O Ramadã de 2017 começou na última sexta-feira (26) de abril e na primeira semana mostrou que o pedido do Estado Islâmico para seus simpatizantes está sendo atendido.
Em um vídeo divulgado na internet mês passado, líderes do Estado Islâmico convocam seus seguidores a iniciarem o que chamam de “guerra total” contra “infiéis” do Ocidente, leia-se cristãos e judeus.
A escolha da data não é coincidência, por que durante o período de 4 semanas de jejum, praticado no mundo islâmico, nos últimos anos sempre acusou um grande aumento no número de ataques dos jihadistas.
Até o momento, segundo o site Religion of Peace, foram 33 ataques, que deixaram 416 mortos e mais de mil feridos. As mais recentes foram:
02/06 – Camarões: Onze mortos quando os islamistas prendem bombas no corpo de duas meninas e as enviam para um campo de refugiados.
01/06 – Alemanha: Um homem morreu esfaqueado por dois muçulmanos por fumar durante o Ramadã e se recusar a apagar o cigarro quando eles exigiram.
31/05 – Quênia: Soldados islâmicos sequestraram e assassinaram um professor.
31/05 – Afeganistão: A rede Haqqani detona uma enorme bomba em caminhão durante a precipitação que mata mais de noventa, incluindo muitas mulheres e crianças.
30/05 – Iraque: Sessenta corpos são encontrados em uma cova coletiva do Estado islâmico. Foram 23 mulheres e vários idosos, há sinais de tortura.
30/05 – Síria: Dezessete mortos, incluindo três crianças atacadas por ataques de morteiros do EI a uma área residencial.
Esse derramamento de sangue intenso provavelmente continuará até o final do “mês sagrado”, dia 24 de julho. Mas existem diferentes motivos para que os atentados se multipliquem nesta época do ano.
A maioria dos muçulmanos praticantes mantém um jejum nesses dias, do nascer até o por do sol a cada dia, que é quebrado com uma grande festa. Segundo Muhammad Naeem, um líder islâmico paquistanês. “Este é o mês do julgamento, e deve-se observá-lo na íntegra”.
Para muitos outros clérigos, o mês de Ramadã é um “tempo de militância reforçada”. Por exemplo, radicais sunitas, ramos ao qual o EI está ligado, já disseram que o martírio durante este mês ofereceria uma “grande recompensa” de Allah, a qual seria 70 vezes maior que em outros momentos.
O teólogo cristão Robert Spencer, especialista em islamismo e autor de vários livros sobre o assunto esclarece que nesses dias os jihadistas evocam a Batalha de Badr, um momento crucial na história islâmica. Ela ocorreu durante o Ramadã no ano 624, no segundo ano depois da revelação de Allah a Maomé. Os soldados islâmicos venceram uma batalha decisiva contra seus inimigos, na península arábica.
“Foi a primeira grande batalha que os muçulmanos travaram e mesmo estando em menor número, venceram”, disse Spencer à CBN News. “No Alcorão, afirma-se que, na verdade, quem teve a vitória foi Allah”. Ele sublinha que “o favor divino recaiu sobre eles [muçulmanos] por causa de sua piedade. Isso apenas aumenta a ferocidade e o fanatismo dos muçulmanos na guerra contra os incrédulos”.
“Nós vamos ver cada vez mais terrorismo durante o Ramadã”, encerra.
Batalha espiritual
Se os islâmicos oram e jejuam com maior intensidade nesse mês, os cristãos deveriam fazer o mesmo. Para a ex-muçulmana Isik Abla, essa deveria ser uma época em que os cristãos deveriam interceder pelos muçulmanos.
Ela ia cometer um atentado suicida no dia em que conheceu Jesus e acredita que essa é, essencialmente, uma batalha espiritual. A missionária insiste que geralmente os islâmicos procuram a “purificação” nesses dias e se mostrarem fiéis aos preceitos religiosos.
Para ela, a oração dos cristãos deveria ser para que Deus liberte as centenas de milhões de homens e mulheres que estão presos no engano que é o Islã e que eles possam realmente encontrar a paz que dizem buscar. Não pelo derramamento de sangue inocente, mas pela compreensão de que o sangue [de Jesus] já foi derramado por eles.
Phonte: Gospel Prime
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