A baixaria perpetrada pelo crítico de cinema Pablo Villaça neste 21/08 não deveria causar surpresa alguma. O caso é o seguinte: sem o menor pudor, Villaça publicou em seu Facebook que Rodrigo Constantino acessava o site Ashley Madison, feito para quem quer pular a cerca. Com isto, Villaça tencionava expor Constantino como hipócrita por defender o casamento, mas, segundo o crítico petista, não respeitá-lo.
Questionado a respeito do quão baixo ele desceu, e de quão poucas eram suas evidências, era de se esperar que o acompanhador de filmes no mínimo pedisse desculpas a Constantino. Nada disso. De fininho, retirou o post e lançou todo um draminha simulando um “mea culpa” para enganar incautos.
Hoje fiz algo que não costumo fazer.Aliás, fiz duas coisas: escrevi sobre a vida pessoal de alguém. E apaguei um post.O segundo se tornou inevitável depois que me dei conta do primeiro erro.
Não aprovo que se coloque a vida pessoal de ninguém em uma discussão política. Aliás, mais do que “não aprovo”; já escrevi várias vezes CONTRA esse tipo de postura. Uma postura da qual sou vítima constante, diga-se de passagem, já que esta onda neodireitista fascista constantemente usa até o nome de minha filha de 7 anos para me atacar (chegaram a criar conta no Twitter em seu nome, para que tenham uma ideia).
E, falando de um ponto de vista puramente racional, havia lógica no que escrevi hoje, já que a informação que repassei (não, não fui o único nem o primeiro a publicá-la) apontava uma demagogia flagrante na postura de alguém que faz ataques constantes a uma certa postura política, mas foi flagrado numa contradição que expunha a hipocrisia de seu discurso. Foi assim que justiquei o post para mim mesmo.
Mas justificativas racionais são uma coisa; sentimentos, outra. E comecei a me sentir mal depois de publicar. Fisicamente, inclusive. Estava nauseado e a causa da náusea era… eu mesmo.
Para fortalecer minha decisão, entrei nas contas da pessoa no Twitter e no Facebook – coisa que não fazia há meses – e a vi atacando vários indivíduos. Leitores me enviaram históricos de outras agressões pessoais.“Ha! Estou certo, então!”, pensei.
Mas a náusea permanecia.
E me dei conta de que estava agindo exatamente da mesma maneira que tantos outros que critiquei no passado. Um erro não justifica o outro. Simplesmente não justifica.
Ao ajudar a espalhar a tal informação, desci ao nível dos que me atacam. Não, não, não. Desci mais. Porque eu SABIA que não deveria fazê-lo.
Hoje agi como um canalha. Hoje FUI um canalha.
Como é que é? Não costuma? Não costuma ser um canalha? Espera ser melhor amanhã? Realmente, estamos diante de um caso perdido.Espero ser melhor amanhã.
O embuste não é um “desvio” de comportamento para Villaça. É um método. Durante as eleições já demonstrei como ele usava recursos de seita para enganar seus leitores e convencê-los a votar no PT.
E o que dizer de um texto de um mês atrás onde ele queria convencer seu público de que a crise era apenas invenção da mídia? Enfim, se Villaça diz que vai ser “melhor” amanhã, devemos ficar atentos, pois pessoas assim só “melhoram” em termos de agilidade para lançar embustes.
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