Unico SENHOR E SALVADOR

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terça-feira, 4 de setembro de 2018

A poderosa alegoria de “O Peregrino”

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Bill Federer

Ele foi preso por 12 anos por pregar sem licença do governo. Esse homem foi John Bunyan, que morreu em 31 de agosto de 1688, o ano da Gloriosa Revolução de William e Mary na Inglaterra, poucos anos depois de William Penn fundar a Pensilvânia nos EUA e do enorme exército muçulmano otomano ser derrotado na Batalha de Viena.

John Bunyan nasceu em Bedford, Inglaterra, em 1628, quase um século antes da Era do Iluminismo. Ele trabalhou como um pobre e inexperiente funileiro, que era sua profissão. Em 1657, aos 29 anos, ele se tornou pastor batista e foi detido por ter reuniões religiosas, permanecendo na prisão entre 1660-1672 e 1675-1676.

John Bunyan escreveu em “Relato da Minha Prisão”: “A justiça… emitiu seu mandado para me levar… como se nós fossemos nos reunir… para fazer alguma coisa horrenda, para destruir o país; eis que chega o policial que, entrando, encontrou-nos apenas com as nossas Bíblias nas mãos, prontos para falar e ouvir a palavra de Deus… Então fui levado e forçado a partir… Mas antes de ir embora, falei algumas poucas palavras de conselho e encorajamento ao povo, declarando-lhes… que não ficassem desanimados, pois era misericórdia sofrer com tão boa razão… Sofremos como cristãos… Melhor sermos os perseguidos, do que os perseguidores.”

Durante sua prisão, John Bunyan sustentava sua família fazendo cadarços de sapatos. Foi nessa época que ele começou a escrever “O Peregrino,” que acabou sendo publicado em 1678. Era uma alegoria de um peregrino, chamado Cristão, que fugiu da Cidade da Destruição e foi dirigido por Evangelista para seguir o caminho reto e estreito. Ele venceu tentações, depressões, decepções e perseguições até chegar à Cidade de Sião Celestial. Os amigos e perigos que Cristão conheceu ao longo do caminho inspiraram muitos livros subsequentes, como:

* “Inocentes no Exterior ou O Novo Peregrino” (1869) de Mark Twain.
* “O Regresso do Peregrino” (1933) de C.S. Lewis.
*“O Maravilhoso Mágico de Oz” (1900) de L. Frank Baum.

O “O Peregrino,” de John Bunyan, foi traduzido para mais de 100 idiomas e, depois da Bíblia, foi best-seller mundial por centenas de anos. Era encontrado em quase todas as casas dos colonos da Nova Inglaterra (EUA), junto com a Bíblia e o Livro dos Mártires de Fox.

Benjamin Franklin escreveu em sua “Autobiografia”: “Desde criança eu gostava de ler, e todo o pouco de dinheiro que me vinha às mãos era sempre gasto em livros. Contente com ‘O Peregrino,’ minha primeira coleção foi de obras de John Bunyan em pequenos volumes separados …”

Franklin continuou: “Meu antigo escritor favorito, Bunyan de ‘O Peregrino’… foi traduzido para a maioria das línguas da Europa, e suponho que tenha sido mais lido do que qualquer outro livro, com exceção talvez da Bíblia.”

Grover Cleveland, presidente dos Estados Unidos, havia memorizado “O Peregrino” como jovem, comentando: “Sempre senti que minha educação como filho de um pastor evangélico foi mais valiosa para mim como uma influência fortalecedora do que qualquer outro acontecimento na vida.”

Theodore Roosevelt, presidente dos Estados Unidos, afirmou, enquanto lançava a pedra fundamental do prédio de escritórios da Câmara dos Deputados, em 14 de abril de 1906: “No livro ‘O Peregrino’ de Bunyan, você pode recordar a descrição do homem com sujeira de pântano, o homem que não olha para lado algum, a não ser para baixo, com o esterco na mão, a quem foi oferecido uma coroa celestial por seu esterco, mas que não levantava os olhos nem dava consideração à coroa que lhe era oferecida, mas continuava a ajuntar para si a sujeira do chão.”

Franklin D. Roosevelt, presidente dos Estados Unidos, escreveu em 19 de janeiro de 1936: “Quando Theodore Roosevelt morreu, o secretário de sua turma na Universidade de Harvard, enviando aos colegas um aviso de sua morte, acrescentou esta citação de ‘O Peregrino’: ‘Minha espada dou àquele que me sucederá em minha peregrinação, e minha coragem e habilidade àquele que consegui-la. Minhas marcas e cicatrizes carrego comigo, como testemunhas para mim de que lutei as batalhas dAquele que agora será meu recompensador.’”

Bill Clinton, presidente dos Estados Unidos, comentou sobre a aposentadoria do General Colin Powell em Arlington, Virgínia, em 30 de setembro de 1993: “General Powell, me lembro das palavras de outro jovem guerreiro valente, faladas quando, como você, ele estava terminando uma jornada e começando uma segunda. 

