Walker estava se dirigindo a um evento beneficente de carona com um amigo, quando o carro em que estavam, um Porsche Carrera GT, bateu num poste e rapidamente se incendiou. Nenhum dos dois sobreviveu.
O ator ficou conhecido por interpretar Brian O’Conner na série de filmes Velozes e Furiosos, e atualmente trabalhava nas filmagens do sétimo filme da franquia, que tinha previsão de lançamento para 2015. A Universal Studios, responsável pela produção, divulgou nota de pesar pelo falecimento do ator e não informou o que será feito em relação às filmagens que ele já havia participado.
Cristão, Walker cresceu frequentando a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e se formou na Vila Christian School em Sun Valley, Califórnia. Com o sucesso no cinema, criou a Reach Out WorldWide Founder, uma entidade assistencial focada em ajudar pessoas carentes ao redor do mundo.
O evento do qual Walker participava no sábado era voltado à arrecadação de fundos para ajudar as vítimas do tufão Haiyan, nas Filipinas. “Quando você coloca a boa vontade lá fora, é incrível o que pode ser realizado”, costumava dizer o ator sobre a caridade. A frase foi republicada por sua assessoria de imprensa no comunicado oficial sobre sua morte em sua página no Facebook.
Influências cristãs
Além dos trabalhos em projetos sociais de sua fundação, Walker expressava sua fé e princípios cristãos em coisas cotidianas, um pouco menos destacadas pela mídia, como por exemplo, a admiração pela natureza e a forma como exercia a paternidade.
“Eu sou um cristão agora. As pessoas que não entendem são ateus. Eu surfo e pratico snowboard e eu estou sempre próximo à natureza. Olho para tudo e penso: ‘Quem não podia acreditar que existe um Deus? É tudo isso um erro?’ Isso só me deixa louco”, comentou o ator numa entrevista tempos atrás.
A fé expressada pelo ator claramente influenciava na forma como criava sua filha, Meadow Chuva Walker, 16 anos. “É tão engraçado, minha filha agora vive comigo em tempo integral e meu plano original era trabalhar até os 40 anos, em seguida, reavaliar minha vida, e até mesmo ir em uma direção completamente diferente com as coisas”, afirmou o ator em agosto deste ano, numa entrevista à revista GQ. “Eu pensei que a esta altura da minha vida, eu teria que estar em casa com, mas ela quer que eu continue atuando para que ela possa viajar ao redor do mundo comigo”, afirmou.
A proposta da filha, de aproveitar a profissão do pai para passar mais tempo junto com ele, era algo visto pelo ator como diferente, mas proveitoso: “Eu fui para um colégio cristão e nasci de novo. Fui criado em uma família tradicional mórmon onde essas ideias sobre a paternidade são de estrutura e sacrifício. Pensar fora dessa ideia de família e paternidade que eu cresci com é difícil, mas também muito libertador”.
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