homicídios nos Estados Unidos e representam 77% das vítimas de homicídio. Eles são o grupo demográfico com maior risco de ser vítima de crimes violentos. Eles são 3,5 vezes mais propensos do que as mulheres a morrer por suicídio, e sua expectativa de vida é 4,9 anos menor do que a das mulheres.
Os meninos são muito mais propensos a serem diagnosticados com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade do que as meninas, e eles enfrentam punições mais severas na escola — especialmente meninos de cor.
Mas, em vez de abraçar a masculinidade, a solução que a Associação Americana de Psicologia está promovendo é tentar erradicá-la completamente.
Eles admitem abertamente que estão tentando “mudar” a cultura, e argumentam que a masculinidade tradicional vinha colocando barreiras em nossa sociedade “ao conferir benefícios aos homens e ao aprisioná-los em papéis estreitos”…
Primeiro, os clínicos precisam estar cientes dos ideais masculinos dominantes e ter consciência de seus próprios preconceitos potenciais. Em segundo lugar, eles precisam reconhecer a natureza integrada da masculinidade e como os fatores que vão desde a espiritualidade até o status de habilidade, idade e etnia interagem.
Os profissionais de saúde mental também precisam entender como o poder, o privilégio e o sexismo funcionam tanto ao conferir benefícios aos homens quanto ao aprisioná-los em papéis restritos.
A mensagem fundamental é que se você deseja abraçar a masculinidade tradicional, você é uma pessoa má, e vemos essa mensagem reforçada na cultura popular o tempo todo.
Por exemplo, em literalmente centenas de programas de televisão e filmes, os pais são retratados como idiotas desajeitados que estão sempre se metendo em algum tipo de problema. Enquanto isso, suas esposas são retratadas como as inteligentes, capazes e responsáveis.
Ou se há um “vilão” em um programa de televisão ou filme, há mais de 95% de chance de ser um homem. Ao mesmo tempo, há um esforço conjunto de Hollywood para retratar mulheres como executivas, líderes e realizadoras.
Dizem que a arte imita a vida, mas neste caso, a vida está imitando a arte. Neste ponto, as mulheres estão superando muito os homens em todos os níveis de ensino:
“As meninas superam os meninos na escola primária, no ensino médio, no ensino colegial, na faculdade e na pós-graduação,” diz Michael Thompson, psicólogo escolar que escreve sobre os problemas acadêmicos dos meninos em seu livro “Raising Cain.” Ele diz que depois de décadas de atenção especial, as meninas estão subindo, enquanto os meninos estão estagnados.
“As meninas estão sendo instruídas: ‘Vá em frente, você pode fazer isso. Vá em frente, você pode fazer isso.’ Elas estão recebendo uma imensa quantidade de apoio,” diz ele. “Os meninos ouvem que a maneira de brilhar é atleticamente. E os meninos têm muitas mensagens confusas sobre o que significa ser masculino e o que significa ser estudante. Ser um bom aluno faz de você um homem de verdade? Eu não acho que sim… Não é legal.”
E as mulheres conquistaram pelo menos 57% de todos os diplomas de bacharel nos EUA por 18 anos seguidos:
As mulheres obtiveram aproximadamente 57% dos diplomas de bacharel concedidos por instituições americanas de ensino superior no ano letivo de 2016-2017, de acordo com dados divulgados esta semana pelo Centro Nacional de Estatísticas da Educação (CNEE), que faz parte do Ministério de Educação dos EUA.
Isso, de acordo com dados do CNEE, faz de 2016-2017 o 18º ano acadêmico direto em que as mulheres ganharam aproximadamente 57% dos diplomas de bacharel concedidos pelas faculdades e universidades dos EUA.
Claramente, temos um problema enorme. Mas, de acordo com a Associação Americana de Psicologia, é uma coisa ruim os meninos colocarem ênfase na “conquista.”
Claro, a verdade é que a masculinidade não é tóxica. Assim como a feminilidade, a masculinidade deve ser abraçada e celebrada.
Mas, em vez disso, a elite está espalhando ideias muito tóxicas que estão dividindo profundamente o povo americano. Eu realmente gosto de como a autora Heather MacDonald explicou isso:
Os EUA estão em crise, desde a universidade até o local de trabalho. As ideias tóxicas disseminadas primeiramente pelo ensino superior minaram os valores humanistas, fomentaram a intolerância e ampliaram as divisões em nossa cultura mais ampla. Chaucer, Shakespeare e Milton? Opressivo. História americana? Tirania. Professores corrigindo gramática e ortografia ou empregadores contratando por mérito? Racista e sexista.
Os estudantes entram no mercado de trabalho acreditando que os seres humanos são definidos por sua cor de pele, gênero e preferência sexual, e que a opressão baseada nessas características é a experiência americana. Opiniões que desafiam essas ortodoxias do campus são silenciadas com força bruta.
O povo americano está mais profundamente dividido do que nunca, e é difícil imaginar uma nação tão profundamente dividida que tenha algum tipo de futuro positivo.
Temos de aprender a amar uns aos outros e seria de grande ajuda se pudéssemos redescobrir os valores comuns que um dia tornaram este país tão grande.
Infelizmente, a turba politicamente correta está se tornando mais dominante a cada ano que passa, e eles são absolutamente obcecados em alterar permanentemente nossa cultura.
Traduzido por Julio Severo do original em inglês da revista Charisma: American Psychological Assoc: 'Traditional Masculinity Can Hurt Boys'
Phonte: www.juliosevero.com
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