Germaine Greer criticou a dupla homossexual composta por Elton John e David Furnish por terem listado um homem como a "mãe" nas certidões de nascimento dos seus dois filhos.
Ela disse que este gesto é mais um exemplo da forma como o conceito da maternidade tem "sido desconstruído", antes de criticar também o processo da Fertilização in Vitro (FIV).
Nos documentos dos seus dois filhos, Zachary (4 anos) e Elijah (2 anos), Sir Elton está listado como o pai e Furnish como a "mãe". Ambas as crianças nasceram da mesma mãe-substituta da Califórnia - que a dupla homossexual diz amar "como uma irmã" - e ambas partilham o mesmo doador de espema anónimo.
Nos documentos dos seus dois filhos, Zachary (4 anos) e Elijah (2 anos), Sir Elton está listado como o pai e Furnish como a "mãe". Ambas as crianças nasceram da mesma mãe-substituta da Califórnia - que a dupla homossexual diz amar "como uma irmã" - e ambas partilham o mesmo doador de espema anónimo.
Como é possível que eles se atrevam a qualificar os meus dois maravilhosos filhos de "sintéticos"? Eles deveriam ter vergonha de agitar o seu dedo julgador contra a FIV, um milagre que tem permitido a legiões de pessoas amorosas - tanto heterossexuais como homossexuais - realizar o sonho de ter filhos.
Falando no Hay Festival, Greer, de 76 anos, disse:
Por vezes penso que o problema é o conceito de maternidade, que nós não conseguimos dar algum tipo de estrutura. Sir Elton e a sua "esposa" David Furnish colocaram nas certidões de nascimento dos seus dois filhos que David Furnish é a "mãe". Desculpem-me. Isso dá-nos uma ideia da forma como o conceito da maternidade foi esvaziado e desapareceu. Foi totalmente desconstruído.
Greer, que escreveu o best-seller com o nome The Female Eunuch no ano de 1970, continuou, criticando o processo de FIV através do qual os filhos da dupla homossexual nasceu:
Nós agora temos a mãe "genética", que fornece os ovos. Tudo depende donde se encontra e se ela terá permissão para saber o que irá acontecer com os seus ovos. E as mulheres normalmente tendem a ter essa preocupação. Um ovo não é um esperma. Nós não produzimos 400 milhões deles duma vez. Um ovo miserável aparece uma vez por mês.
Depois dão-te um folículo que simula hormonas, e tu tens cerca de 17 [ovos], e eles dão-te um FIV a bom preço e distribuem o resto dos ovos da forma que eles querem. Em alguns sítios tu tens permissão para saber o que aconteceu com os teus ovos, mas noutros sítios não. O que nos resta é uma conta reduzida de FIV visto que a criança está a nascer através das pessoas envolvidas e usando os teus ovos.
Desculpem-me perguntar isto, mas alguém discutiu isto? Será que alguém se sentou e perguntou o que os ovos significam para as mulheres?
Depois dão-te um folículo que simula hormonas, e tu tens cerca de 17 [ovos], e eles dão-te um FIV a bom preço e distribuem o resto dos ovos da forma que eles querem. Em alguns sítios tu tens permissão para saber o que aconteceu com os teus ovos, mas noutros sítios não. O que nos resta é uma conta reduzida de FIV visto que a criança está a nascer através das pessoas envolvidas e usando os teus ovos.
Desculpem-me perguntar isto, mas alguém discutiu isto? Será que alguém se sentou e perguntou o que os ovos significam para as mulheres?
A activista de origem Autraliana continuou, fazendo a corajosa alegação de que ela suspeita que o "1967 Abortion Act" só foi introduzido devido às pressões políticas da indústria da fertilidade:
Todo este discurso foi distorcido desde o início por parte da indústria da fertilidade. Ultimamente tenho pensado nisso, e tenho uma suspeita, que ainda tenho que investigar mais, de que o aborto foi legalizado precisamente porque a indústria da fertilidade precisava disso. Não fomos nós. De certeza que não fomos nós.
Nós poderíamos ter marchado até que nos caíssem os pés, mas mesmo assim, eles não se preocupariam em dar-nos o aborto. Elesé que queriam ser capazes de colocar um ponto final da gravidez, para além de quererem manipular livremente os produtos da concepção.
Nós poderíamos ter marchado até que nos caíssem os pés, mas mesmo assim, eles não se preocupariam em dar-nos o aborto. Elesé que queriam ser capazes de colocar um ponto final da gravidez, para além de quererem manipular livremente os produtos da concepção.
Falando sobre o político Democrata Liberal David Steel, que foi responsável pela introdução do "Abortion Act" no parlamento, ela disse:
Ele é um político. Ele só pôde dar entrada à proposta de lei depois dos barões da fertilidade lhe terem dito o que eles queriam. Eles são muito poderosos dentro do establishment médico-legal.
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