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segunda-feira, 16 de março de 2015

“Nacionalistas” abrem as portas da Argentina e da América do Sul ao comunismo chinês

O presidente chinês Xi Jiping assina acordos na Casa Rosada. A seu lado, o vicepresidente argentino Amado Boudou, hoje indiciado pela Justiça.
O presidente chinês Xi Jiping assina acordos na Casa Rosada com
o vice-presidente argentino Amado Boudou, hoje indiciado pela Justiça.
Os acordos argentinos com a China vão além da economia e ameaçam a soberania territorial e comunicacional. E por obra de um governo que se diz nacionalista, serve à maravilha às conveniências do comunismo chinês.

Os acordos concedem benefícios únicos à China em matéria de energia, minerais, manufaturas, agricultura e centros de investigação e desenvolvimento.

Não há contrapartidas, que são habituais nesses acordos, como transferência tecnológica.

Os chineses poderão negociar e inverter, sem necessidade de informar o país hóspede. Funcionários do governo populista argentino também poderão assinar acordos complementares específicos sem licitação pública. E, para completar, os chineses serão beneficiados com isenções tributárias federais, estaduais e municipais.

Eis os pontos mais relevantes conhecidos dos acordos:

1) 4,714 bilhões de dólares para as barragens Kirchner e Cepernic, já adjudicadas à Electroingeniería S.A., empresa ligada a figuras do governo nacionalista.

2) Convênio com o Banco Central – SWAP de moedas locais por um valor equivalente a 11 bilhões de dólares. Só que em yuans, e, portanto, não podendo ser convertidos em dólares, o que obriga a Argentina fazer comércio exclusivamente com o gigante comunista asiático.

3) 2,099 bilhões de dólares para restaurar a sucateada ferrovia Belgrano Cargas. As obras já estão adjudicadas à equipe de discípulos ideológicos do regime.
4) Aquisição de 11 navios chineses por um total de 423 milhões de dólares.
Base chinesa na Patagonia foi sendo construída ilegalmente.  O regime "nacionalista" sarou as ilegalidades.  A base será uma "ilha legal, trabalhista, policial e tributária" chinesa no país.
Base chinesa na Patagonia foi sendo construída ilegalmente.
O regime "nacionalista" sarou as ilegalidades.
5) Acordo nuclear para a construção de um reator de água pesada e uma central nuclear, tecnologias que a Argentina já domina.

6) Acordo para que a petrolífera estatal YPF e o Banco Nacional de Desenvolvimento da China trabalhem as imensas jazidas de gás de xisto na Patagônia.

7) Investimentos em empresas públicas e privadas. Só na província (estado) de Neuquén estão sendo montadas instalações gigantes de comunicações em região fronteiriça com o Chile, construídas e manipuladas por pessoal chinês.

O objetivo declarado é acompanhar os foguetes e satélites civis chineses, mas também poderá servir para os mísseis militares da China ou de outros países, além de espionar a atividade de satélites dos EUA ou de países que competem com a China.

Na província de Rio Negro já foram concedidos 320.000 hectares para a empresa estatal Heilongjiang Beidahuang State Farmis Business Trade Group Co. LTD, com múltiplas isenções tributárias.

Dessa maneira, o governo, que vive tripudiando contra a classe do proprietários agro-industriais, a qual, segundo ele, estaria entregando o país aos EUA ou à Grã-Bretanha, entrega terras aos seguidores de Mao Tse Tung e permite que eles levem alimentos, minérios, combustíveis etc.
Nacionalismo bolivariano clama 'patria o buitres' contra os países livres e aperta a mão do grande abutre comunista do Oriente.
Nacionalismo bolivariano clama 'pátria o buítres' contra os países livres
e aperta a mão do grande abutre comunista do Oriente.

Os acordos comprometem a Argentina em até 30 anos e, em caso de rescisão, as indenizações serão multimilionárias.

Para “O Estado de S. Paulo” (18-1-2015), a China obteve “assustadoras vantagens em áreas essenciais” e “as empresas chinesas terão vantagens inéditas” como a importação de insumos sem tarifas alfandegárias.

Operários chineses serão levados para a Argentina e trabalharão sob a legislação chinesa, fugindo da legislação, controles e impostos nacionais.

O acordo reproduz o mesmo modelo adotado pela China em acordos com Angola e Nigéria.

Dessa maneira, o acordo “abre a porta da América do Sul à China”, pois seus efeitos terão impacto na indústria brasileira, que terá de aceitar produtos chineses “made in Argentina”.


Mas o governo brasileiro não se queixa. Fossem os EUA ou algum país ocidental, o alarido bolivariano ecoaria por todo o continente.


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