Por J. R. Nyquist
Olavo de Carvalho é uma das principais vozes do ressurgimento conservador do Brasil. Ele é escritor, professor e crítico da esquerda política no Brasil.
J.R. Nyquist: É um prazer falar com você, Olavo. Talvez você possa nos dizer o que está acontecendo no Brasil.
Olavo de Carvalho: Você sabe, os comunistas e marxistas sempre condenaram a burguesia
, dizendo que eles definiam a democracia apenas por traços legais e formais, sem levar em conta a substância das relações de poder. Eles sempre diziam isso. Mas agora no Brasil, os comunistas estão usando o sistema formal de poder e legalidade. Eles se escondem atrás do formalismo para tornar invisíveis as relações de poder.
Toda a pesquisa de opinião mostra que a maior parte da população brasileira — cerca de 70 a 80% — é extremamente conservadora, especialmente do ponto de vista moral e religioso. Em um país onde a maioria da população é conservadora, não há partido conservador (até recentemente), não há jornal conservador, não há canal de TV conservador, não há universidade conservadora, não há nada conservador! Então, a maioria das pessoas não tem como expressar sua opinião.
Esta é uma relação real de poder. Mas formalmente, legalmente, somos uma democracia, então os comunistas adotaram o “esquema burguês” de se esconder atrás de formalidades para tornar invisíveis as verdadeiras relações de poder.
J.R. Nyquist: Você está dizendo que o Partido dos Trabalhadores é uma fachada para os comunistas?
Olavo de Carvalho: Não, eles são o Partido Comunista. Nós não podemos mais esconder isso. Recentemente, li um livro do atual candidato do Partido dos Trabalhadores, Fernando Haddad, chamado “Em Defesa do Socialismo”. Em 1998, ele escreveu uma espécie de atualização do “Manifesto Comunista”.
J.R. Nyquist: Você está dizendo que o Partido dos Trabalhadores é uma fachada para os comunistas?
Olavo de Carvalho: Não, eles são o Partido Comunista. Nós não podemos mais esconder isso. Recentemente, li um livro do atual candidato do Partido dos Trabalhadores, Fernando Haddad, chamado “Em Defesa do Socialismo”. Em 1998, ele escreveu uma espécie de atualização do “Manifesto Comunista”.
Ele usou algumas coisas da Escola de Frankfurt e ele propôs uma nova estratégia para o Partido dos Trabalhadores. Não é novo. É a mesma estratégia proposta há décadas por Herbert Marcuse e outros. Mas ele diz que é novo e tudo o que ele diz é que a prática real do Partido dos Trabalhadores está seguindo “O Manifesto Comunista”. É o próprio Haddad quem diz isso, não eu.
J.R. Nyquist: Então o Brasil está lutando contra um poder comunista que entrou no governo.
Olavo de Carvalho: Mas eles não controlam apenas o governo. Eles controlam toda a mídia, com uma ou duas pequenas exceções. Eles controlam todas as universidades. Eles controlam todas as instituições culturais. Eles controlam praticamente tudo. As pessoas não têm canal para expressar sua opinião. A razão pela qual tantas pessoas saíram às ruas para gritar e protestar é porque esse é o único recurso delas.
J.R. Nyquist: E agora Jair Bolsonaro é o candidato de um novo partido político, que é conservador, e ele está ameaçando derrubar o controle comunista do ramo executivo do governo federal do Brasil. Correto?
Olavo de Carvalho: Sim, isso mesmo. É claro que os comunistas estão reagindo violentamente, acusando Bolsonaro de ser fascista, nazista e assim por diante. Eles estão até criando alguns falsos crimes nazistas para acusá-lo. Essas acusações são ridículas e infantis.
J.R. Nyquist: Essas acusações são lideradas pela mídia brasileira?
Olavo de Carvalho: Toda a mídia dá espaço para eles. Não é só Haddad quem está dizendo isso. São todos os grandes jornais, os grandes canais de TV e assim por diante. Eles dizem que houve mais de 50 crimes nazistas nos últimos dias. Mas nada disso aconteceu.
J.R. Nyquist: É uma campanha de difamação, então?
Olavo de Carvalho: Uma campanha de difamação, não só no Brasil, mas eles têm apoio em todos os lugares, nos Estados Unidos e na Europa. Há uma campanha global de calúnias em andamento. Alguém postou no meu Facebook uma lista de mais de 200 organizações de mídia que difamaram Bolsonaro em todo o mundo. É um assunto muito sério. Por outro lado, Bolsonaro sofreu um atentado contra sua vida e a investigação não aparece em nenhuma mídia. Silêncio total.
