Padre norte-americano Frank Pavone é líder do grupo “Sacerdotes Pela Vida”, que luta pelo fim do aborto. Por causa da eleição presidencial, ele tomou uma atitude radical. Fez uma transmissão pelo Facebook, num longo sermão sobre o dever moral das pessoas religiosas se posicionarem ao lado da vida e defenderem os valores bíblicos.
O vídeo já passou de 300 mil visualizações e está causando um grande debate, enquanto existe uma campanha para retirá-lo do ar. No vídeo chocante, o padre explica que o feto foi entregue a ele por um médico e que posteriormente, a criança seria enterrada.
Logo após justificar a necessidade de usar um bebê abortado como ilustração, o padre faz um sermão baseado em Deuteronômio 30:19 “tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas”. Ele pediu que os cristãos escolhessem a vida. Também fez um apanhado dos relatos bíblicos sobre os reis justos e ímpios descritos no Antigo Testamento e como alguns deles permitiam o sacrifício de crianças, o que é uma abominação.
A posição pró Donald Trump do padre fica evidente, pois este seria contrário ao aborto e as novas leis aprovadas pelo governo Obama que incluem o uso de dinheiro público para esse procedimento, tratado como “questão de saúde”.
Pavone também escancara o envolvimento da candidata Hillary Clinton com grupos que defendem a prática na ONU. Através da Fundação Clinton, ela e o esposo propagam ideias como o casamento gay e o aborto como ‘direitos universais’.
O texto que acompanha o material publicado pelo líder católico na rede social diz: “temos que decidir se vamos permitir que o assassinato infantil continue na América ou não. Hillary Clinton e a plataforma Democrática dizem que sim e a matança de crianças continuará (e você paga por ela). Donald Trump e a plataforma republicana dizem que não, e que a criança deve ser protegida.”
Opiniões divididas
A eleição nos EUA ocorre nesta terça (8) e o assunto está sendo tratado meramente como política.
O padre Pavone mora no Texas, tradicionalmente um estado conservador. Contudo, os comentários do vídeo no Facebook mostram que um número menor de pessoas aprovou a maneira como o assunto foi tratado. Muitos católicos ficaram escandalizados com as imagens e o acusam de ter “violado” o altar e que sua atitude era um “sacrilégio”.
O ativista também teve conflitos com o Comitê dos Bispos Católicos, equivalente à CNBB nos EUA – sobre suas campanhas pró-vida. A maneira com que Pavone trata abertamente o assunto incomoda muitos líderes católicos, uma vez que o aborto é legalizado nos Estados Unidos.
O padre Ed Mechmann, representante da Arquidiocese de Nova York, fez uma publicação no site oficial da instituição para descrever a “repulsa” que sentiu ao ver o vídeo. “Um ser humano foi sacrificado e o altar de Deus foi profanado, tudo por política”, escreveu ele.
O texto que acompanha o material publicado pelo líder católico na rede social diz: “temos que decidir se vamos permitir que o assassinato infantil continue na América ou não. Hillary Clinton e a plataforma Democrática dizem que sim e a matança de crianças continuará (e você paga por ela). Donald Trump e a plataforma republicana dizem que não, e que a criança deve ser protegida.”
Opiniões divididas
A eleição nos EUA ocorre nesta terça (8) e o assunto está sendo tratado meramente como política.
O padre Pavone mora no Texas, tradicionalmente um estado conservador. Contudo, os comentários do vídeo no Facebook mostram que um número menor de pessoas aprovou a maneira como o assunto foi tratado. Muitos católicos ficaram escandalizados com as imagens e o acusam de ter “violado” o altar e que sua atitude era um “sacrilégio”.
Alguns lembraram que o Código de Direito Canônico proíbe a manifestação política, uma vez que é dedicado apenas ao culto a Deus.
O trabalho de Frank Pavone à frente do “Sacerdotes Pela Vida” é bastante contestado. O cardeal Timothy Dolan rompeu com ele em 2014, após acusações públicas de mau uso de dinheiro.
O trabalho de Frank Pavone à frente do “Sacerdotes Pela Vida” é bastante contestado. O cardeal Timothy Dolan rompeu com ele em 2014, após acusações públicas de mau uso de dinheiro.
Com um dos maiores orçamentos dentre os ministérios católicos dos EUA – mais de U$ 10 milhões por ano – a organização tinha um déficit de US $ 1,4 milhões e era investigada por não fazer todos os depósitos fiscais exigidos pelo governo.
O ativista também teve conflitos com o Comitê dos Bispos Católicos, equivalente à CNBB nos EUA – sobre suas campanhas pró-vida. A maneira com que Pavone trata abertamente o assunto incomoda muitos líderes católicos, uma vez que o aborto é legalizado nos Estados Unidos.
O padre Ed Mechmann, representante da Arquidiocese de Nova York, fez uma publicação no site oficial da instituição para descrever a “repulsa” que sentiu ao ver o vídeo. “Um ser humano foi sacrificado e o altar de Deus foi profanado, tudo por política”, escreveu ele.
Classificando a atitude como “atrocidade”, lembrou que segundo o Catecismo da Igreja Católica o corpo é sagrado e no vídeo em questão isso foi desrespeitado.
Charles Camosy, professor de bioética da Fordham University e defensor da causa pró-vida explica que o uso de imagens gráficas sempre foi uma questão controversa dentro do movimento antiaborto. Para ele, até mesmo os líderes mais conservadores não concordariam com essa atitude de Pavone.
Charles Camosy, professor de bioética da Fordham University e defensor da causa pró-vida explica que o uso de imagens gráficas sempre foi uma questão controversa dentro do movimento antiaborto. Para ele, até mesmo os líderes mais conservadores não concordariam com essa atitude de Pavone.
“Isso só colabora com a ideia que tantas pessoas têm sobre nós, que somos um bando de extremistas selvagens”, lamentou ao Washington Post.
Phonte: Gospel Prime
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