Minoria cristã reclama que governo de Narendra Modi não está fazendo o suficiente para garantir sua segurança. Freira foi atacada em colégio religioso em Bengala Ocidental
ataque a um colégio de freiras em Bengala Ocidental levou cristãos a protestar contra o governo do primeiro-ministro Narendra Modi. No ataque, uma freira de mais de 70 anos de idade foi estuprada.
A polícia informou que dez pessoas foram detidas para interrogatório, mas os responsáveis pelo estupro ainda não foram presos. A escola fica no distrito de Nadia, a nordeste de Kolkata, a capital de Bengala Ocidental. A vítima foi internada.
Com orações e vigílias, cristãos em todo o país protestaram contra a brutalidade dos agressores e lideranças católicas afirmam que Modi não está fazendo o suficiente para proteger os cristãos. Querem mais segurança em igrejas e outras instituições religiosas.
Parlamentares de oposição alertaram nesta segunda-feira que o ataque pode prejudicar a estrutura social secular do país, onde cerca de um quinto da população de 1,2 bilhão de habitantes segue outras religiões que não o hinduísmo.
Perseguição - Desde dezembro, pelo menos seis igrejas foram vandalizadas, e grupos hindus pressionam pela conversão de praticantes de religiões consideradas "estrangeiras", como o cristianismo e o islamismo.
No final do ano passado, informou o Washington Post, nacionalistas hindus invadiram um pequeno vilarejo onde viviam várias famílias convertidas ao Cristianismo há mais de uma década. Realizaram uma cerimônia de purificação com fogo, arrancaram uma cruz do local e colocaram um pôster do deus Shiva, declarando o espaço um templo.
No último domingo, uma igreja católica que estava sendo construída no Estado de Haryana foi vandalizada e a cruz foi substituída por uma pequena estátua de um deus hindu.
O padre Savari Muthu, porta-voz da Arquidiocese de Nova Délhi, disse que o governo não está realizando "ações concretas para proteger os cristãos". "Temos de erguer nossa voz contra essas atrocidades. Os cristãos não vão tolerar essa humilhação", disse, em declaração reproduzida pela agência Reuters. Suas palavras fazem coro a outros críticos insatisfeitos com a inação do primeiro-ministro para assegurar a harmonia religiosa em um país com histórico de conflitos.
Madre Teresa - Há algumas semanas, o líder do Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), um grupo fundamentalista hindu de cujas fileiras saiu o assassino do pacifista Mahatma Gandhi (nenhum parentesco com a dinastia política), disse que o trabalho de caridade de Madre Teresa de Calcutá tinha como objetivo converter os pobres ao cristianismo.
As críticas foram imediatas ao afirmar que a declaração de Mohan Bhagwat incentivava a tensão religiosa. O partido de Modi, Bharatiya Janata, foi criado a partir do RSS, que condenou o estupro da freira. "Nenhum ataque contra qualquer mulher na Índia deve ser tolerado, seja ela hindu, muçulmana ou cristã", disse o secretário-geral do partido, Suresh Joshi.
Em fevereiro, pouco depois de o presidente Barack Obama pedir respeito pela liberdade religiosa, em visita ao país, o primeiro-ministro indiano prometeu uma operação contra a violência religiosa.
Fonte: Veja.com
A polícia informou que dez pessoas foram detidas para interrogatório, mas os responsáveis pelo estupro ainda não foram presos. A escola fica no distrito de Nadia, a nordeste de Kolkata, a capital de Bengala Ocidental. A vítima foi internada.
Com orações e vigílias, cristãos em todo o país protestaram contra a brutalidade dos agressores e lideranças católicas afirmam que Modi não está fazendo o suficiente para proteger os cristãos. Querem mais segurança em igrejas e outras instituições religiosas.
Parlamentares de oposição alertaram nesta segunda-feira que o ataque pode prejudicar a estrutura social secular do país, onde cerca de um quinto da população de 1,2 bilhão de habitantes segue outras religiões que não o hinduísmo.
Perseguição - Desde dezembro, pelo menos seis igrejas foram vandalizadas, e grupos hindus pressionam pela conversão de praticantes de religiões consideradas "estrangeiras", como o cristianismo e o islamismo.
No final do ano passado, informou o Washington Post, nacionalistas hindus invadiram um pequeno vilarejo onde viviam várias famílias convertidas ao Cristianismo há mais de uma década. Realizaram uma cerimônia de purificação com fogo, arrancaram uma cruz do local e colocaram um pôster do deus Shiva, declarando o espaço um templo.
No último domingo, uma igreja católica que estava sendo construída no Estado de Haryana foi vandalizada e a cruz foi substituída por uma pequena estátua de um deus hindu.
O padre Savari Muthu, porta-voz da Arquidiocese de Nova Délhi, disse que o governo não está realizando "ações concretas para proteger os cristãos". "Temos de erguer nossa voz contra essas atrocidades. Os cristãos não vão tolerar essa humilhação", disse, em declaração reproduzida pela agência Reuters. Suas palavras fazem coro a outros críticos insatisfeitos com a inação do primeiro-ministro para assegurar a harmonia religiosa em um país com histórico de conflitos.
Madre Teresa - Há algumas semanas, o líder do Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), um grupo fundamentalista hindu de cujas fileiras saiu o assassino do pacifista Mahatma Gandhi (nenhum parentesco com a dinastia política), disse que o trabalho de caridade de Madre Teresa de Calcutá tinha como objetivo converter os pobres ao cristianismo.
As críticas foram imediatas ao afirmar que a declaração de Mohan Bhagwat incentivava a tensão religiosa. O partido de Modi, Bharatiya Janata, foi criado a partir do RSS, que condenou o estupro da freira. "Nenhum ataque contra qualquer mulher na Índia deve ser tolerado, seja ela hindu, muçulmana ou cristã", disse o secretário-geral do partido, Suresh Joshi.
Em fevereiro, pouco depois de o presidente Barack Obama pedir respeito pela liberdade religiosa, em visita ao país, o primeiro-ministro indiano prometeu uma operação contra a violência religiosa.
Fonte: Veja.com
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