O México foi o palco do XXI Encontro do Foro de São Paulo. O evento, que celebrava os vinte e cinco anos da organização criada por Lula e por Fidel Castro, aconteceu entre os dias 29 de Julho e 01 de Agosto, e reafirmou o propósito de seus fundadores: transformar a América Latina na imensa "Patria Grande" comunista.
A "Declaração final" do encontro enaltece as conquistas do projeto de poder, que atingiram dimensões continentais:
"Quando foi criado o FSP, apenas um país desta região, Cuba, estava governado por um partido pertencente ao Foro, e hoje, além de Cuba, estamos nos governos da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, El Salvador, Nicarágua, Uruguai e Venezuela, aos quais devemos somar centenas de governos subnacionais" (p. 01) [1].
Para ampliar e fortalecer o consórcio comunista repete-se a fórmula de outros encontros: "aprofundar a integração regional" por meio de uma "unidade na diversidade" com a "construção de blocos amplos em torno de um PROJETO POLÍTICO COMUM" (p. 02) - estratégia que deve ser concretizada com o Mercosul, a Alba, Celac, a UNASUL e o BRICS (p. 10).
Em um combate quixotesco, o Foro de São Paulo diz lutar contra um "inimigo principal": o "imperialismo" e a "direita oligárquica" (p. 01). É o adversário imaginário criado para justificar iniciativas e ações, ou para esconder os próprios malfeitos e crimes.
É o caso, por exemplo, quando o assunto é o Brasil. O PT - e o Foro de São Paulo - assaltaram, saquearam o país. Mas, para a organização comunista, as denúncias e investigações são "ofensivas das forças de direta e conservadoras", de "forças neoliberais" (p. 09). Ora, se isso não for a expressão do mais puro cinismo, é patologia aguda.
No México, o Foro de São Paulo tratou de temas que servem - apesar da aparência de legitimidade - como instrumento para a promoção do seu objetivo primordial: a acumulação de forças e de poder. Encontro de "juventude", que reune militantes dos partidos membros, e de "afrodescendentes", que não passa de racialismo; migração; ambientalismo radical; controle dos meios de comunicação; indigenismo; "agenda feminista", que contém o compromisso expresso com a "ideologia de gênero" (p. 02).
É importante destacar que, no ano passado, a "ideologia de gênero" foi banida do Plano Nacional de Educação (PNE). No entanto, em 2015, os brasileiros foram surpreendidos com a tentativa ardilosa de incluir esta disparatada proposta de engenharia social e comportamental nos planos municipais e estaduais de educação - tentativa patrocinada pelo governo federal petista.
É - no mínimo - curioso notar que o Foro de São Paulo incluiu entre as suas conquistas, "centenas de governos subnacionais" (p. 01) - isto é, prefeituras e governos estaduais. No México, inclusive, houve um encontro de "Autoridades Locales y Sub-nacionales" (31 de Julho). Por isso, é necessário reforçar a vigilância. Porque os projetos e iniciativas que geram reações contrárias sob o destaque dos holofotes nacionais, o Foro de São Paulo pode - por uma tática sorrateira - tentar passar na penumbra da administração pública municipal e estadual, sem muita resistência.
Enfim, no curto espaço de um texto não é possível abordar todos os temas, pautas e "análises de conjuntura" do XXI Encontro do Foro de São Paulo. De qualquer maneira, tudo está reduzido - em última instância - a um só propósito: promover o projeto de poder comunista na América Latina.
PS. Como "adendos", as notas que eu publiquei no Facebook sobre o evento estão reproduzidas logo abaixo.
REFERÊNCIAS.
[1]. "Declaración Final del XXI Encuentro del Foro de São Paulo, en la Ciudad de México DF" [http://forodesaopaulo.org/wp- content/uploads/2015/08/ Declaracion-final-2015.pdf].
ADENDOS.
I.
Ex-Presidente Luiz Inácio envia mensagem para o XXI Encontro do Foro de São Paulo, que está sendo realizado na Cidade do México - e termina amanhã, 01 de Agosto (Cf. vídeo).
Lula relembra o início da organização fundada por ele e por Fidel Castro. Ressalta as conquistas do projeto de transformar a América Latina na imensa "Patria Grande" comunista - não só com mandatários e tiranetes em postos de poder, mas com a criação da CELAC, da UNASUL, do Banco do Sul - e observa: [...] "a luta continua, ainda temos muita coisa pra fazer no nosso continente, afinal de contas, estamos apenas começando" [...]
II.
"El Pepe" saúda o Foro de São Paulo.
José Mujica envia mensagem para o XXI Encontro da organização fundada por Lula e por Fidel Castro, realizado na Cidade do México entre os dias 29 de Julho e 01 de Agosto. O ex-Presidente do Uruguai - terrorista tupamaro e maconheiro - é parte ativa do projeto de fazer da América Latina a "Patria Grande" comunista.
A "Patria Grande" comunista e drogada.
Foro de São Paulo é plataforma para "grupo de jovens" empenhar-se na legalização das drogas. No XXI Encontro da organização, realizado na Cidade do México entre os dias 29 de Julho e 01 de Agosto, os militantes das "Juventudes de Izquierda" - ligada ao Partido de la Revolutión Democrática (PRD), do país anfitrião - indicaram a elaboração de um projeto de lei para legalizar a maconha e criar "clubes canábicos" (Cf. imagem. Fonte [http://www.prd.org.mx/portal/ index.php/prdinforma/ boletines/1506-las-juventudes- de-izquierda-impulsaran- paquete-de-iniciativas-para- iniciar-debate-sobre- regulacion-del-cannabis]).
