Unico SENHOR E SALVADOR

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quinta-feira, 12 de março de 2015

A Jornada de Moriá


Introdução

“E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.
E disse: Toma agora teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te a terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre umas das montanhas, que eu te direi”. 

(Gn 22.1,2)

Os versículos que acabamos de ler, tratam da história vivida por uma das personagens mais marcantes das páginas da Bíblia sagrada. Ao tomarmos conhecimento dos fatos que envolvem toda sua trajetória pelos desertos, podemos sem dúvida alguma notar as contribuições que esse verdadeiro gigante da fé proporcionou àqueles se encontram enfrentando as adversidades desta vida. Baseados neste conhecimento, podemos dizer que
Abraão se constitui em um dos maiores exemplos de fé da história bíblica.

Uma prova clara do que estamos dizendo pode ser encontrada no cap. 11 da carta escrita aos hebreus, aqui podemos notar que nenhuma outra testemunha dispõe de tanto espaço na chamada galeria dos heróis da fé. Porém, como diz certo adágio popular, ninguém é tão perfeito a ponto de nunca ter errado. Mediante sua história, podemos aprender não somente com seus acertos, seus erros também nos oferecem poderosas lições.

Com Abraão, aprendemos não somente o que deve ser feito diante de situações onde somos postos à prova, mas também, atitudes que devem ser evitadas. Quero convidar você leitor para juntos estudarmos e conseqüentemente aprendermos algumas valiosas lições com a vida deste grande homem de Deus, do episódio de seu chamamento até a triste jornada de Moriá.

Uma promessa muito desejada (Gn 12.1,2)

Tendo em vista a esterilidade de Sara e o provável desejo que Abraão sentia de ser pai, (na época de Abraão, os filhos eram um sinal de prosperidade e favorecimento da parte dos deuses), a promessa que Deus lhe faz parece um tanto conveniente. Não acredito de maneira nenhuma que Deus tenha de alguma forma posto uma “isca” para atrair Abraão, afinal de contas, esta promessa fazia parte de um plano originado desde de antes da fundação do mundo (Gl 3.8).

Mas, para um homem que agora, depois de casado à alguns anos provavelmente já estava ciente da esterilidade de sua esposa, e que certamente não conseguiria realizar seu sonho de paternidade com a mulher que amava, é difícil negar que a proposta de ser “pai” de uma grande nação não tenha de alguma maneira ajudado a influenciar sua obediência à Deus.

Os acontecimentos que se seguem causam uma verdadeira reviravolta na vida de Abraão, a tecnologia da época até então não pôde lhe proporcionar tantas esperanças, a idéia de ter um filho com uma das escravas de sua esposa, atitude bastante praticada naqueles tempos também era uma alternativa, mas que não parecia ser uma solução muita atraente, quem sabe tendo em vista seu amor por Sara e a tristeza e a vergonha que essa atitude lhe causaria, é provável que essa tenha sido a razão desta idéia ter ficado para último plano (Gn 16.2).

Foi quando de repente Deus entra em cena com uma proposta a primeira vista absurda. Ele então lhe diz: “Sai da tua terra e do meio da tua parentela...”. Creio que logo na primeira manifestação, houve um impacto e uma grande conquista da parte de Deus sobre o coração de Abraão, afinal de contas, esta era a primeira vez em que ele se deparava com um deus, ou melhor, com o Deus que de fato falava, ouvia, via, se movia e tinha realmente poder, mas mesmo assim, deixar tudo e todos e seguir para uma terra sem se quer saber para onde ir (Hb 11.8b), ainda não parecia suficiente para estimular “um passo de fé” na vida de Abraão.

Talvez a promessa precisasse de um complemento, e se Abraão de fato como qualquer outro ser humano normal passou pelo doloroso estágio da dúvida e hesitação, o que devo dizer, numa situação como esta, não deve constituir-se em nenhuma ofensa desde que não sacrifique o restante de nossa obediência, as últimas palavras da promessa de Deus parecem ter sido bastante animadoras. A tradução da bíblia viva despeja um pouco mais de luz sobre o que estamos dizendo:

“Faça isso e farei de você o pai de uma grande nação”(Gn 12.2).

Ao que parece, estas palavras tiveram um profundo efeito sobre a escolha de Abraão, visto que o verso quatro nos dá a idéia de uma urgente decisão para obedecer. A bíblia diz: “Assim partiu Abrão, como o Senhor lhe tinha dito”. 

