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sábado, 15 de setembro de 2018

Então virá o Fim! Pastora metodista usa versículo da Bíblia para defender forçar cristãos a financiar abortos


Micaiah Bilger

Uma pastora do estado de Indiana, EUA que afirma ser cristã pró-vida testificou contra uma decisão sobre liberdade religiosa na sexta-feira durante audiências no Senado dos EUA sobre o candidato do Supremo Tribunal Brett Kavanaugh.

Alicia Baker, ativista progressista e pastora ordenada da Igreja Metodista Livre de Indianápolis, pediu ao Senado que se opusesse à confirmação de Kavanaugh por causa de sua decisão de conceder isenções religiosas ao mandato de saúde pública do governo de Obama, conhecido como Obamacare.

“Se o juiz Kavanaugh for confirmado, o acesso ao controle de natalidade acessível estará em perigo,” disse Alicia. “Este comitê e o Senado precisam avaliar o impacto prejudicial que o juiz Kavanaugh teria sobre a saúde e o bem-estar de muitas pessoas.”

Em 2015, Kavanaugh ficou do lado da entidade Padres Pró-Vida em seu desafio ao mandato do Obamacare, enquanto servia no Tribunal do Circuito de Apelações dos EUA no Distrito de Columbia. Ele disse que o governo não deve forçar empregadores religiosos a fornecer drogas e dispositivos que possam causar abortos.

“Concluí que penalizar alguém com milhares e milhares de dólares por não preencher um formulário por causa de suas crenças religiosas estava errado,” disse Kavanaugh durante a audiência de quinta-feira.

Alicia discordou, argumentando que as mulheres sofrerão se as organizações religiosas ficarem isentas do mandato pró-aborto.

“Jesus nos orienta a defender uma sociedade justa que permita que as pessoas vivam suas vidas ao máximo. Em João 10:10, Jesus diz: ‘Eu vim para que vocês tenham vida e a tenha em abundância,’ disse Alicia. ‘E isso significa apoiar o acesso ao controle de natalidade a um preço acessível, porque ao permitir que as pessoas planejem se e quando engravidar, o controle de natalidade nos permite viver nossas vidas ao máximo.”

Em seu discurso de abertura, Alicia afirmou ser cristã pró-vida. Mas a maioria dos empregadores que desafiaram o mandato do Obamacare são cristãos pró-vida que não querem ser forçados a fornecer controle de natalidade que pode causar abortos. O desafiante mais conhecido do Obamacare, Hobby Lobby, se opôs a apenas quatro formas de controle de natalidade que podem atuar como abortivos, inclusive o DIU e ella; forneceu outros 16 formulários a seus empregados sem objeção.

Alicia disse que se envolveu na briga antes de seu casamento quando seu seguro não cobriria seu DIU. Ela disse que ela e seu marido decidiram que, por razões financeiras, esperariam um pouco antes de terem filhos. Alicia disse que seu médico recomendou um DIU devido a problemas anteriores que ela teve com o controle da natalidade hormonal. No entanto, sua empresa de seguros não queria fazer a cobertura do dispositivo — algo que Alicia disse que a deixou “chocada” e causou muito estresse até o casamento dela.

Seu seguro disse a ela que não cobria o dispositivo porque ele pode agir como abortivo, algo que Alicia se recusou a acreditar.

Contudo, de acordo com a Secretaria de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde dos EUA, isso acontece. Seu site descreveu o dispositivo desta maneira em 2014: “Se a fertilização ocorrer, o DIU impede que o óvulo fertilizado se implante no revestimento do útero.” Um óvulo fertilizado já é um ser humano vivo com seu próprio DNA único.

Alicia lutou com sua empresa de seguros e, por fim, juntou-se a um processo com o Centro Legal Nacional das Mulheres, uma entidade pró-aborto, para desafiar a decisão do governo Trump que expandiu as isenções religiosas sob o mandato do Ministério da Saúde.

Kavanaugh poderá participar do processo se ele for confirmado e o caso chegar ao Supremo Tribunal. Isso preocupa Alicia.

“Minha fé exige que eu fale em nome de milhões de mulheres que perderão o acesso ao controle de natalidade a preços acessíveis se o juiz Kavanaugh for confirmado,” disse ela. “Como uma pessoa de fé profunda, eu nunca imporia minhas crenças religiosas a ninguém — e ninguém mais deveria fazê-lo.”

Mas mulheres como Alicia não são impedidas de acessar o controle de natalidade, inclusive tipos que podem causar abortos. Alicia pagou o dela por conta própria, e outras mulheres também podem fazê-lo se seus empregadores se opuserem.

Kavanaugh estava certo em se aliar a pessoas religiosas ameaçadas pelo governo com multas pesadas se elas não obedecessem. A liberdade religiosa é uma parte fundamental dos Estados Unidos, e os indivíduos religiosos não devem ser forçados a desistir de seus negócios ou pagar multas enormes simplesmente porque se opõem a pagar por algo que pode causar a morte de um inocente bebê em gestação. Pastores evangélicos precisam reconhecer isso.

Traduzido por Julio Severo do original em inglês do LifeNews: Methodist Pastor Uses Bible Verse to Defend Forcing Christians to Fund Abortions

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