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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Número de crianças buscando “tratamento de gênero” sobe 4.515% na Inglaterra

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Governo investiga qual a influência da internet na "explosão" dos índices


A ministra das Igualdades do Reino Unido, Penny Mordaunt, pediu às autoridades para investigar as razões do espantoso aumento de 4.415% no número de crianças encaminhadas para tratamento de gênero.

Diagnosticadas com “disforia de gênero” pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, há um crescimento contínuo desses casos ao longo dos últimos. Crianças recebendo injeções de hormônios e bloqueio da puberdade, por exemplo, pulou de 97 em 2009/10 para 2.519 em 2017/18.

O mais impressionante é que, entre as meninas, o número subiu de 40 para 1.806, o que significa que as garotas estão mais propensas a se tornarem garotos do que vice-versa. Dentro os casos analisados, 45 crianças tinham seis anos ou menos, e as mais jovens tinham apenas quatro anos.

O The Sun, jornal de maior circulação no Reino Unido, mostrou um tempo atrás que o número de jovens diagnosticados com disforia de gênero subiu de 97, em 2010, para 1013, em 2015. O custo para os cofres do Estado foram mais de 2 milhões e 500 mil libras esterlinas.

Bernard Reed, membro de uma associação de pesquisas de gênero, afirma que o serviço de saúde britânico “não está realmente preparado e treinado para atender essa crescente demanda por assistência médica”.

Esta semana, outra reportagem sobre o tema, do jornal The Telegraph, destacou um aumento de 400% nos casos entre crianças com menos de 11 anos. Saíram de 19, em 2010, para 77, em 2015. A publicação mostra uma pesquisa feita com 32 jovens que receberam bloqueio hormonal do serviço de saúde. Destes, apenas 8 seguiram para a cirurgia de transgenitalização.

Influência da internet

De acordo com o jornal Express, de Londres, o governo quer saber se a internet pode estar influenciando a forma como as garotas pensam sobre o assunto.

Sessenta e três por cento dos casos estudados tinham um ou mais diagnósticos de transtorno psiquiátrico ou deficiência do neurodesenvolvimento antes de anunciar que queriam “mudar de gênero”. Quase metade deles se automutilou, enquanto 50% sofreram um evento traumático, como bullying ou abuso sexual.

A Dra. Lucy Griffin, psiquiatra consultora da Bristol Royal Infirmary, admitiu que estava “extremamente preocupada” com os efeitos a longo prazo que essa medicação teria sobre os jovens. Ela alertou que os tratamentos podem torná-los inférteis, causar osteoporose e resultar em disfunção sexual.

Os remédios incluem drogas “bloqueadoras da puberdade”, que interrompem o início da idade adulta, e “hormônios sexuais cruzados” que iniciam o processo de transição de um sexo para outro.

Riscos do autodiagnostico

Em um artigo escrito para a revista científica Psychological Perspectives no ano passado, a psicoterapeuta norte-americana Lisa Marchiano escreveu: “Em sites como o YouTube, milhares de vídeos caseiros registram as transições de gênero entre adolescentes.

A especialista disse que os jovens também estavam encontrando “validação” on-line para o seu autodiagnostico como transgênero.

Ela acrescenta: “Há blogs detalhando meticulosamente o processo pelo qual um jovem questionador é encorajado a entender seus sintomas como evidência de ser trans… Temos jovens contando nas redes sociais que começaram a se perguntar se eram trans porque gostavam de criar avatares de sexo oposto em jogos on-line ou porque gostavam das roupas ou penteados do sexo oposto”.

Phonte: Gospel Prime

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