Não me sinto animado em falar sobre isso... e demorei porque tive que dar uma olhada para responder.
Vivemos numa época que cada vez mais cristãos justificam de alguma forma o suicídio... cada vez mais cristãos tentam salvar o suicida.
Cada vez é mais raro teologia bíblica... agora a moda e teologia da “compaixão” – como o homem está cheio de distúrbios e todos eles recebem um nome e um diagnóstico... tudo é doença... fazer teologia baseado nas síndromes que a psicologia secular cria, é acabar fazendo a teologia de um mundo sem pecado...
Como eu disse, o suicídio não é heróico. Se matar não é uma estratégia de vingança.
É um ato monumental de egoísmo. Os amigos de Hannah ( no seriado ) processam sua morte e suas fitas exatamente como ela esperava que eles fizessem. A empatia que ela não sentia na vida, recebe na morte. Mas e daí?
Isso é um “conto de fadas.” Não passa disso. Mas não um dos bons. E é um conto de fadas que pode ter consequências letais para as pessoas que lutam para valorizar sua vida.
A morte não é uma amiga. Não é um veículo para sua auto-realização. Suicídio não te dará um assento na primeira fila para assistir como seus amigos e familiares finalmente começaram a te compreender e amar pela primeira vez. Mas isso é exatamente o que acontece para Hannah.
“13 Reasons Why” em seu enredo promove a ilusão ( conscientemente ou não ) de que o suicídio é a solução ( em algumas situações ) para alguma coisa, quando na verdade, ele não é a solução para nada – e de modo algum, sob nenhuma circunstância, justificável. E sempre é responsabilidade de quem o comete.
Obs: Sei que alguns dirão: “mas e os que tem problemas mentais...?” – Como eu disse, não acredito que nossa geração viva uma epidemia sem precedentes na história de problemas mentais e nem de distúrbios bioquímicos no cérebro gerando uma epidemia de depressão por causa disso.
Junto com isso, e por causa disso, a depressão é quase uma coisa “divinizada” e justificadora de quase tudo – além de ter virado uma epidemia que deve ser “viral” ( Toda insatisfação com a vida e frustração de um mundo consumista e com expectativas que o mundo não pode cumprir... se transforma em tristeza e desânimo por não se lidar com isso de forma certa – depois essa insatisfação ou tédio, ou decepção.... recebe o nome de depressão pela tristeza que inevitavelmente traz – quando na verdade, na grande maioria das vezes, nada tem a ver com distúrbios bioquímicos do cérebro, mas com a perda dos nossos ídolos - Aquelas coisas que colocamos no lugar de Deus para nos dar significado, autoestima, felicidade, realização, completude... e que por não serem Deus... inevitavelmente morrem e nos deixam desesperados).
O suicídio não é heróico. E se matar não é uma estratégia de vingança ou para consertar injustiças.
Hannah é claramente uma garota esperta. Sua inteligência rápida e habilidades de observação ultrapassam claramente a maioria de seus pares, especialmente os meninos. As gravações que deixa para trás são igualmente inteligentes e incisivas.
O suicídio não é heróico. E se matar não é uma estratégia de vingança ou para consertar injustiças.
Hannah é claramente uma garota esperta. Sua inteligência rápida e habilidades de observação ultrapassam claramente a maioria de seus pares, especialmente os meninos. As gravações que deixa para trás são igualmente inteligentes e incisivas.
Sem revelar muito do enredo, mas explicando brevemente, as fitas de Hannah servem como um instrumento crucial de sua vingança, uma vingança que expõe atividade criminosa em sua escola e culmina em um processo.
No final da série, Hannah, embora impulsionada, como vemos em flashbacks, ao desespero pela crueldade de seu mundo ( que é de todo fútil em todos na história - e que tristemente expressa nossa cultura e juventude), conseguiu algo muito parecido com uma vindicação. Suas fitas ganham; Seus valentões perdem.
Justiça poética? Sim. Mas a que custo? A vingança póstuma de Hannah faz com que sua decisão de se matar seja mais trágica, ou menos trágica?
Justiça poética? Sim. Mas a que custo? A vingança póstuma de Hannah faz com que sua decisão de se matar seja mais trágica, ou menos trágica?
Como eu disse, o suicídio não é heróico. Se matar não é uma estratégia de vingança.
É um ato monumental de egoísmo. Os amigos de Hannah ( no seriado ) processam sua morte e suas fitas exatamente como ela esperava que eles fizessem. A empatia que ela não sentia na vida, recebe na morte. Mas e daí?
Isso é um “conto de fadas.” Não passa disso. Mas não um dos bons. E é um conto de fadas que pode ter consequências letais para as pessoas que lutam para valorizar sua vida.
A morte não é uma amiga. Não é um veículo para sua auto-realização. Suicídio não te dará um assento na primeira fila para assistir como seus amigos e familiares finalmente começaram a te compreender e amar pela primeira vez. Mas isso é exatamente o que acontece para Hannah.
Os cineastas por trás de “13 Reasons Why”, por que sabem que a morte de Hannah é trágica e nada mais do que isso, não se regozijam nela.
Mas, infelizmente, ao dar a Hannah uma inteligência “divina” e um tipo efêmero de controle sobre os acontecimentos que se desenrolam após sua morte, esses criadores de “13 Reasons Why” contaram uma história profundamente errada e moralmente confusa.
É uma história que representa uma ameaça única para o público que pode estar considerando o caminho de Hannah, simplesmente para sentir o “amor” mostrado a ela.
Porque a vida é imensamente preciosa, mostrar seu valor é imensamente precário e necessário. O poder das histórias é a sua capacidade de moldar as nossas intuições, os nossos amores, as nossas expectativas de mundo.
