Katherine Langford interpreta Hannah Baker, em 13 Reasons Why
Um mês após o lançamento da série 190 adolescentes entre 10 e 17 anos se suicidaram nos EUA
Em março de 2017 a Netflix lançou o seriado “13 Reasons Why” que conta a história de uma adolescente que se suicidou e deixou uma fita gravada contando as 13 razões que a levaram a tirar sua própria vida.
Uma pesquisa divulgada esta semana pelo Nationwide Children’s Hospital, da Columbus, Ohio (EUA), mostra que nove meses após este lançamento foram registrados 195 suicídios entre jovens a mais da média registrada nos anos anteriores.
Só em abril de 2017, 190 pré-adolescentes e adolescentes americanos tiraram suas próprias
vidas. A taxa de suicídio de abril de 2017 foi de 0,57 por 100.000 pessoas, quase 30% maior do que nos cinco anos anteriores incluídos no estudo.
A pesquisa se refere a jovens entre 10 e 17 anos, grupo onde a quantidade de suicídios aumentou consideravelmente nos últimos anos e os pesquisadores deixam claro que não é possível apontar que a causa tenha sido realmente a influência do seriado.
Ainda assim, o autor do estudo, Jeff Bridge, diz que a taxa de suicídio do mês de abril de 2017 foi a maior em 19 anos. “Os criadores da série retrataram intencionalmente o suicídio do personagem principal. Foi uma representação muito gráfica da morte por suicídio, o que pode desencadear um comportamento suicida”, disse Bridge ao The New York Times.
Mas por não saber quantos daqueles adolescentes que se mataram tiveram acesso à série, o pesquisador não pode afirmar se há ou não relação entre a produção da Netflix e a morte de 190 adolescentes.
Para chegar a esses números, os pesquisadores analisaram dados dos Centros Federais de Controle e Prevenção de Doenças sobre mortes em americanos entre 10 e 64 anos de janeiro de 2013 a dezembro de 2017.
Seus resultados foram publicados no Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry. Os pesquisadores não encontraram nenhuma mudança nas taxas de suicídio nos maiores de 18 anos após o lançamento do programa.
O suicídio é a segunda maior causa de morte entre adolescentes dos Estados Unidos. Para Lisa Horowitz, coautora e pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde Mental, esses números mostram “uma grande crise de saúde pública” para o país.
Já para a socióloga Anna Mueller, da Universidade de Chicago, que não participou da pesquisa, os dados deste estudo mostram que as representações de suicidas na mídia podem influenciar negativamente os jovens.
Além das representações de suicídio na mídia, o aumento do bullying e o uso excessivo das redes sociais também aparecem como possíveis causas para o risco de um adolescente tirar a própria vida.
Netflix diz que vai analisar os dados
Em resposta a esta pesquisa, a Netflix apresentou um estudo feito pela Universidade da Pensilvânia onde diz que os jovens adultos que assistiram a segunda temporada da série “13 Reasons Why” tiveram menos pensamentos suicidas que os não-espectadores.
Sobre esta pesquisa sobre adolescentes de 10 a 17 anos, a empresa de streaming disse que irá analisar os dados.
“Este é um tópico criticamente importante e temos trabalhado duro para garantir que lidamos com essa questão tão sensível de forma responsável.”
Uma pesquisa divulgada esta semana pelo Nationwide Children’s Hospital, da Columbus, Ohio (EUA), mostra que nove meses após este lançamento foram registrados 195 suicídios entre jovens a mais da média registrada nos anos anteriores.
Só em abril de 2017, 190 pré-adolescentes e adolescentes americanos tiraram suas próprias
vidas. A taxa de suicídio de abril de 2017 foi de 0,57 por 100.000 pessoas, quase 30% maior do que nos cinco anos anteriores incluídos no estudo.
A pesquisa se refere a jovens entre 10 e 17 anos, grupo onde a quantidade de suicídios aumentou consideravelmente nos últimos anos e os pesquisadores deixam claro que não é possível apontar que a causa tenha sido realmente a influência do seriado.
Ainda assim, o autor do estudo, Jeff Bridge, diz que a taxa de suicídio do mês de abril de 2017 foi a maior em 19 anos. “Os criadores da série retrataram intencionalmente o suicídio do personagem principal. Foi uma representação muito gráfica da morte por suicídio, o que pode desencadear um comportamento suicida”, disse Bridge ao The New York Times.
Mas por não saber quantos daqueles adolescentes que se mataram tiveram acesso à série, o pesquisador não pode afirmar se há ou não relação entre a produção da Netflix e a morte de 190 adolescentes.
Para chegar a esses números, os pesquisadores analisaram dados dos Centros Federais de Controle e Prevenção de Doenças sobre mortes em americanos entre 10 e 64 anos de janeiro de 2013 a dezembro de 2017.
Seus resultados foram publicados no Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry. Os pesquisadores não encontraram nenhuma mudança nas taxas de suicídio nos maiores de 18 anos após o lançamento do programa.
O suicídio é a segunda maior causa de morte entre adolescentes dos Estados Unidos. Para Lisa Horowitz, coautora e pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde Mental, esses números mostram “uma grande crise de saúde pública” para o país.
Já para a socióloga Anna Mueller, da Universidade de Chicago, que não participou da pesquisa, os dados deste estudo mostram que as representações de suicidas na mídia podem influenciar negativamente os jovens.
Além das representações de suicídio na mídia, o aumento do bullying e o uso excessivo das redes sociais também aparecem como possíveis causas para o risco de um adolescente tirar a própria vida.
Netflix diz que vai analisar os dados
Em resposta a esta pesquisa, a Netflix apresentou um estudo feito pela Universidade da Pensilvânia onde diz que os jovens adultos que assistiram a segunda temporada da série “13 Reasons Why” tiveram menos pensamentos suicidas que os não-espectadores.
Sobre esta pesquisa sobre adolescentes de 10 a 17 anos, a empresa de streaming disse que irá analisar os dados.
“Este é um tópico criticamente importante e temos trabalhado duro para garantir que lidamos com essa questão tão sensível de forma responsável.”
Phonte: Gospel Prime
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