John Bunyan escreveu em ‘O Peregrino” acerca do guerreiro valente no final de sua vida, enquanto se preparava para apresentar-se ao Todo-Poderoso: ‘Minha espada dou àquele que me sucederá em minha peregrinação, e minha coragem e habilidade àquele que consegui-la. Minhas marcas e cicatrizes carrego comigo, como testemunhas para mim de que lutei as batalhas dAquele que agora será meu recompensador.’”

Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos, cumprimentou o primeiro-ministro da Austrália, em 30 de junho de 1981, referindo-se a John Bunyan: “Robert Louis Stevenson escreveu: ‘Somos todos viajantes no que John Bunyan chama de deserto deste mundo. E o melhor que encontramos em nossas viagens é um amigo sincero — eles nos mantêm dignos de nós mesmos.”

“O Peregrino,” de John Bunyan, começou:

“Enquanto caminhava pelo deserto deste mundo, parei em determinado lugar que era um covil, e me deitei naquele lugar para dormir: e, enquanto dormia, tive um sonho. Sonhei, e eis que vi um homem vestido de farrapos, de pé em certo lugar, com o rosto da sua própria casa, um livro na mão e um grande fardo sobre as costas. 

Olhei e o vi abrir o livro e ler nele; e, ao ler, chorou e tremeu; e, não podendo mais se conter, ele soltou um grito de lamento, dizendo: O que devo fazer?”

Mais tarde em “O Peregrino,” John Bunyan escreveu:

“Cristão correu assim até chegar a um lugar que era de certo modo uma subida, e naquele lugar havia uma cruz… Então, vi em meu sonho, que logo que Cristão chegou até a cruz, seu fardo se desprendeu de seus ombros e caiu de suas costas.”

Além disso, em “O Peregrino,” John Bunyan escreveu:

Então disse Cristão, Você me deixa com medo, mas para onde eu devo fugir para estar seguro?… Voltar é nada mais que a morte; ir adiante é medo da morte e vida eterna além dela. Eu ainda vou seguir em frente… Assustado com a visão dos leões… Cristão disse para si mesmo novamente: Estas bestas vagueiam à noite em busca de sua presa; e se elas se encontrassem comigo no escuro… como eu deveria escapar de ser despedaçado por elas?…

Ele levantou os olhos, e eis que havia um palácio muito imponente diante dele… Ele entrou em uma passagem muito estreita… ele espiou dois leões no caminho… O porteiro do alojamento… percebendo que Cristão parara como se fosse voltar, clamou a ele, dizendo: Sua força é tão pequena? Não tema os leões, pois eles estão acorrentados, e estão colocados ali para testar onde está a fé, e para descobrir aqueles que não tinham nenhuma. Mantenha-se no meio do caminho, e nenhum dano virá a ti…

Ele continuou tremendo de medo dos leões, mas dando atenção às instruções do porteiro; ele os ouviu rugir, mas não lhe fizeram mal algum…

Mas agora, neste Vale da Humilhação, o pobre Cristão estavam em dificuldade… um demônio imundo vindo ao campo para encontrá-lo; seu nome é Apolião. Então Cristão começou a ficar com medo e a pensar se voltaria ou se manteria firme.

Mas ele considerou novamente que ele não tinha armadura para as costas; e, portanto, pensou que virar as costas para ele poderia lhe dar a maior vantagem com facilidade para perfurá-lo com seus dardos. Portanto, ele resolveu se aventurar e defender sua posição…


O monstro era horrível de se ver; ele estava vestido de escamas… asas como um dragão, pés como um urso, e de sua barriga vinha fogo e fumaça… Apolião estava em toda a extensão do caminho e disse… prepare-se para morrer; porque juro pelo meu covil infernal que não irás mais adiante; aqui vou derramar tua alma.

E com isso ele lançou um dardo flamejante em seu peito; mas Cristão tinha um escudo na mão, com o qual ele pegou… Apolião se lançou rápido contra ele, lançando dardos tão grossos quanto granizo; com os quais, apesar de tudo que Cristão podia fazer para evitá-lo, Apolião feriu-o na cabeça, mão e pé…

Esse combate dolorido durou mais de meio dia, até que Cristo quase se esgotou; pois você deve saber que Cristão, por causa de suas feridas, precisa ficar cada vez mais fraco…

A espada de Cristão voou de sua mão. Então disse Apolião, Agora tu és meu. E com isso quase o havia pressionado até a morte, de modo que Cristão começou a desesperar-se da vida; mas como Deus quis, enquanto Apolião estava buscando dar seu último golpe, para assim dar cabo de uma vez deste homem bom, Cristão agilmente estendeu a mão para sua espada, e pegou-a, dizendo: Não se regozije contra mim, oh meu inimigo; quando eu cair, me levantarei; e com isso deu-lhe um golpe mortal, que o fez retroceder…

E com isso Apolião estendeu suas asas de dragão, e fugiu dele apressadamente, e Cristão por uma estação não o viu mais…

Uma partida mais desigual dificilmente pode haver,
Cristão deve lutar contra um anjo; mas você vê,
O homem valente, manejando Espada e Escudo,
Faz com que ele, embora um dragão, fuja do campo.

Traduzido por Julio Severo do original em inglês do WND (WorldNetDaily): The powerful allegory of 'The Pilgrim's Progress'

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