J.R. Nyquist: Reportagens da mídia aqui nos Estados Unidos não oferecem muitos detalhes. Eles disseram que Bolsonaro foi esfaqueado. Isso foi tudo que ouvimos.
Olavo de Carvalho: O sujeito que cometeu a tentativa de assassinato, Adelio Bispo de Oliveira, era um membro do PSOL, que é o Partido Socialismo e Liberdade. É uma espécie de partido comunista.
J.R. Nyquist: Primeiro os socialistas difamam Bolsonaro, depois tentam assassiná-lo.
Olavo de Carvalho: Sim, sim, sim.
J.R. Nyquist: Do que eles têm tanto medo?
Olavo de Carvalho: Eles cometeram tantos crimes enquanto mantêm o poder, que não podem permitir que outra parte tome o poder agora, porque sabem que serão punidos.
J.R. Nyquist: Existe uma ameaça de guerra civil no Brasil?
Olavo de Carvalho: Não, porque as pessoas não têm armas. Elas não poderiam reagir. Esta não é uma guerra civil.
J.R. Nyquist: Então o Brasil está lutando contra um poder comunista que entrou no governo.
Olavo de Carvalho: Mas eles não controlam apenas o governo. Eles controlam toda a mídia, com uma ou duas pequenas exceções. Eles controlam todas as universidades. Eles controlam todas as instituições culturais. Eles controlam praticamente tudo. As pessoas não têm canal para expressar sua opinião. A razão pela qual tantas pessoas saíram às ruas para gritar e protestar é porque esse é o único recurso delas.
J.R. Nyquist: E agora Jair Bolsonaro é o candidato de um novo partido político, que é conservador, e ele está ameaçando derrubar o controle comunista do ramo executivo do governo federal do Brasil. Correto?
Olavo de Carvalho: Sim, isso mesmo. É claro que os comunistas estão reagindo violentamente, acusando Bolsonaro de ser fascista, nazista e assim por diante. Eles estão até criando alguns falsos crimes nazistas para acusá-lo. Essas acusações são ridículas e infantis.
J.R. Nyquist: Essas acusações são lideradas pela mídia brasileira?
Olavo de Carvalho: Toda a mídia dá espaço para eles. Não é só Haddad quem está dizendo isso. São todos os grandes jornais, os grandes canais de TV e assim por diante. Eles dizem que houve mais de 50 crimes nazistas nos últimos dias. Mas nada disso aconteceu.
J.R. Nyquist: É uma campanha de difamação, então?
Olavo de Carvalho: Uma campanha de difamação, não só no Brasil, mas eles têm apoio em todos os lugares, nos Estados Unidos e na Europa. Há uma campanha global de calúnias em andamento. Alguém postou no meu Facebook uma lista de mais de 200 organizações de mídia que difamaram Bolsonaro em todo o mundo. É um assunto muito sério. Por outro lado, Bolsonaro sofreu um atentado contra sua vida e a investigação não aparece em nenhuma mídia. Silêncio total.
J.R. Nyquist: Reportagens da mídia aqui nos Estados Unidos não oferecem muitos detalhes. Eles disseram que Bolsonaro foi esfaqueado. Isso foi tudo que ouvimos.
Olavo de Carvalho: O sujeito que cometeu a tentativa de assassinato, Adelio Bispo de Oliveira, era um membro do PSOL, que é o Partido Socialismo e Liberdade. É uma espécie de partido comunista.
J.R. Nyquist: Primeiro os socialistas difamam Bolsonaro, depois tentam assassiná-lo.
Olavo de Carvalho: Sim, sim, sim.
J.R. Nyquist: Do que eles têm tanto medo?
Olavo de Carvalho: Eles cometeram tantos crimes enquanto mantêm o poder, que não podem permitir que outra parte tome o poder agora, porque sabem que serão punidos.
J.R. Nyquist: Existe uma ameaça de guerra civil no Brasil?
Olavo de Carvalho: Não, porque as pessoas não têm armas. Elas não poderiam reagir. Esta não é uma guerra civil.
Apoiadores do candidato conservador à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro, participam de uma manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 21 de outubro de 2018.
Avesso à qualquer surpresa de última hora, o Brasil parece estar decidido a eleger Bolsonaro como seu próximo presidente
Olavo de Carvalho: Eu realmente não acredito que eles sigam ordens para atirar nas pessoas. Mas também eles não irão se mobilizar para defender o povo. Todos os generais do exército foram muito inativos durante estes anos. Nos anos 90, eu fiz várias palestras em instituições militares no Brasil.