Devo afirmar que essa interpretação dos fatos pode parecer nova, e não quero de maneira nenhuma ser interpretado como alguém que tentou atribuir aqui defeitos e erros que Abraão não tenha cometido, afinal de contas, já temos quem faça o papel de acusador de nossos irmãos, isto é, o próprio diabo (Ap 12.10b), mas quero com um pouco de transparência falar da vida de um homem como nós que apesar de seus grandes êxitos, não estava imune as falhas, na verdade, a triste jornada de Moriá é uma figura do que acontece ou acontecerá na vida de todos aqueles que “... também andam nas pisadas daquela fé de Abraão...” (Rm 4.12).

Além do mais, se tudo que tenho dito aqui possui um fundamento, então devo confessar que o fato de me propor a falar aqui sobre sua vida, não quer dizer de maneira nenhuma que eu esteja em uma situação privilegiada em relação a ele e é exatamente por isso que eu quero começar a contextualizar esse episódio da bíblia iniciando por mim.

Creio que todos nós fomos criados com um propósito e dentro desse propósito há uma tarefa especial para cada um de nós. Isso é uma realidade tão verdadeira que até mesmo aqueles que ainda não conseguiram situar-se dentro desse propósito, continuam a orar buscando essa orientação.

Sinceramente devo dizer com toda humildade que Deus têm me comissionado ao ministério da pregação e do ensino da palavra e, devo dizer ainda que, apesar de algumas vezes ter tentado me esquivar desse chamado, no fundo mesmo meu coração sonhava em ser um arauto das boas novas do evangelho, ainda que o considerasse apenas sonho. Hoje, esse ministério já é uma realidade, mas constantemente tenho sentido a necessidade de refletir sobre isso. Vez por outra sou assaltado por um questionamento em meu coração com relação às minhas intenções sobre a pregação.

Por que estou pregando? O desejo que sinto de pregar às multidões é o mesmo de pregar pra uma alma quando surge a oportunidade? O fato de a pregação ter sido um sonho não teria de alguma forma influenciado a meu sentimento de obediência a Cristo?

Se Deus me tirasse esse ministério eu continuaria sendo-lhe fiel? Estou em busca de honra entre os homens ou o meu amor por Cristo é tão forte a ponto de eu aceitar o menor serviço na casa de Deus? Será que estou amando a Deus pelo Ele é ou pelo que Ele pode me dar? Amo a Deus ou amo a pregação?

Se novamente isso lhe parece absurdo, então porque é que a maioria de nossas campanhas evangelísticas, talvez até sem essa intenção, tentam atrair as multidões enfatizando mais o que Jesus faz em detrimento do que Ele é. Jesus pode curar você, dizemos, ele pode restituir o que você perdeu, ele vai abençoar você etc. Pra falar a verdade isto não é nenhuma novidade, lembra da multidão que foi alimentada na multiplicação milagrosa dos pães e peixes? 

Quando vieram novamente a Cristo, Ele lhes repreendeu dizendo: Na verdade na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes (Jo 6.26). Cristo reconheceu que o que impulsionava o povo a segui-lo, era sua própria fome, sua necessidade do pão. O que quero dizer aqui, é que todos nós, conscientes ou não, em grande maioria das vezes vamos a Jesus motivados por uma espécie de “fome”.

No caso de Abraão, talvez fosse o desejo de ser pai. Mas o que o diferencia da maioria de muitos de nós, é que a fome de Abraão estava baseada em um desejo puro e sem maldade enquanto um grande número de pessoas tem servido a Deus por motivos puramente egoístas. Abraão apenas queria ser pai!

E você, qual sua fome? É o ministério, uma cura, finanças, ou ainda a salvação de um ente querido etc.? Não há nada de errado em buscar essas coisas, mas, devemos nos certificar de que estamos servindo a Deus pelo motivo certo, isto é, pelo que Ele é e não pelo que Ele faz. E qual a necessidade de entendermos isso? Bem, é que assim evitaremos que aconteça conosco o que aconteceu ao povo que saiu ao encontro de Jesus, visto que não lhes deu pão novamente quase todos resolveram abandona-lo (Jo 6.66).

Um silêncio perturbador

Mas depois de tudo isso, ainda há algo para ser aprendido aqui, a paciência de Deus. É impressionante como Deus nos aceita mesmo sabendo quem somos e até mesmo o que queremos.

Mais impressionante ainda são os métodos que Ele usa para purificar nossas intenções. Depois de ter dado a promessa, e da conseqüente obediência de Abraão, Deus agora inicia o seu processo de silêncio. Por cerca de cinqüenta e cinco versículos vemos a vida de Abraão se desenrolar sem que haja uma só manifestação acerca da promessa, é quando finalmente no capítulo quinze, Deus reaparece a Abraão dizendo: Não temas Abrão, Eu sou teu escudo (lugar de proteção, habitação segura) e teu grandíssimo galardão (maior riqueza, tesouro, recompensa) v.1.

