Panfleto de supermercado mostra preços de vários produtos há 16 anos; quanta diferença...
O anúncio em questão foi publicado no Facebook no último dia 12 e teve repercussão com 12 mil curtidas até essa quarta-feira (20), mais de 3.000 compartilhamentos e muitos comentários. Mesmo com efeitos monetários, e com a melhora do poder aquisitivo do
brasileiro, a comparação com os preços de hoje é assustadora.
brasileiro, a comparação com os preços de hoje é assustadora.
A maioria dos produtos anunciados no panfleto, curiosamente, subiu mais que a inflação acumulada de janeiro de 2000 a junho deste ano, que foi de 195,34%. O creme de leite, por exemplo, ficou 263,5% mais caro. Já o achocolatado teve alta de 505%. (Veja gráfico ao lado).
Apesar dos números assustadores, o coordenador do curso de relações internacionais do Ibmec/BH e doutor em economia Reginaldo Nogueira, faz algumas ressalvas. “É preciso tomar cuidado com a ilusão monetária.
Apesar dos números assustadores, o coordenador do curso de relações internacionais do Ibmec/BH e doutor em economia Reginaldo Nogueira, faz algumas ressalvas. “É preciso tomar cuidado com a ilusão monetária.
Não basta olhar o valor nominal”, alerta. Ele ressalta que na análise é necessário considerar o salário ganho hoje e na época, além da inflação. “Os salários e a inflação estão em descompasso, que se tornou mais expressivo e, logo, mais evidente, a partir de 2015”, observa. No caso do salário mínimo, o valor pago em 2000 era R$ 151. Hoje, está em R$ 880, valorização de 482%.
Nesse período, descontada a inflação, o ganho real do salário mínimo foi de 291,32%. Embora a conta feche favorável para o mínimo, Nogueira ressalta que o problema é que os salários não estão acompanhando as altas recentes de preços. “O problema não é o mínimo. A renda de várias categorias vem reduzindo diante do cenário que temos hoje”, disse.
Salário
Ganho real tem perdido intensidade
O aumento real do salário mínimo vem perdendo intensidade nos últimos anos, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 11,28%, o aumento real do mínimo em janeiro deste ano foi de 0,36%. O resultado foi bem inferior ao de 2015, com ganho real de 2,46%. O ganho real recente mais expressivo foi em janeiro de 2012, com 7,59%.
Diante desse cenário, o coordenador do curso de administração da Newton, Leandro César da Silva, afirma que é necessário mudar os hábitos de consumo e pesquisar. (JG)
Nesse período, descontada a inflação, o ganho real do salário mínimo foi de 291,32%. Embora a conta feche favorável para o mínimo, Nogueira ressalta que o problema é que os salários não estão acompanhando as altas recentes de preços. “O problema não é o mínimo. A renda de várias categorias vem reduzindo diante do cenário que temos hoje”, disse.
Ganho real tem perdido intensidade
O aumento real do salário mínimo vem perdendo intensidade nos últimos anos, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 11,28%, o aumento real do mínimo em janeiro deste ano foi de 0,36%. O resultado foi bem inferior ao de 2015, com ganho real de 2,46%. O ganho real recente mais expressivo foi em janeiro de 2012, com 7,59%.
Diante desse cenário, o coordenador do curso de administração da Newton, Leandro César da Silva, afirma que é necessário mudar os hábitos de consumo e pesquisar. (JG)
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