Eu expliquei tudo o que estava acontecendo e tudo o que poderia acontecer. Todos os meus avisos se tornaram realidade. O Partido dos Trabalhadores fez tudo o que eu previ. Foi inútil. Os militares permaneceram inativos porque foram tão criticados na mídia que ficaram inibidos. Eles são tímidos agora.
J.R. Nyquist: Dada a situação que você descreve, Bolsonaro e aqueles que o apóiam devem ser muito corajosos.
Olavo de Carvalho: Muito, muito corajosos. E outra coisa, eles não têm dinheiro! O outro lado tem muito dinheiro. São financiados por bancos brasileiros, por bancos internacionais e assim por diante. Não há limite para a quantia de dinheiro que eles podem usar. E Bolsonaro não tem dinheiro nenhum! A maior parte de sua campanha foi feita pela internet, por blogs e pelo Facebook.
J.R. Nyquist: E ele está à frente nas pesquisas?
Olavo de Carvalho: Sim! Ele está à frente nas pesquisas. E o primeiro turno revelou um comparecimento maior do que o esperado.
J.R. Nyquist: Houve trapaça no primeiro turno da votação presidencial?
Olavo de Carvalho: Ocorreram 16 mil casos de irregularidades na votação. E todas essas irregularidades foram contra o Bolsonaro. As máquinas de votação têm algum preconceito contra ele.
J.R. Nyquist: Foram essas as máquinas de votação da Venezuela?
Olavo de Carvalho: Sim, sim, exatamente, as máquinas Smartmatic. E o governo anunciou que quem fala em fraude será punido. Então você não ousa falar em fraude. A fraude eleitoral em si não é um crime no Brasil. O crime está em expor a fraude. Então, agora eles terão que prender 16 mil pessoas por denunciarem fraude eleitoral.
O Partido dos Trabalhadores se dá o direito de cometer fraudes e permanecer impune. Como as pessoas podem acreditar que estamos em uma democracia quando o governo ameaça mandar para a cadeia qualquer um que descubra uma fraude eleitoral?
J.R. Nyquist: No entanto, o Brasil tem testemunhado a criação de um partido político conservador em um momento em que nenhum outro existia e o candidato conservador está liderando nas pesquisas. Parece que, apesar de tudo, o povo brasileiro tem enfrentado a situação.
Olavo de Carvalho: Pela primeira vez, entre 2013 e 2015, as pessoas se levantaram como se fossem um homem só, contra todas essas coisas. Foi um momento muito heróico. Uma coisa muito linda de se ver. E agora a candidatura de Bolsonaro é uma continuação natural desse movimento, um segundo capítulo desse movimento. Eu chamo isso de Revolução Brasileira.
J.R. Nyquist: Como a elite brasileira ficou sob o controle marxista?
Olavo de Carvalho: Na década de 1960, os comunistas adotaram a estratégia de Antonio Gramsci: ocupar os espaços [culturais]. Eles trabalharam pouco a pouco, muito pacientemente, ocupando todos os espaços [culturais] e expulsando todos os seus inimigos. Levaram mais de 50 anos. Por muito tempo, eu fui uma voz solitária. Mas não mais. Muitos dos meus leitores e alunos escrevem livros e blogs. Alguns deles são muito bons.
J.R. Nyquist: E a mídia da elite não os reconhecerá.
Olavo de Carvalho: Sim, porque toda a história desse poder de esquerda no Brasil é também a história da destruição da alta cultura no Brasil. Eles destruíram tudo. Nos anos 60, nós tivemos grandes pensadores e escritores.
O Partido dos Trabalhadores, quando nasceu, prometeu destruir a elite, o que eles chamaram de “The Establishment”. Eles leram um livro do grande sociólogo brasileiro Raymundo Faoro, “Os Donos do Poder”. Ele mostrou que o Brasil é um país onde as pessoas não têm chance. E o Partido dos Trabalhadores pareceu prometer destruir a elite.
Mas, ao mesmo tempo, eles adotaram a estratégia de Gramsci. Essa estratégia consistia em o Partido se tornar a elite. Eles queriam fazer a revolução de Faoro usando os métodos de Gramsci. Isto é impossível.
J.R. Nyquist: E sobre a influência chinesa comunista no Brasil?
Olavo de Carvalho: Sim, os chineses estão comprando tudo no Brasil. Não podemos medir a extensão do poder chinês no Brasil. É algo enorme.
J.R. Nyquist: Os chineses estão apoiando o Partido dos Trabalhadores?
Olavo de Carvalho: Claro, claro, e também os iranianos.
