Números 13:25-33
Introdução: Vivemos em um mundo onde as
vitórias acontecem, mas as derrotas também acontecem. Se um time de futebol
ganha o outro perde; se no tribunal, um ganha, o outro perde.
E isso é recebido pelas pessoas nas mais
variadas formas; enquanto um fica alegre, o outro fica triste; enquanto um acha
que foi abençoado outro pensa que foi desamparado.
As vitórias também são parte do nosso
cotidiano, elas também agem em nossas vidas de modos diferentes. Mas uma pessoa
não vive só de vitórias. Vitórias e derrotas nos habitam.
Precisamos aprender a olhar para a
derrota sem derrotismo e usufruir a vitória sem arrogância, pois tanto a
derrota como a vitória nos habitam.
As realidades
encontradas no texto.
No texto lido encontramos duas
realidades.
1- Positiva: “Relataram a Moisés e
disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e verdadeiramente mana leite e mel;
este é o fruto dela” V. 27.
A terra é muito boa! Excelente! Foi a
notícia que trouxeram ao povo.
2- Negativa: “O povo, porém, que
habita nesta terra é poderoso, e as cidades mui grandes e fortificadas; também
vimos ali os filhos de Anaque. Os Amalequitas habitam na terra do Neguebe; os Heteus,
os Jebuseus e os Amorreus nas montanhas; os Cananeus habitam ao pé do mar e
pela ribeira do Jordão” V, 28 e 29.
O povo que nela habita é monstruoso!
É formado de gigantes.
Existe uma sensação de vitória, pois
a terra é boa; e logo a sensação de derrota, não vai dar certo, porque tem um
povo poderoso lá.
Habitando
com a derrota.
A atitude dos 10 espias foi concentrada
não no positivismo e na possível vitória, mas no negativismo, pois viram
derrota como coisa concreta.
1- Confessaram a derrota antes de serem
derrotados. “Porém os homens que com ele tinham subido disseram: não poderemos subir contra aquele povo” v.31.
É triste ver alguém confessando sua
incapacidade antes de ir à luta. Não posso; não vou conseguir; não vai dar
certo; não alcanço…isso é confessar a derrota antes de enfrentar o inimigo.
2- Ressaltaram os defeitos e os
problemas ao invés das coisas boas. “ E diante dos filhos de Israel, infamaram
a terra que haviam espiado, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a
espiar é terra que devora os seus moradores; e todos os homens que vimos nela
são de grande estatura” V.32. Infamaram a terra.
3- Aumentaram as dificuldades. “Também
vimos ali gigantes…e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim
também éramos aos seus olhos” v.33.
Sequer haviam sido vistos pelos
Anaquitas.
4- Consequência. O povo se revoltou
contra Moisés, foi tomado pelo pessimismo, desânimo e incredulidade. Foram
terrivelmente castigados…
“Levantou-se,
pois, toda a congregação e gritou em voz alta; e o povo chorou aquela noite.
Todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a
congregação lhes disse: Tomara, tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo
neste deserto” Num. 14:1 e 2.
Todos desanimaram por causa de 10
infelizes espias. Uma pessoa pessimista é derrotada e consegue levar uma
multidão à derrota, a murmuração e ao desespero.
Habitando
com a vitória.
A atitude de Josué e Calebe foi otimista.
E acreditavam nas promessas de Deus. E baseados nestas promessas viam as
possibilidades de conquistar a terra de Canaã.
1- Afirmação positiva.
“E falaram a
toda congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos
a espiar é terra muitíssimo boa” Nm.
14:7
Estes homens eram otimistas, e criam
na vitória; e tentaram convencer a multidão de que a terra era boa.
2- Criam nas promessas de Deus.
“Se o Senhor
se agradar de nós, então nos fará entrar nesta terra e no-la dará, terra que
mana leite e mel” Nm. 14:8.
O povo não entrou porque não creu; a
fé dos dois não minimizou as dificuldades, mas colocou a questão da vitória sob
a vontade de Deus. “Se o Senhor quiser” E o Senhor queria. Mas o negativismo
levou o povo a peregrinar pelo deserto durante 40 anos; até que toda aquela
geração incrédula morresse.
O que o texto nos ensina?
a) A DERROTA pode ser fruto de uma
atitude negativa e incrédula.
“Disse o
Senhor a Moisés: Até quando me provocará este povo e até quando não crerá em
mim, a despeito de todos os sinais que fiz no meio deles? ” Nm. 14:11.
b) A DERROTA é também fruto da
desobediência.
“Nenhum dos
homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no
deserto, todavia, me puseram a prova já 10 vezes e não obedeceram a minha voz,
nenhum destes virá a terra que, com juramento, prometi a seus pais, sim, nenhum
daqueles que me desprezaram a verá”. Nm.
14:22 e 23.
c). Tornamo-nos VITIMAS de nossas
palavras e visão.
“Até quando
sofrerei esta má congregação que murmura contra mim? Tenho ouvido as
murmurações que os filhos de Israel proferem contra mim. Dize-lhes: Por minha
vida diz o Senhor, que como falaste aos meus ouvidos, assim farei a voz outros…Neste
deserto cairá o vosso cadáver…” Nm. 14:27 a 29.
Precisamos acreditar nas promessas de
Deus e ir em frente na certeza de que tudo é vitória em nossas vidas.
Autor:
Pastor Izaias Aquino
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