Os radicais islâmicos do Estado Islâmico definitivamente não estão mais restritos ao seu ‘califado’ no Iraque e na Síria. Três anos depois de seu ápice no poder, eles estão espalhados por diversas partes do mundo, dando continuidade à sua estratégia de terror e derramamento de sangue dos “infiéis” não islâmicos.
Agora, um grupo de seus simpatizantes conquistou grande parte de Marawi, uma cidade do sul das Filipinas, onde tentam se estabelecer. As forças armadas do país dizem que o grupo de jihadistas inclui muitos combatentes estrangeiros além de filipinos fortemente armados.
Os militares estão realizando ataques aéreos, tentando recuperar o controle de Marawi, localizado na ilha de Mindanao. Oficialmente, mais de 100 pessoas morreram e 70 mil fugiram desde que os terroristas tomaram controle do local nas últimas semanas.
Entre os mortos estão dezenas de cristãos que foram assassinados simplesmente por serem seguidores de Jesus Cristo. Noventa e três por cento da população das Filipinas é cristã.
O padre Teresito Suganob foi levado como refém pelos jihadistas e forçado a gravar um vídeo pedindo que os militares retirem suas forças de Marawi. Ele diz que está sendo mantido junto com outros 200 prisioneiros, incluindo crianças.
Segundo a imprensa, tropas realizaram “ataques de precisão” com tanques e foguetes visando destruir os esconderijos dos radicais, mas sem sucesso aparente. O governo anunciou que está tentando evitar vítimas civis, mas há escassez de informação sobre o que realmente acontece por lá.
Soldados filipinos tomaram o controle de cerca de 70% da cidade. O general Eduardo Ano, chefe das forças armadas explica que três malaios, um indonésio e um árabe foram mortos antes de executarem toda uma vila cristã, seguindo os procedimentos do EI na Síria.
Cenário de guerra
Mindanao há décadas abriga grupos islâmicos separatistas, sempre em conflito com os governos nacionais, de maioria católica. Nessa região vive a maior parte da comunidade muçulmana das Filipinas.
O conflito atual, que transformou a ilha em um cenário de guerra, iniciou dia 23 de maio, quando tropas do governo entraram em Marawi, para capturar Isnilon Hapilon, líder do braço do Estado Islâmico nas Filipinas.
Ele é um dos terroristas mais procurados do mundo, tendo comandado no passado o grupo extremista Abu Sayyaf, ligado à Al-Qaeda. O pequeno exército comandado por ele, chamado Maute, reagiu, fazendo uma investida violenta na cidade de 200 mil habitantes.
Invadiram o principal hospital, uma escola e uma catedral. Tomaram a prisão local e libertaram os detentos, alguns deles filiados a grupos extremistas da região.
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