Parece que Deus tenta esclarecer Abraão acerca do que realmente era o mais importante, sua presença, seu amor, sua amizade etc. Porém, o que podemos notar claramente é que o coração de Abraão, mesmo depois de algum tempo de prova continua exatamente o mesmo, Abraão continua “de olho na benção”. Tanto que parece não ter prestado a atenção devida nas palavras e até na presença do próprio Deus.

Imediatamente ele diz: Senhor Jeová, que me hás de dar, pois ando sem filhos... (cf.15.2a).

Abraão continuava seguindo Deus pelo que podia receber. Novamente Deus se mostra paciente e faz um pacto com Abraão para tranquilizá-lo e como prova de que no devido tempo, Abraão receberia o cumprimento da promessa que lhe fora feita.

Acho que esse episódio tem um pouco a ver com nossas vidas. Também possuímos promessas estabelecidas por Deus em sua palavra, mas, mesmo assim estamos sempre em busca de garantias. Deus prometeu que sempre nos amaria e até mesmo entregou seu único Filho para morrer por nós como prova do seu amor e de que também derramaria outras bênçãos sobre nossas vidas (II Co 1.20), mesmo assim, basta Ele silenciar um pouco, nos por à prova um pouco e já estamos nos perguntando se nos esqueceu. 

Começamos a questionar seu amor por nós, ficamos desesperados atrás de uma profecia “extra”, queremos a qualquer custo uma nova prova do seu amor. Ainda bem que, “como um pai se compadece do filho”, o Senhor continua a nos ajudar. Ele se manifesta reafirmando a grande fidelidade como fez a Abraão (Gn 15.4,5).

Uma atitude reveladora (Gn 16.2)

Mesmo depois da promessa e agora também de pacto, o teste do tempo continua a se estender. Abraão agora já tem quase cem anos e suas forças, tanto físicas como emocionais a essa altura da vida já não são mais as mesmas. Sara sua esposa, também já mostrando-se vencida pelo tempo resolve como quem apela a sua última alternativa, dar uma de suas escravas a Abraão.

A algum tempo atrás essa hipótese seria ligeiramente descartada, mas agora, a esta altura dos acontecimentos não parecia haver outra alternativa. Abraão ao que parece, sem oferecer muita resistência, o que sem dúvida denuncia sua passividade apesar de não ter tomado a iniciativa, deita com Agar e concebe um filho.

É importante observarmos algo aqui, veja bem, a maior atitude de fé da vida de Abraão está estreitamente ligado ao seu desejo de ser pai, mas também o maior erro de sua vida ocorreu em função desse desejo. Num momento de fragilidade e de impaciência, Abraão dá ouvidos à voz de Sara e gera um filho segundo a carne (Gl 4.23).

Essa atitude de Abraão revela que o maior motivo de sua força na fé era a promessa de Deus, enquanto deveria firmar-se no Deus da promessa. Conseqüentemente, o maior motivo de sua força acabou se tornando seu maior ponto de fraqueza.

Em nossa vida, devemos estar alertas para essa realidade, devemos tomar cuidado com nossas intenções, com o que desejamos e esperamos de Deus. Algumas vezes, as nossas ambições podem tornar-se em laço. 

Não seria essa a razão de muitos cristãos tentarem crescer na vida ministerial ou até mesmo em outras áreas cedendo a pecados como a bajulação, compactuação com o erro, duplicidade de caráter e até mesmo o sacrifício dos seus valores morais e espirituais para alcançarem seus objetivos porque devido à demora do cumprimento da promessa, desaprenderam a confiar e esperar em Deus? 

Aqui está um aviso, Satanás também sabe fazer propostas, às vezes elas poderão ser parecidas com as de Deus, mas, sempre haverá uma diferença, elas sempre serão propostas do diabo. Há maior recompensa em rejeitá-las do que em aceita-las.

Tenho certeza que Abraão rejeitaria se soubesse quais conseqüências lhe viriam no futuro.

Uma prova esclarecedora (Gn 22.1,2)

O último teste de Deus sobre a vida de Abraão é ainda mais esclarecedor. Num momento crucial de sua vida, Abraão, que agora já havia recebido a promessa e mais uma vez experimentado a fidelidade de Deus, agora vê mais uma vez o Senhor pô-lo à prova e, adivinha em que Deus resolve provar Abraão? O verso dois nos diz: Toma teu filho, teu único filho, a quem amas..., Deus pede a Abraão a sua preciosidade, o fruto de uma perseverança não apenas de vinte e cinco anos, mas de uma vida inteira, o filho da promessa.

Parece interessante, as palavras de Deus parecem mais uma espada penetrando o coração do velho Abraão, não bastasse dizer: Toma teu filho..., Deus continua, teu único filho, e ainda, a quem amas. É claro que Abraão não havia esquecido que Isaque era seu filho e do quanto o amava.

