Uma romena de 29 anos foi encontrada pela polícia italiana trancada em um porão sem água, energia elétrica ou sistema de esgoto na cidade de Gizzera, na região da Calábria, na companhia de dois filhos. Ela ficou trancafiada no local por 10 anos, e o caso chocou toda a Itália.
Esse é mais uma caso semelhante a outros episódios semelhantes que chocaram o planeta, como por exemplo, os 24 anos em que Elisabeth Fritzl viveu sob cativeiro nas mãos do próprio pai, Josef Fritzl, que a estuprou repetidas vezes.
“Quando os agentes entraram, a jovem estava sentada no chão, com uma criança no colo, completamente no escuro, em meio a excrementos, insetos e ratos. Uma situação macabra, difícil de descrever”, afirmou Pietro Tribuzio, comandante da polícia da cidade de Lamezia Terme.
A descoberta do caso ocorreu de forma inesperada. Tudo começou durante uma blitz de rotina no dia 9 de novembro, quando os policiais de Gizzeria, cidade com pouco menos de 5 mil habitantes, pararam Aloisio Francesco Rosario Giordano, de 52 anos, por estar dirigindo em alta velocidade.
O carro de Giordano estava em péssimas condições e os policiais também notaram que havia uma criança dormindo no banco traseiro, que o homem alegou ser seu filho. Além de suspeitarem da diferença de idade, os militares perceberam que Giordano tinha um comportamento reticente e dava respostas evasivas, o que só aumentou as suspeitas contra ele.
Após levantarem a ficha criminal de Giordano, a polícia constatou que ele já havia passagens anteriores por sequestro e violência sexual, e decidiram ir até sua casa, que fica em um local isolado e de difícil acesso. Ao chegarem lá, os policiais logo notaram o porta de um porão trancada com cadeado e ordenaram que Giordano a abrisse.
Ao entrarem, os militares descreveram o porão como um local lúgubre, com diversos objetos acumulados, restos de comida, excrementos e um colchão no chão, no qual a jovem romena dormia com os filhos.
De início, a jovem afirmou que vivia naquelas condições em comum acordo com Giordano e foi transferida para um hotel da cidade junto de seus dois filhos. Mas após assistência psicológica, revelou toda a violência e tortura na qual foi submetida nos últimos dez anos.
10 anos de agressões
A mulher, que não teve seu nome revelado para preservar sua identidade, sofreu diversas agressões físicas e recebeu cortes na região de seu órgão genital durante os dez anos em que ficou trancafiada no porão, e que Giordano costurava seus ferimentos com linhas de pesca. Além disso, ele ainda obrigava as crianças a insultar e a cuspir na própria mãe.
Segundo Pietro Tribuzio, Giordano até levou a mulher para dar a luz aos filhos no hospital, mas foi impedida de voltar ao médico até mesmo para tirar os pontos da cirurgia. Além disso, ele também levava as crianças para a escola, mas sempre que era perguntado sobre a mãe, mudava os filhos de escola.
Giordano foi preso no dia 21 de novembro e foi acusado pela segunda vez de violência contra mulheres. Em 1995, ele já havia sido condenado a cinco anos de prisão por sequestrar e agredir, sexualmente, uma jovem de 23 anos.
A romena disse que conheceu Giordano alguns meses após chegar à Itália, em maio de 2007, com apenas 19 anos, em busca de trabalho e melhores condições de vida.
Ela afirmou que foi contratada por Giordano para cuidar da mãe doente, mas ela seria, na realidade, sua esposa. “Sem saber, eu estava indo de encontro com aquilo que se revelou um inferno”, disse a mulher, para a polícia.
Em defesa, Giordano disse que a romena era livre para ir onde quisesse e afirmou que os dois se amavam, mas que o relacionamento estava passando por alguns problemas.
“Ainda temos que aguardar o processo, mas os antecedentes criminais do homem, assim como as imagens da casa em total abandono, o extremo degrado em que a vítima e as crianças se encontravam, vivendo em meio a restos de comida e excrementos, e aquela porta fechada por fora dizem muito sobre o que ocorria lá dentro”, disse Pietro Tribuzio.
Phonte: Acredite ou Não
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