Arábia Saudita aplica penas severas a críticos do Islam ou para apóstatas. País é acusado de apoiar o ISIS Imagem: The Trent Online |
Um tribunal saudita condenou um homem que se declarou ateu a 2.000 chibatadas e 10 anos de cadeia por negar a existência de Deus e por ridicularizar o livro sagrado da religião maometana.
A Arábia Saudita é um dos países de maioria muçulmana com uma das interpretações mais radicais da lei islâmica, que, em muitos lugares, impõe penas draconianas para o crime de "apostasia" - o ato de abandonar a fé.
A notícia foi veiculada ontem, dia 27, pelo site de notícias britânico Daily Mail, e pelo portal especializado em reportagens sobre o extremismo islâmico Jihad Watch.
No dia 28 de janeiro, o portal de notícias Assyrian International News Agency divulgou um vídeo onde um dos mais importantes clérigos da Arábia Saudita, o imam Adel al-Kalbani, afirmou que o grupo terrorista Estado Islâmico e a monarquia absolutista seguem "o mesmo pensamento".
Conforme o veículo de comunicação do Reino Unido, "o homem foi condenado às 2.000 chibatadas e à detenção por dez anos após expressas publicamente sua visão ateísta na rede social Twitter, na Arábia Saudita".
Após a expressão de sua opinião a respeito da religião, o homem foi encontrado pela polícia responsável por verificar o comportamento dos súditos da monarquia árabe - os funcionários do governo identificaram mais de 600 mensagens publicadas pelo homem de 28 anos, nos quais o rapaz negava a existência de Deus e chegava a ridicularizar alguns dos versos contidos no livro sagrado da maioria religiosa do país.
Em algumas das postagens feitas pelo homem, o autor acusava todos os profetas - inclusive o profeta mais importante da fé corânica, Muhammad - de espalharem mentiras. O jovem também afirmou que os escritos desses profetas espalham hostilidade e guerras. Segundo o portal Daily Mail, o nome do homem não foi divulgado, mas ele confessou, quando confrontado pelo tribunal saudita, que é um ateu - o julgamento ocorreu na cidade Riyadh, no leste do país wahhabita.
Para o acusado de apostasia, sua visão de mundo reflete suas próprias crenças, e ele protestou, diante do tribunal, afirmando que deveria ter o direito à livre-expressão e à liberdade de consciência. Ainda de acordo com a matéria publicada pelo site britânico, além das chibatadas e dos dez anos de detenção, o súdito da monarquia foi condenado a pagar multa em valor superior a £3.800,00 (aproximadamente 5.300 dólares).
A Arábia Saudita, dois anos atrás, chegou a definir o ateísmo como "crime", que deveria ser considerado "equivalente ao terrorismo" - o país é governado, atualmente, pelo rei Salman. O regime absolutista é acusado de apoiar organizações extremistas como o grupo Estado Islâmico, que tem o objetivo de se expandir pelo mundo através da criação de "províncias", nas quais é aplicada uma interpretação radical da lei corânica, a Shariah.
Em algumas das postagens feitas pelo homem, o autor acusava todos os profetas - inclusive o profeta mais importante da fé corânica, Muhammad - de espalharem mentiras. O jovem também afirmou que os escritos desses profetas espalham hostilidade e guerras. Segundo o portal Daily Mail, o nome do homem não foi divulgado, mas ele confessou, quando confrontado pelo tribunal saudita, que é um ateu - o julgamento ocorreu na cidade Riyadh, no leste do país wahhabita.
Para o acusado de apostasia, sua visão de mundo reflete suas próprias crenças, e ele protestou, diante do tribunal, afirmando que deveria ter o direito à livre-expressão e à liberdade de consciência. Ainda de acordo com a matéria publicada pelo site britânico, além das chibatadas e dos dez anos de detenção, o súdito da monarquia foi condenado a pagar multa em valor superior a £3.800,00 (aproximadamente 5.300 dólares).
A Arábia Saudita, dois anos atrás, chegou a definir o ateísmo como "crime", que deveria ser considerado "equivalente ao terrorismo" - o país é governado, atualmente, pelo rei Salman. O regime absolutista é acusado de apoiar organizações extremistas como o grupo Estado Islâmico, que tem o objetivo de se expandir pelo mundo através da criação de "províncias", nas quais é aplicada uma interpretação radical da lei corânica, a Shariah.
O país onde fica a principal cidade da religião islâmica, Meca, também é acusado de preparar uma intervenção militar, ao lado da Turquia, de maioria sunita e governada por um presidente ligado à Irmandade Muçulmana, na guerra síria - para o site de notícias oficial do governo russo, Russia Today, a entrada das duas nações no conflito representa o fornecimento direto de soldados e armamentos às forças jihadistas.
O governo turco possui interesses territorias na Síria, e a Arábia Saudita, de maioria sunita, quer a derubada do regime secular de Bashar Al-Assad, representante da vertente xiita da religião maometana.
Regime saudita é acusado de financiar atividades do grupo Estado Islâmico. Os dois sistemas políticos admitem a
implantação de uma forma violenta de interpretação da lei corânica, a Shariah. Um dos mais importantes clérigos
sauditas chegou a afirmar que os dois regimes "seguem o mesmo pensamento".
Imagem: International Business Times
No dia 28 de janeiro, o portal de notícias Assyrian International News Agency divulgou um vídeo onde um dos mais importantes clérigos da Arábia Saudita, o imam Adel al-Kalbani, afirmou que o grupo terrorista Estado Islâmico e a monarquia absolutista seguem "o mesmo pensamento".
Al-Kalbani foi imam da Grande Mesquita de Meca, uma das mais importantes da Arábia Saudita.
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