Porque a vida é imensamente preciosa, mostrar seu valor é imensamente precário e necessário. O poder das histórias é a sua capacidade de moldar as nossas intuições, os nossos amores, as nossas expectativas de mundo.
Tentando ajudar os amigos desesperados a ver o valor de sua vida exige mais do que contar uma história de alguém como eles e que quer ser como eles. Requer peneirar através de mitos sedutores e ser honesto sobre a nossa morte inimiga.
Tenho medo de “13 Reasons Why” porque torna isso mais difícil, não mais fácil. É um programa de “televisão” (Netflix) estúpido. Sua mensagem é totalmente destrutiva.
“13 Reasons Why” não é, na verdade, simplesmente sobre um grupo de adolescentes egoístas em suas ações ou que se omitem e por isso levam uma menina frágil ao suicídio. Não! É sobre alguém que do túmulo deseja matar seus colegas – se é que eles podem ser chamados assim, “colegas” – matar física e emocionalmente.
“13 Reasons Why” não é, na verdade, simplesmente sobre um grupo de adolescentes egoístas em suas ações ou que se omitem e por isso levam uma menina frágil ao suicídio. Não! É sobre alguém que do túmulo deseja matar seus colegas – se é que eles podem ser chamados assim, “colegas” – matar física e emocionalmente.
É a história de uma vingança a um custo inacreditável – aqueles que ficam para trás depois do suicídio de Hannah – mesmo aqueles que são moralmente e totalmente reprováveis de todas as formas que imaginarmos, não são culpados pelo ato final dela de forma nenhuma. Ela é responsável por ele.
As razões fúteis de todos os adolescentes na série, que mostram uma sexualidade totalmente doentia e fútil, desprovida de qualquer alma, ou interesse com algo mais do que meras futilidades divinizadas em todos em nossa geração, nunca é questionada na série. E todas as frustrações que toda essa visão de vida superficial traz, quando pessoas não conseguem dela o que imaginavam obter, também não são questionadas.
Não há nenhuma verdade sendo vista ali. Apenas a ideia “pós-moderna” de minha verdade, tua verdade... tudo baseado na conveniência de uma geração que tem sua consciência entorpecida pela banalização do sexo, expressões e linguajar chulos...
“13 Reasons Why” é um lembrete a nós, como cristãos, que há um poder na “arte” – e nos aproximar apenas superficialmente sem achar que não há consequências sobre nossa maneira de ver a vida é um erro sério.
É um erro porque as histórias nos moldam além e acima do nível de palavras e cenas ruins. Se os evangélicos não tentam entender a cultura com uma cosmovisão bíblica, e em um nível mais profundo, nos permitiremos, mesmo sem querer, ser moldados por histórias sem mesmo pensar em seus propósitos, e essas histórias podem ser avaliadas ( no pensamento de muitos) de uma maneira “cristã”, mas ainda assim serem espiritualmente destrutivas.
Independentemente de onde você trace seus limites e linhas delimitadoras, o que ver e o que não ver na cultura, pergunte qual é a história que está sendo contada, por que ela está sendo contada, para quem está sendo contada, e como ela está sendo contada. Porque é o significado que nos molda mais profundamente do que as coisas ou partes ruins do que vimos e podemos resolver ignorar.
As razões fúteis de todos os adolescentes na série, que mostram uma sexualidade totalmente doentia e fútil, desprovida de qualquer alma, ou interesse com algo mais do que meras futilidades divinizadas em todos em nossa geração, nunca é questionada na série. E todas as frustrações que toda essa visão de vida superficial traz, quando pessoas não conseguem dela o que imaginavam obter, também não são questionadas.
Não há nenhuma verdade sendo vista ali. Apenas a ideia “pós-moderna” de minha verdade, tua verdade... tudo baseado na conveniência de uma geração que tem sua consciência entorpecida pela banalização do sexo, expressões e linguajar chulos...
“13 Reasons Why” é um lembrete a nós, como cristãos, que há um poder na “arte” – e nos aproximar apenas superficialmente sem achar que não há consequências sobre nossa maneira de ver a vida é um erro sério.
É um erro porque as histórias nos moldam além e acima do nível de palavras e cenas ruins. Se os evangélicos não tentam entender a cultura com uma cosmovisão bíblica, e em um nível mais profundo, nos permitiremos, mesmo sem querer, ser moldados por histórias sem mesmo pensar em seus propósitos, e essas histórias podem ser avaliadas ( no pensamento de muitos) de uma maneira “cristã”, mas ainda assim serem espiritualmente destrutivas.
Independentemente de onde você trace seus limites e linhas delimitadoras, o que ver e o que não ver na cultura, pergunte qual é a história que está sendo contada, por que ela está sendo contada, para quem está sendo contada, e como ela está sendo contada. Porque é o significado que nos molda mais profundamente do que as coisas ou partes ruins do que vimos e podemos resolver ignorar.
“13 Reasons Why” em seu enredo promove a ilusão ( conscientemente ou não ) de que o suicídio é a solução ( em algumas situações ) para alguma coisa, quando na verdade, ele não é a solução para nada – e de modo algum, sob nenhuma circunstância, justificável. E sempre é responsabilidade de quem o comete.
Obs: Sei que alguns dirão: “mas e os que tem problemas mentais...?” – Como eu disse, não acredito que nossa geração viva uma epidemia sem precedentes na história de problemas mentais e nem de distúrbios bioquímicos no cérebro gerando uma epidemia de depressão por causa disso.
Não peguemos exceções para criar regras – como virou o caso em nossos dias como mera justificação para o mal e uma geração que, tendo abandonado Deus... não tem como lidar com frustrações inevitáveis em um mundo caído.
E muitas vezes frustração pelas banalidades que nós mesmos criamos e demos status de deuses.
Phonte: Josemar Bessa
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