J.R. Nyquist: E se Bolsonaro ganhar a eleição, que mudanças trará?
Olavo de Carvalho: Primeiro, ele terá que reprimir os traficantes de drogas. Os traficantes de drogas ganham muito dinheiro. Eles subornam todo mundo. Eles controlam uma grande parte do país. Este é o primeiro problema. O Brasil tem 70 mil assassinatos por ano. Isso significa três Guerras do Iraque em um ano.
J.R. Nyquist: E isso é devido aos [traficantes de drogas]?
Olavo de Carvalho: Sim, e os [traficantes de drogas] são protegidos pelo Partido dos Trabalhadores e pelo governo.
J.R. Nyquist: Então os comunistas estão usando o tráfico de drogas e o crime organizado?
Olavo de Carvalho: Sim. Praticamente um monopólio do narcotráfico no Brasil pertence às FARC, que são as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. O traficante brasileiro Fernando Beira-Mar confessou que todos os anos comprava armas para as FARC e as trocava por 200 toneladas de cocaína para distribuir no mercado brasileiro. Então você pode concluir que as FARC têm o monopólio do mercado de drogas no Brasil.
Bem, as FARC são membros do Foro de São Paulo, que é uma organização de 200 partidos, todos comunistas. É a nova Internacional Comunista da América Latina. Foi fundado e presidido por Lula da Silva, o presidente do Partido dos Trabalhadores. Então, eles são todos parceiros: as FARC, o Partido dos Trabalhadores e assim por diante.
J.R. Nyquist: Então o objetivo deles, como a nova Internacional Comunista da América Latina, é repetir o que eles fizeram com a Venezuela no Brasil, na Colômbia, na Bolívia e na Argentina …
Olavo de Carvalho: Em toda a América Latina. E nenhum outro país, depois da Venezuela, está em posição tão perigosa quanto o Brasil.
J.R. Nyquist: Se você pudesse aconselhar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e lhe contar algo sobre a situação do Brasil, o que você diria?
Olavo de Carvalho: Eu diria a ele que não se pode permitir que toda a América Latina ceda aos comunistas. Esta seria a morte dos Estados Unidos. É uma situação muito perigosa, mesmo para os norte-americanos.
J.R. Nyquist é colunista do WorldNetDaily, SierraTimes e Financial Sense Online. Ele é o autor dos livros ““Origins of the Fourth World War” e “O Tolo e Seu Inimigo”, bem como co-autor de “The New Tactics of Global War”
Phonte: Epoch Times
J.R. Nyquist: Dada a situação que você descreve, Bolsonaro e aqueles que o apóiam devem ser muito corajosos.
Olavo de Carvalho: Muito, muito corajosos. E outra coisa, eles não têm dinheiro! O outro lado tem muito dinheiro. São financiados por bancos brasileiros, por bancos internacionais e assim por diante. Não há limite para a quantia de dinheiro que eles podem usar. E Bolsonaro não tem dinheiro nenhum! A maior parte de sua campanha foi feita pela internet, por blogs e pelo Facebook.
J.R. Nyquist: E ele está à frente nas pesquisas?
Olavo de Carvalho: Sim! Ele está à frente nas pesquisas. E o primeiro turno revelou um comparecimento maior do que o esperado.
J.R. Nyquist: Houve trapaça no primeiro turno da votação presidencial?
Olavo de Carvalho: Ocorreram 16 mil casos de irregularidades na votação. E todas essas irregularidades foram contra o Bolsonaro. As máquinas de votação têm algum preconceito contra ele.
J.R. Nyquist: Foram essas as máquinas de votação da Venezuela?
Olavo de Carvalho: Sim, sim, exatamente, as máquinas Smartmatic. E o governo anunciou que quem fala em fraude será punido. Então você não ousa falar em fraude. A fraude eleitoral em si não é um crime no Brasil. O crime está em expor a fraude. Então, agora eles terão que prender 16 mil pessoas por denunciarem fraude eleitoral.
O Partido dos Trabalhadores se dá o direito de cometer fraudes e permanecer impune. Como as pessoas podem acreditar que estamos em uma democracia quando o governo ameaça mandar para a cadeia qualquer um que descubra uma fraude eleitoral?
J.R. Nyquist: No entanto, o Brasil tem testemunhado a criação de um partido político conservador em um momento em que nenhum outro existia e o candidato conservador está liderando nas pesquisas. Parece que, apesar de tudo, o povo brasileiro tem enfrentado a situação.
