O bebê Charlie, alvo de intensa batalha judicial enfrentada pelos pais da criança, morreu nesta sexta-feira (28). A criança, que sofria de uma doença incurável, teve sua morte confirmada pela BBC e pelo The Guardian.
A criança ficou mundialmente famosa com a decisão da justiça britânica de proibir os pais de retirá-la do hospital em que estava internado e negou possibilidades de fazer um tratamento experimental nos Estados Unidos da América.
A mãe do bebê, Connie Yates, se pronunciou sobre a morte da criança em um comunicado compartilhado pelo The Guardian. “Nosso lindo bebê se foi. Nós estamos muito orgulhosos de você, Charlie”.
Charlie foi vítima de Síndrome de Miopatia Mitocondrial. A doença, que é genética, raríssima e incurável, provoca danos cerebrais e a perda da força muscular. O bebê passou a maior parte de sua vida internado no Ormond Street Hospital.
Na última quinta-feira (27), o juiz Nicholas Francis determinou a transferência do bebê para uma clínica de cuidados paliativos, depois dos pais e o hospital não alcançarem um consenso de onde a criança deveria morrer.
“Não é do interesse de Charlie que a ventilação artificial seja mantida e, portando, é legal e de seu interesse que ela seja retirada”, disse o juiz, em sua sentença, divulgada pelo G1.
Os pais de Charlie, Connie e Chris Gard, queriam que a criança passassem seus últimos dias em casa. A equipe médica, no entanto, afirmou que era impossível levar o equipamento hospitalar necessário para que continuasse vivo.
Chris e Connie já tinham desistido de tentar os tratamentos alternativos nos EUA. “Para Charlie, é muito tarde, o tempo acabou. Ele sofreu danos musculares irreversíveis, e o tratamento não pode mais ser bem-sucedido”, disse o advogado da família, Grant Armstrong.
“Nós decidimos deixá-lo ir. Ele tinha uma chance real de melhorar. Agora, nós nunca saberemos o que aconteceria se ele fosse tratado”, disse Connie, a mãe na saída do julgamento.
Phonte: Gospel Prime
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