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terça-feira, 12 de julho de 2016

O Estado intervencionista e a derrocada de uma nação


A velocidade com que o volume de informações é divulgado pelo mundo dispersa a atenção de grande parte dos cidadãos.

Embevecidos pelo mercado consumidor e pelas atrações banais da vida cotidiana surgem, apenas como exemplos, as frustrações profissionais, casamentos precocemente desfeitos, desapego ao meio familiar e espiritual, fatos que se somam à realimentação de
um ciclo desestruturador da sociedade e que a torna desprotegida.

Somam-se outros fatores como baixo investimento em educação, saúde e moradia adequada e é atingido o meio familiar, que é a célula mãe da sociedade. É atingido também, negativamente, o Estado, que se desorganiza e abre espaço para que dirigentes menos escrupulosos dele se apoderem e o fragilizem.

Esvaem-se a ética e o bom caráter, elementos fundamentais para o progresso de uma nação ordeira. Em meio a esta complexidade, grande parte da população dedicada ao trabalho produtivo enfrenta em seu convívio familiar um conflito de conceitos, e passa a depender do Estado que, fragilizado, perde as bases dos regulamentos gerando absoluta insegurança. Isso desorganiza a produção e gera instabilidade social, colabora com a perda de receita do Estado por tributos e cria um ciclo de desconfiança.

No meio empresarial a desfiguração do conceito da ética enfraquece não apenas seus quadros de funcionários, com a alta rotatividade, mas também a coletividade de seu segmento. Perde a indispensável força pela união. Perde a confiabilidade de seus parceiros comerciais, prejudicando o jogo do ganha ganha.

Em artigo recente, o secretário da educação de São Paulo, José Renato Nalini, afirmou que “uma sociedade órfã vai se socorrer de instâncias que substituam a tíbia parentalidade. O Estado assume esse papel de provedor e se apropria de incumbências que não seriam dele. Afinal, Estado é instrumento de coordenação do convívio, assegurador das condições essenciais a que indivíduos e grupos intermediários possam atender à sua vocação. 

Muito ajuda o Estado que não atrapalha, que permite o desenvolvimento pleno da iniciativa privada, apenas controlando excessos, garantindo igualdade de oportunidades e só respondendo por missões elementares e básicas, como segurança e justiça. Tudo o mais, deveria ser providenciado pelos particulares.”


De fato, a sociedade com este perfil descaracterizado passa a ter uma dependência excessiva do Estado. Assim, ele deixa de ser apenas o indutor à organização plena da sociedade para a boa convivência, harmonia e produtividade, tornando-se também, inconvenientemente autoritário. 

É nesta situação que temos no Brasil de hoje com quase 40% de carga tributária, perdendo apenas para países desenvolvidos que, em troca, oferecem serviços públicos de qualidade ao seu povo, sendo exemplos nas áreas da saúde e educação.

Para seguirmos o mesmo caminho, é preciso que o Estado se reestruture, limitando-se exclusivamente às suas funções básicas, baixando substancialmente os impostos e respeitando as liberdades individuais e de produção. Este é o caminho sustentável do enriquecimento econômico e social.

*Sergio Mauad é conselheiro do Secovi-SP e colaborador da FIABCI-BRASIL

Phonte: I.P.C.O

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