O que ele precisava era compreender o que não havia conseguido entender em vinte e cinco anos. Chegara o momento de entregar o primeiro lugar de seu coração a Deus, para obedecê-lo e levar Isaque para ser sacrificado em cima do monte Moriá, Abraão precisou primeiro sacrifica-lo em seu coração. Não arranca-lo de sua vida, não esquece-lo, muito menos rejeita-lo ou abandona-lo, mas de uma vez por todas, conhecer ele mesmo o que era mais importante em sua vida. Durante vinte e cinco anos, a promessa de Deus impediu que Abraão olhasse para o Deus da promessa.

Naquele dia tudo seria esclarecido, Abraão saberia, e nós também quem era de fato o maior amor de sua vida. A Bíblia nos diz que Abraão obedece ao Senhor, seu filho, apesar de não estar bem à par dos acontecimentos, obedientemente o segue por uma jornada de três dias até chegar ao monte, a triste jornada de Moriá.

No alto daquele monte, Abraão leva sua obediência a quase um desfecho final. Sem dúvida, aquela era a maior de todas as provas que ele havia enfrentado em toda sua vida.

Ter que deixar seus parentes agora parecia pouco, vinte e cinco anos de espera eram toleráveis, mas, sacrificar o próprio filho, de tudo, era realmente mais do que seu velho coração podia suportar. Porém, todo aquele tempo andando pelos desertos não haviam somente lhe proporcionado momentos difíceis na vida, Abraão havia aprendido a confiar em Deus a ponto de crer “que Deus era poderoso para até dos mortos o ressucitar” (Hb 11.18b).

Quando indagado pelo seu filho acerca do cordeiro para o sacrifício, sua resposta foi: “o Senhor proverá”(Gn 22.8). Entendemos aqui que o monte da provação é também o monte da providencia.

Abraão deita Isaque, tudo está preparado. Teria ele forças para ir até o fim? Seu braço erguido enquanto segurava o cutelo amolado em direção ao pescoço de seu filho nos mostram que sim. Ao tempo que em seu coração ele declara, mesmo sem palavras, pela sua atitude o que Deus representava para ele. Aos cem anos de idade, obedecer e amar a Deus era mais importante do que tudo, até mesmo seu próprio filho.

Ele inicia um movimento brusco, o movimento que provaria sua fidelidade, quando de repente uma voz rompe o silêncio daquela montanha. Abraão conhecia aquela voz, era exatamente a mesma de vinte e cinco anos atrás e de tantas outras vazes durante a jornada. A Bíblia diz: Mas o Anjo do Senhor lhe bradou desde os céus e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Não estendas a tua mão sobre o moço e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus e não me negaste teu filho, teu único (Gn 22.11,12).

Naquele mesmo instante, Abraão vê próximo dali um cordeiro preso em um arbusto pelos chifres, Abraão toma-o em suas mãos e agora o oferece em holocausto ao Senhor, depois toma também o seu filho e desce a montanha como um homem diferente, um coração mais puro do que nunca. Tantos anos de espera, tantos anos de aprendizado na eterna escola de Deus que precisavam ser selados com uma experiência ainda maior.

Ele agora não tinha mais dúvidas, em seu coração não havia mais qualquer espécie de concorrência, seu experimentado coração, continuou amando Isaque sabendo que somente Deus era realmente o seu grandíssimo galardão (Gn 15.1).

Conclusão


Todos esses acontecimentos nos trazem novamente à memória uma questão um tanto perturbadora: Por que Deus nos prova? Quais são suas intenções ao provar o justo?

Bem, temos que admitir que o motivo pelo qual Deus nos põe à prova, não deve ser por que Ele o Deus onisciente queira nos conhecer melhor, pois se assim fosse, como explicaríamos o salmo de número 139?

Mediante a história de Abraão podemos chegar à conclusão de que o papel da provação diz muito mais respeito a nós do que ao próprio Deus, e que na verdade, Ele nos prova não para saber melhor quem somos, mas para que nós o saibamos.

Deus não tem opiniões erradas a nosso respeito, nós sim, e as provações se encarregam de levar embora essas opiniões.

Por isso importa que a nossa fé, muito mais preciosa que o ouro que perece e é provado pelo fogo, depois da prova, se ache em louvor e honra e glória na revelação de Jesus cristo (I Pe 1.7).

Reflexão


Nesta vida, não importa possuir bens, não importa ganhar algo ou perde-lo também. Não importa ser isto ou aquilo, mas sim, estar ciente de que em Deus, temos todas as coisas.

Glória a Deus!

Autor: Ítalo Dean Barros de Sousa 

Divulgação: Estudos Gospel.com.br

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