A doutora Georgette Bennett, fundadora da Aliança Multireligiosa dos Refugiados Sírios, está inconformada com o silêncio das igrejas em relação ao genocídio de cristãos levado a cabo pelo Estado Islâmico. Judia, ela disse que “nós [judeus] entendemos o que é extermínio. Acho que sabemos reconhecer um genocídio quando o vemos”.
“As coisas mudaram, os cristãos deixaram de ser apenas perseguidos, estão sendo exterminados”, denunciou.
Baseada nos Estados Unidos, a Aliança Multireligiosa reúne cerca de 70 grupos confessionais diferentes, incluindo católicos, evangélicos, judeus e até muçulmanos. Idealizada por Bennett, que é filha de sobreviventes do Holocausto, e Shadi Martini, um muçulmano refugiado de Aleppo, na Síria.
Eles são ativistas de direitos humanos que pretendem alertar o mundo sobre os perigos crescentes de não se responder adequadamente à crise de refugiados.
“Um dos maiores perigos é que os países que recebem refugiados é não resgatar as crianças que estão fora da escola há anos. Eles estão muito vulneráveis à manipulação e à radicalização”, afirmou.
Ela lamenta que as igrejas cristãs não parecem estar preocupadas com o que acontece no Oriente Médio. “As instituições religiosas têm vastos círculos de influência. Não há nada mais abrangente que o cristianismo… A Igreja tem um enorme poder de mobilizar e convocar pessoas. Se os líderes cristãos usassem esse poder, poderiam pôr fim à crise e ajudar os cristãos que estão morrendo”, sublinhou.
Georgette Bennett
“O Estado Islâmico é um grupo criminoso que está cometendo uma série de atrocidades. Eles cometem crimes terríveis contra todos. Muitas pessoas têm sido mortas. É algo terrível”, desabafou.
Com informações de Christian Today
Phonte: Gospel Prime
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