Olavo de Carvalho: Pela primeira vez, entre 2013 e 2015, as pessoas se levantaram como se fossem um homem só, contra todas essas coisas. Foi um momento muito heróico. Uma coisa muito linda de se ver. E agora a candidatura de Bolsonaro é uma continuação natural desse movimento, um segundo capítulo desse movimento. Eu chamo isso de Revolução Brasileira.
J.R. Nyquist: Como a elite brasileira ficou sob o controle marxista?
Olavo de Carvalho: Na década de 1960, os comunistas adotaram a estratégia de Antonio Gramsci: ocupar os espaços [culturais]. Eles trabalharam pouco a pouco, muito pacientemente, ocupando todos os espaços [culturais] e expulsando todos os seus inimigos. Levaram mais de 50 anos. Por muito tempo, eu fui uma voz solitária. Mas não mais. Muitos dos meus leitores e alunos escrevem livros e blogs. Alguns deles são muito bons.
J.R. Nyquist: E a mídia da elite não os reconhecerá.
Olavo de Carvalho: Sim, porque toda a história desse poder de esquerda no Brasil é também a história da destruição da alta cultura no Brasil. Eles destruíram tudo. Nos anos 60, nós tivemos grandes pensadores e escritores.
O Partido dos Trabalhadores, quando nasceu, prometeu destruir a elite, o que eles chamaram de “The Establishment”. Eles leram um livro do grande sociólogo brasileiro Raymundo Faoro, “Os Donos do Poder”. Ele mostrou que o Brasil é um país onde as pessoas não têm chance. E o Partido dos Trabalhadores pareceu prometer destruir a elite.
Mas, ao mesmo tempo, eles adotaram a estratégia de Gramsci. Essa estratégia consistia em o Partido se tornar a elite. Eles queriam fazer a revolução de Faoro usando os métodos de Gramsci. Isto é impossível.
J.R. Nyquist: E sobre a influência chinesa comunista no Brasil?
Olavo de Carvalho: Sim, os chineses estão comprando tudo no Brasil. Não podemos medir a extensão do poder chinês no Brasil. É algo enorme.
J.R. Nyquist: Os chineses estão apoiando o Partido dos Trabalhadores?
Olavo de Carvalho: Claro, claro, e também os iranianos.
J.R. Nyquist: E se Bolsonaro ganhar a eleição, que mudanças trará?
Olavo de Carvalho: Primeiro, ele terá que reprimir os traficantes de drogas. Os traficantes de drogas ganham muito dinheiro. Eles subornam todo mundo. Eles controlam uma grande parte do país. Este é o primeiro problema. O Brasil tem 70 mil assassinatos por ano. Isso significa três Guerras do Iraque em um ano.
J.R. Nyquist: E isso é devido aos [traficantes de drogas]?
Olavo de Carvalho: Sim, e os [traficantes de drogas] são protegidos pelo Partido dos Trabalhadores e pelo governo.
J.R. Nyquist: Então os comunistas estão usando o tráfico de drogas e o crime organizado?
Olavo de Carvalho: Sim. Praticamente um monopólio do narcotráfico no Brasil pertence às FARC, que são as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. O traficante brasileiro Fernando Beira-Mar confessou que todos os anos comprava armas para as FARC e as trocava por 200 toneladas de cocaína para distribuir no mercado brasileiro. Então você pode concluir que as FARC têm o monopólio do mercado de drogas no Brasil.
Bem, as FARC são membros do Foro de São Paulo, que é uma organização de 200 partidos, todos comunistas. É a nova Internacional Comunista da América Latina. Foi fundado e presidido por Lula da Silva, o presidente do Partido dos Trabalhadores. Então, eles são todos parceiros: as FARC, o Partido dos Trabalhadores e assim por diante.
J.R. Nyquist: Então o objetivo deles, como a nova Internacional Comunista da América Latina, é repetir o que eles fizeram com a Venezuela no Brasil, na Colômbia, na Bolívia e na Argentina …
Olavo de Carvalho: Em toda a América Latina. E nenhum outro país, depois da Venezuela, está em posição tão perigosa quanto o Brasil.
J.R. Nyquist: Se você pudesse aconselhar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e lhe contar algo sobre a situação do Brasil, o que você diria?
Olavo de Carvalho: Eu diria a ele que não se pode permitir que toda a América Latina ceda aos comunistas. Esta seria a morte dos Estados Unidos. É uma situação muito perigosa, mesmo para os norte-americanos.
J.R. Nyquist é colunista do WorldNetDaily, SierraTimes e Financial Sense Online. Ele é o autor dos livros ““Origins of the Fourth World War” e “O Tolo e Seu Inimigo”, bem como co-autor de “The New Tactics of Global War”
Phonte: Epoch Times
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