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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Novo livro de líder do Irã ensina “como destruir Israel”

Aiatolá Ali Khamenei admite que iranianos sustentam grupos terroristas 

por Jarbas Aragão 

Após o Secretário de Estado John Kerry e o presidente Obama terem alardeado ao mundo sua confiança nos termos do acordo nuclear com o Irã, os fatos comprovam que nada mudou no antigo território persa.


O regime iraniano é uma teocracia muçulmana, então o que o aiatolá fala é considerado “a voz de Deus”. E o que o líder religioso supremo pede novamente aos fiéis muçulmanos? A destruição de Israel.

O livro mais recente do Aiatolá Ali Khamenei chama-se “Palestina”. São 416 páginas de ataques contra o Estado judeu. Ele pede uma jihad (guerra santa) “para libertar Jerusalém”.

Basicamente, repete nas páginas impressas o que sempre deixou claro em seus discursos: Israel não tem o direito de existir como Estado. Entre os vários argumentos, Khamenei defende uma “aniquilação” dos judeus.

A grande justificativa para isso são o que chama de “princípios islâmicos bem estabelecidos”. O principal é que a terra que cai sob domínio muçulmano, mesmo que brevemente, nunca mais pode ser devolvida aos não-muçulmanos.

Isso tem importância ainda maior no caso da Israel e sua capital Jerusalém, considerada a “terceira cidade mais santa do Islã”. Khamenei explica no livro que um de seus “desejos mais acalentados” é um dia orar em uma Jerusalém livre de judeus.

Não por coincidência esse tem sido o argumento do Estado Islâmico ao decretar a retomada do califado. Levado ao pé da letra, se todos os territórios fossem “devolvidos”, isso incluiria regiões no sul da Europa, grandes territórios da Rússia, quase um terço da China, toda a Índia e porções das Filipinas e da Tailândia.

O que há de diferente no argumento deste livro é que ele não recomenda as “guerras clássicas”, pressupondo uma invasão do território de Israel. Defende que um longo período de guerra de baixa intensidade que acabaria forçando a maioria dos judeus a deixar o país. Como exemplo, cita os ataques do Hezbollah e do Hamas.

O aiatolá diz haver uma “fadiga de Israel”, que estaria cansando ao mesmo tempo seus aliados, especialmente os EUA, que apoiaram o Estado judeu por décadas, mas durante a administração de Obama se distanciou a um grau inimaginável. Para Khamenei, nesse processo todo, os Estados Unidos também seriam vencidos e teriam de ver a volta da “supremacia do Irã”.

O título “Palestina” remete ao desejo ardente do líder iraniano de ver (segundo sua conta) oito milhões de palestinos em todo o mundo voltarem para casa. Ele não deixa claro, porém, se o Reino da Jordânia, que ocupa cerca de 80% da Palestina histórica, seria parte deste Estado único.

Curiosamente, o que o aiatolá deixa implícito no livro é exatamente o que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu vem dizendo há meses. O fim do embargo dará bilhões para o Irã aumentar seu subsídio ao terrorismo.

Em outras palavras, o líder iraniano estaria chamando de “guerra de baixa intensidade” exatamente o que o resto do mundo chama de ataques terroristas. A diferença é que dessa vez abertamente patrocinados pelo Irã.

O mais assustador é que John Kerry disse publicamente que numa guerra entre Israel e o Irã, os EUA deixariam os israelenses isolados e seriam os únicos a serem responsabilizados. 

Com informações de The New York Post 

http://noticias.gospelprime.com.br/

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