Um terremoto de magnitude 3,4 foi detectado neste sábado perto de uma zona de testes nucleares na Coreia do Norte, mas especialistas acreditam se tratar de um tremor natural.
A Coreia do Sul afirmou que não registrou as ondas de som comuns em sismos produzidos por ação humana.
Já a China informou que as características do abalo eram "naturais".
Especialistas internacionais em monitoramento de testes nucleares compartilharam a mesma avaliação.
A Coreia do Norte, que recentemente realizou uma série de testes nucleares, ainda não se pronunciou sobre o novo tremor.
O último teste nuclear de Pyongyang, em 3 de setembro, foi amplamente condenado pela ONU, desencadeando mais sanções internacionais contra o país.
Mas a potência do terremoto deste sábado foi menor do que a dos registrados como resultado dos seis testes nucleares realizados pela Coreia do Norte.
Depois do último teste, que a Coreia do Norte afirmou se tratar de uma bomba de hidrogênio, dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) descreveram o tremor como de magnitude 5,6 a uma profundidade de 10 km.
Mais tarde, o tremor foi classificado como de magnitude 6,3 a 0 km.
O terremoto deste sábado foi registrado em uma profundidade de 0 km na província de Hamgyong do Norte, onde se localiza a zona de testes nucleares conhecida como Punggye-ri, disse a agência meteorológica da Coreia do Sul.
Coreia do Sul diz acreditar que tremor, de magnitude 3,4, pode ter sido natural
O USGS também disse que o tremor ocorreu na zona de testes nucleares, mas ressalvou que seus sismólogos o avaliaram como tendo acontecido a uma profundidade de 5 km.
A Coreia do Sul afirmou que as ondas sonoras comuns em terremotos produzidos por ação humana não foram detectadas.
Já a China informou que o sismo não foi resultado de uma explosão nuclear e tinha características naturais.
Inicialmente, o governo chinês havia classificado o tremor como "uma explosão suspeita".
Analistas da Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês) disseram ser pouco provável que o terremoto tivesse sido produzido por ação humana.
Ele afirmou que o tremor ocorreu "a 50 km dos testes anteriores".
"A hipótese mais provável atualmente é que (o tremor deste sábado) seja consequência do evento anterior...que poderia ainda produzir novos abalos", disse Zerbo à agência de notícias AFP, em alusão ao teste nuclear de 3 de setembro.
Alguns analistas sugeriram que a causa do terremoto deste sábado possa estar ligada ao desmoronamento de túneis no local onde o teste nuclear foi realizado.
Enquanto isso, a Rússia classificou como normais os níveis de radiação na região onde ocorreu o tremor.
Mais cedo, o USGS havia dito que não poderia avaliar com precisão a causa do abalo.
A Coreia do Norte vem se recusando a interromper seus testes nucleares e com mísseis, apesar de sucessivas rodadas de sanções da ONU e em meio ao forte protesto internacional.
O governo norte-coreano alega que age apenas em própria defesa.
Neste sábado, a China informou que vai limitar o fornecimento de petróleo à Coreia do Norte bem como deixar de comprar produtos têxteis do país, em linha com as sanções da ONU.
A China é a principal aliada econômica da Coreia do Norte.
Mais cedo, o chanceler russo Sergei Lavrov comparou o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, a duas crianças brigando em um jardim de infância.
Phonte: BBC
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