Coptas desafiaram a proibição da maioria muçulmana
Os conflitos e constantes ameaças de muçulmanos à minoria cristã já fazem parte da rotina no Egito. Contudo, a atitude dos moradores da aldeia de Ezbat Al-Forn, na província de Minya, chamou a atenção.
Naquela região, mais de 25 cristãos foram mortos por jihadistas em maio. Na semana passada, após serem impedidos pela polícia local de fazerem culto em uma casa, os coptas ocuparam as ruas. Cantaram louvores, fizeram orações e ouviram a pregação, sendo observados de perto pelos muçulmanos que tentaram proibi-los de cultuar.
As autoridades muçulmanas da aldeia alegam que os cristãos não tinham “autorização” para fazer cultos numa casa grande, que usavam como templo improvisado. Ao chegarem para o início do culto, pela manhã, os coptas foram surpreendidos por uma barreira de policiais.
Aconselhados a voltarem para suas casas, eles decidiram que fariam o culto ao ar livre. De acordo com o bispo local, Anba Macarius, isso nunca tinha acontecido. “As orações foram realizadas nas ruas em paz e segurança, sem protestos”, ressalta.
À imprensa local, o governador de Minya, general Essam Bedawey, admitiu que “há tensões entre muçulmanos e cristãos”. Porém, a questão é bem mais grave que ameaças. Segundo Macarius, somente este ano 15 igrejas foram fechadas por ordens das autoridades, que alegam “questões de segurança”.
Barreira policial na frente da casa que teria um culto.
Além disso, em 70 aldeias não há igrejas nem lugares para a celebração do culto cristão.
O líder religioso explica que as igrejas são consideradas “ofensivas aos muçulmanos e, portanto, uma ameaça à harmonia social”. No estado de Minya vivem cerca de 5 milhões de pessoas, das quais um terço são coptas.
Com informações de WWM
Phonte: Gospel Prime
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