O esquema de corrupção revelado pelo acordo de leniência da Odebrecht e da Braskem, assinado nesta quarta-feira, continuará sendo alvo de investigação nos Estados Unidos. Investigadores americanos devem se concentrar no caminho feito, dentro do sistema financeiro daquele país, pela propina paga pelas duas empresas a autoridades de 12 países.
Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, outras pessoas podem ser responsabilizadas pela investigação, que está em andamento.
Embora os Estados Unidos não sejam uma das nações em que a Odebrecht assumiu ter
pagado propina, o país está processando a companhia porque seu sistema financeiro foi utilizado para operacionalizar os repasses irregulares, segundo Sung-Hee Suh, assistente do procurador-geral do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Embora os Estados Unidos não sejam uma das nações em que a Odebrecht assumiu ter
pagado propina, o país está processando a companhia porque seu sistema financeiro foi utilizado para operacionalizar os repasses irregulares, segundo Sung-Hee Suh, assistente do procurador-geral do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
A construtora está sendo acusada de conspiração contra o sistema financeiro e violação das leis anticorrupção. As investigações envolveram equipes em Washington, Nova York, Los Angeles, Boston e Miami.
ESCALA GIGANTE – Ao assumir sua culpa, a Odebrecht afirmou que, por mais de uma década, fez operações financeiras não contabilizadas com o propósito de pagar propina numa escala gigante. Eles tinham um departamento de propina, por assim dizer, que pagou sistematicamente milhões de dólares para corromper autoridades de países em três continentes.
“Esse acordo representa um marco na luta contra a corrupção global. Por mais de uma década, Odebrecht e Brasken operaram um sofisticado esquema que resultou em pagamento de propina a autoridades de vários níveis de vários países. Essa resolução demonstrou que não importa quão complicado e quão grande é o alcance dos esquemas, nós temos o compromisso de investigá-los.”
ESFORÇO INTERNACIONAL – Segundo Bridget, o caso não poderia ter sido resolvido sem um esforço internacional. As autoridades americanas agradeceram o apoio dos investigadores brasileiros e suíços neste caso.
OFFSHORES – “Empregados das duas companhias agiram dentro dos Estados Unidos. Por exemplo, algumas das offshores, utilizadas para dificultar o rastro do dinheiro, foram instaladas ou operadas por indivíduos que estavam nos Estados Unidos. Além disso, indivíduos que trabalhavam no Departamento de Propinas da Odebrecht tomaram atitudes para que o esquema acontecessem quando estavam nos Estados Unidos. Em 2014 e 2015, houve reuniões com seus cúmplices em Miami, por exemplo. Houve transferências de dinheiro dentro dos Estados Unidos etc” — disse Sung-Hee, durante uma entrevista coletiva para a imprensa internacional.
Sung-Hee classificou como “histórico” e “um modelo para acordos futuros” o acerto pelo qual Odebrecht e Braskem se comprometem a pagar uma multa de US$ 3,5 bilhões (R$ 11,6 bilhões, em valores atuais) aos governos de Brasil, Estados Unidos e Suíça. Segundo ela, até então, o maior acordo internacional anticorrupção tinha ficado em US$ 1,6 bilhão (R$ 5,3 bilhões).ESCALA GIGANTE – Ao assumir sua culpa, a Odebrecht afirmou que, por mais de uma década, fez operações financeiras não contabilizadas com o propósito de pagar propina numa escala gigante. Eles tinham um departamento de propina, por assim dizer, que pagou sistematicamente milhões de dólares para corromper autoridades de países em três continentes.
A Braskem admitiu que também usou essa estrutura de corrupção da Odebrecht. Esses pagamentos tinham o objetivo de incentivar autoridades a beneficiarem Odebrecht e Braskem a fazerem negócio em seus países em vez de privilegiar uma competição justa.
Também presente na coletiva de imprensa, a procuradora Bridget Rohde, do Distrito de Nova York, afirmou que espera que o acordo seja um marco na luta contra a corrupção.
“Esse acordo representa um marco na luta contra a corrupção global. Por mais de uma década, Odebrecht e Brasken operaram um sofisticado esquema que resultou em pagamento de propina a autoridades de vários níveis de vários países. Essa resolução demonstrou que não importa quão complicado e quão grande é o alcance dos esquemas, nós temos o compromisso de investigá-los.”
ESFORÇO INTERNACIONAL – Segundo Bridget, o caso não poderia ter sido resolvido sem um esforço internacional. As autoridades americanas agradeceram o apoio dos investigadores brasileiros e suíços neste caso.
“A colaboração das autoridades brasileiras foi muito importante para o sucesso dessa investigação. O Brasil tem feito um esforço impressionante. Nós esperamos que eles continuem sendo um parceiro importante dos Estados Unidos no combate à corrupção” — afirmou a representante do Departamento de Justiça.
Com Informações: Jornal Livre
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