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domingo, 25 de dezembro de 2016

Por que julgar Silas Malafaia?


Julio Severo

O nome de Silas Malafaia, famoso pastor que é o fundador e presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi envolvido dias atrás num suposto escândalo de “lavagem de dinheiro,” como se ele tivesse negócios com indivíduos corruptos com a intenção de obter deliberadamente dinheiro sujo.

O escândalo chegou a ser “noticiado” na Charisma, a maior revista pentecostal do mundo. Infelizmente, a famosa revista americana ficou com a versão da mídia secular, que está convicta de que Malafaia está envolvido em corrupção.

Malafaia, que é tão conhecido que já foi entrevistado em 2011 pelo New York Times, um dos maiores jornais dos EUA, explicou que não houve nenhuma lavagem de dinheiro. 

O próprio jornalista Reinaldo Azevedo, de quem discordo fortemente em questões homossexuais, escreveu que o que a Polícia Federal fez com Malafaia foi ilegal ao incluir o nome dele só porque ele recebeu uma oferta de um indivíduo envolvido na investigação federal.

Mesmo assim, muitos evangélicos não querem dar o benefício da dúvida a Malafaia. Outros já o consideram culpado e condenado, porque ele recebeu uma oferta voluntária de uma fonte envolvida em corrupção.

Ora, isso significa que se eu receber uma grande oferta de um bruxo ou mafioso, que tenho culpabilidade em todos os seus crimes? Claro que não. O bruxo e o mafioso são livres para vir até mim, ouvir o Evangelho e dar uma oferta, e eu sou livre para aceitar ou não tal oferta.

Os pais de Jesus, José e Maria, eram pobres e aceitaram uma grande oferta de um grupo de bruxos e astrólogos que vieram porque estavam tentando entender os sinais de Deus. José e Maria eram livres para aceitar ou não tal oferta. Mas eles aceitaram, e essa grande oferta foi exatamente o que eles precisavam para cobrir elevadas despesas de uma viagem internacional para fugir para o Egito e permanecer ali algum tempo.

Deus poderia ter enviado ouro diretamente do céu para José e Maria. Mas Ele escolheu usar bruxos. Em vez de deixar que José e Maria tivessem o trabalho de fugir para o Egito com um bebê para escapar do rei Herodes, Deus poderia ter eliminado o rei sanguinário, que estava determinado a matar o bebê Jesus. Mas Deus não eliminou o rei assassino de bebês.

Ou, em vez de enviar bruxos, Ele poderia ter enviado profetas e sacerdotes judeus. Mas já não havia profetas em Israel e os sacerdotes eram corruptos. Eles eram corruptos conhecendo a Palavra de Deus. Os bruxos que ofertaram para Jesus demonstram uma abertura de coração que Deus usou. Eles não eram judeus. Eles eram corruptos, mas não conheciam a Palavra de Deus do jeito que os sacerdotes judeus conheciam.

O Dicionário Bíblico Ilustrado Zondervan, de J. D. Douglas, diz: “Os MAGOS do Oriente mencionados em Mateus 2:1 (magos G3407) eram sacerdotes persas de elevada categoria especialistas em ASTROLOGIA e outras práticas de ocultismo.”

O Dicionário Bíblico Ilustrado Holman, de Chad Brand, diz no verbete “magos,” em referência a Mateus 2:1: “Sábios orientais, sacerdotes e astrólogos especialistas na interpretação de sonhos e outras práticas ocultistas.”

Ganhar dinheiro à custa de práticas de astrologia e ocultismo é, na Bíblia, corrupção pura. No caso dos magos da Bíblia, eles ganharam muito dinheiro. Eles tinham ouro.

Não é comum ver bruxos ricos ofertando ouro e joias para uma família pobre que adora a Deus. Mas Deus faz maravilhas!

Os teólogos judeus não souberam reconhecer Deus enviando o bebê Jesus. Portanto, eles não poderiam ajudar seus pais necessitados. Deus precisou trazer bruxos e astrólogos de longe para prover os recursos necessários. Não é à toa que Ele se chame de Deus do impossível. De fato, Ele faz coisas impossíveis. O que os olhos não viram e o que as mentes humanas nunca imaginaram, é isso o que Deus faz.

Deus usou aqueles bruxos naquele determinado tempo, e depois nunca mais se ouviu deles.
Alguns teólogos hoje, que seguem uma heresia chamada cessacionismo, duvidariam dos sonhos e revelações de José e Maria, com suas visitações de anjos. E se José e Maria dissessem, “Deus confirmou os sonhos e revelações trazendo satanistas para nos ofertar ouro!” os teólogos cessacionistas diriam: “Está confirmado! Isso tudo é do diabo! Tudo: seus sonhos, revelações e visitações de anjos.”

Deus não tem parceria com o diabo, mas quando Deus manda, até o diabo obedece. Quando Deus instrui, até os servos do diabo obedecem.

Só Deus sabe como é que os bruxos ricos obtiveram seu ouro, mas uma coisa é certa: bruxaria e honestidade não andam de mãos dadas! Em contraste, bruxaria e corrupção sempre são parceiros.
Uma coisa é você, como homem ou mulher de Deus, se envolver nos negócios dos bruxos e participar de suas riquezas moralmente ilícitas. Outra é eles voluntariamente darem seu ouro como oferta para você.

Dá então para se acusar José e Maria de envolvimento com bruxaria, ocultismo, astrologia e satanismo só porque eles receberam ouro de bruxos?

Se ninguém, durante dois mil anos, nunca julgou José e Maria por receberem uma grande oferta de ouro de astrólogos e bruxos, por que julgar Silas Malafaia por receber uma grande oferta de um homem envolvido em corrupção?

José e Maria eram pobres e não eram corruptos. Não se pode dizer a mesma coisa dos bruxos e astrólogos que lhes deram a grande oferta.

Malafaia cometeu grandes erros no passado: ele apoiou a eleição e reeleição de Lula, apesar de todas as evidências inconfundíveis de que Lula era abortista e homossexualista. Mas hoje Malafaia tem sido uma voz extremamente importante contra a agenda homossexualista, esquerdista e abortista no Brasil.

Ninguém no meio cristão brasileiro tem sido tão forte e claro, em programas de TV, rádio e até sessões do Congresso Nacional, na defesa da vida e da família quanto ele. Ele se tornou um ícone do contra-ataque pró-família. Toda a Esquerda brasileira o odeia. Não é correto, pois, julgá-lo nem condená-lo precipitadamente, movido por inveja ou ódio religioso.

Não é prudente também julgar um casal cristão pobre que, como José e Maria, precisa receber uma oferta de ouro de bruxos e astrólogos para escapar da perseguição de um abortista Herodes e fugir para um Egito.

Ninguém nunca deu ouro para o casal pobre José e Maria. Os satanistas foram os únicos que Deus usou para tal assistência.

Deus é que sabe se é certo ou errado aceitar uma oferta de bruxos, astrólogos, satanistas e corruptos.
Só Ele é Juiz.

José e Maria aceitaram uma oferta de corruptos, e Deus não os julgou por isso. Jesus e seus apóstolos nunca disseram que os pais de Jesus estavam envolvidos em satanismo e astrologia só por aceitarem ouro de corruptos.

A diferença entre os pais de Jesus e Malafaia é que José e Maria eram pobres, e Malafaia é rico.
Mas quem somos nós para julgá-lo por causa de uma oferta?

Versão em inglês deste artigo: Why Judge Silas Malafaia?

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