É preciso ressaltar que outros partidos membros do Foro de São Paulo advogam a "causa" dos maconheiros por meio de seus grupos de "juventude" - como o PT e o PCdoB, no Brasil - , disfarçados em ONG's, "movimentos" ditos "sociais" e "estudantis". E o próprio Documento Base do encontro do Foro realizado no México determina entre os eixos do "plano de ação imediato": "Debatir políticas de drogas" (Cf. [http://forodesaopaulo.org/wp- content/uploads/2015/06/ Documento-Base-Final.pdf], p. 27, 6) - "políticas" que, consequentemente, incluem, pelo contexto e agentes envolvidos, a legalização da maconha.
Não é segredo para mais ninguém: o Foro de São Paulo abriga grupos narco-terroristas que exploram o mercado de drogas e partidos que contam com a colaboração do crime organizado e de quadrilhas de traficantes. No entanto, é preciso lembrar também o que revelou Ion Mihai Pacepa. Em 1972 - note bem, em 1972 -, o ex-agente de inteligência da Romênia comunista visitou Cuba para estabelecer uma parceria entre o governo romeno e os irmãos Castro: investir no tráfico de drogas. Fidel Castro - fundador, junto com Lula, do Foro de São Paulo - dizia: "as drogas poderiam causar mais danos ao imperialismo do que as armas nucleares". Raúl - o irmão que atualmente tiraniza a ilha caribenha - dava o seu consentimento: "As drogas irão corroer o capitalismo desde dentro" (Cf. "Quem é Raúl Castro?" [http://b-braga.blogspot.com. br/2012/01/quem-e-raul-castro- bruno-braga.html]).
Pois bem. O Foro de São Paulo é uma organização comprometida com a promoção de um projeto de poder, e tudo o que nele é decido e acertado está, em última instância, ligado a este objetivo. O compromisso dos seus "jovens" com a legalização da maconha, portanto, mostra que, para construir a "Patria Grande" comunista vale até mesmo drogar toda a América Latina.
V.
Deputada do PCdoB no Foro de São Paulo: a defesa do governo Dilma como parte da "Patria Grande" comunista.
Alice Portugal participou do XXI Encontro do Foro de São Paulo, realizado na Cidade do México. No dia 31 de Julho, ela, que é Deputada Federal pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB-BA), apresentou no Senado Nacional do país anfitrião - no "Encuentro Parlamentario" promovido pelo próprio Foro - uma defesa destrambelhada do governo petista de Dilma Rousseff. Os velhos chavões alucinatórios, pronunciados em um portunhol de doer os ouvidos, na tentativa de preservar um aliado - uma peça fundamental - da organização criada por Lula e por Fidel Castro para transformar a América Latina na "Patria Grande" comunista. Propósito declarado na conclusão do pronunciamento: [...] "É a mensagem do PCdoB, de maneira rápida, mas de maneira profunda, aliados aos interesses dos povos da América Latina, PARA QUE FORTALEÇAMOS ESTA AMPLA ALIANÇA, QUE NOS UNE EM DIREÇÃO AO SOCIALISMO" (Cf. vídeo).
A presença de Alice Portugal no encontro do Foro de São Paulo compromete ainda o PCdoB e o próprio mandato da Deputada Federal. A Constituição brasileira e a legislação eleitoral vedam a vinculação e subordinação de partidos políticos a organizações internacionais (Cf. Constituição Federal, art. 17 e Lei 9.096-95, art. 28). E mais. A deputada comunista descumpre o primeiro dever fundamental do parlamentar: "promover a defesa do interesse público e da soberania nacional" (Cf. Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, art. 3, I) - o que é suficiente para a abertura imediata de um processo para a cassação do seu mandato.
Disinformation": former spy chief reveals secret strategis for undermining freedom, attacking religion, and promoting terrorism. WND Books: Washington, 2013. Cap. 37. A KGB Empire (Tradução do trecho citado: Bruno Braga).
[2]. Cf. Declaração final, p. 03.
VII.
O Foro de São Paulo e o terrorismo basco.
?O Foro de São Paulo denunciou a "deportação" de dois integrantes do SORTU - partido político espanhol socialista que reivindica a independência basca - que participariam do seu vigésimo primeiro encontro, realizado recentemente no México. Os dirigentes da organização comunista fundada por Lula e por Fidel Castro solicitaram explicações às autoridades - que, parece, até o momento não se manifestaram.
De qualquer forma, a declaração de Carlos Navarrete sobre o episódio é curiosa. Ele é presidente nacional do PRD, um dos anfitriões do encontro do Foro de São Paulo: "O tema mais delicado é o dos dois bascos, QUE NÃO TÍNHAMOS CONHECIMENTO DE QUE IRIAM CHEGAR, NÃO SE TOMARAM MEDIDAS PREVENTIVAS e o Governo mexicano decidiu não deixá-los entrar no país"
Ora, os integrantes do SORTU resolveram de última hora participar do evento comunista? Não deu tempo sequer de avisar o anfitrião? Ou eles tentaram entrar no México de forma "discreta", de modo que não chamassem a atenção? Quais "medidas preventivas" seriam necessárias para a entrada deles no país? E por quais motivos deveriam ser tomadas?
É importante observar que - independentemente de uma explicação oficial do governo Mexicano - a legalização do SORTU esteve cercada de polêmicas, inclusive por causa de vínculos com o ETA. Asier Altuna e Floren Aoiz - os dois "companheiros" que foram "deportados" pelas autoridades mexicanas - têm um histórico de relações e condenações penais por colaborarem com o grupo terrorista. Altuna, que já participou de outros encontros do Foro de São Paulo, foi preso em 2001 - ele guardava na garagem de sua casa um carro bomba (Cf. [http://www.elmundo.es/ elmundo/2001/10/17/espana/ 1003299032.html]).
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