“Nãos se pode consertar o que já nasceu como aberração”, desabafou Magno Malta |
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) adiou pela
terceira vez mais a votação do projeto de lei que garante privilégios aos
homossexuais e coloca uma “mordaça” na sociedade, o famigerado PLC 122.
Dessa
vez o adiamento foi devido a apresentação de pedido de vista coletiva.
A votação foi acompanhada por ativistas e
entidades de defesa dos direitos dos homossexuais e de representantes de
igrejas, que lotaram a sala da comissão.
Para o senador Magno Malta, o substitutivo
apresentado pelo relator Paulo Paim, apesar de haver se afastado de vários
excessos contidos no texto aprovado na Câmara dos Deputados, continua a fazer
largo uso de terminologia imprecisa e ambígua, a saber: gênero, identidade de
gênero e orientação sexual, o que comporta graves riscos.
“As referidas expressões envolvem a adoção
implícita e privilégio de determinada ideologia que tende a abolir qualquer
ética em matéria sexual, inclusive em detrimento da família, base da sociedade e
que tem especial proteção do Estado”, explicou Magno Malta.
Em declaração a imprensa nacional o senador
afirmou que o relatório sobre o PLC 122 discrimina os heterossexuais.
O substitutivo inclui o combate a todo tipo de
preconceito, para evitar críticas de que a futura lei só buscaria acabar com a
discriminação contra a orientação sexual. Conforme o texto, poderá ser preso
aquele que praticar crime de racismo, de discriminação contra idoso, contra
deficiente, contra índios e em função da orientação sexual.
Para atender a demandas dos grupos religiosos e
viabilizar a votação, o senador Paulo Paim promoveu ao todo seis alterações. Ele
modificou, por exemplo, o artigo que torna crime “impedir ou restringir a
manifestação de afetividade de qualquer pessoa em local público ou privado
aberto ao público”, incluindo ressalva para que seja “resguardado o respeito
devido aos espaços e eventos religiosos”. Na versão anterior, a ressalva dizia
respeito apenas aos templos e demais sedes de entidades religiosas.
O relator observou ainda que o texto é resultado
de intensas negociações com todos os setores da sociedade e com o governo. Paim
reiterou que o texto “não entra na polêmica” da definição de homofobia. “Este
passo foi um avanço, homofobia é algo violento e que trucida as vítimas.
Espantoso como esse termo foi mal explorado, mas finalmente já foi sepultado”,
comemorou Malta.
Após diversas discussões, Paim também retirou do
relatório mudanças no artigo 140 do Código Penal, sobre crimes de injúria. O
texto anterior previa detenção, de um a seis meses, ou multa para injúria em
razão de sexo, orientação sexual, identidade de gênero”.
“Pediu-se que o projeto não fosse remetido ao
Código Penal Brasileiro e seguisse na linha de combate ao ódio, à intolerância e
ao preconceito contra todas as pessoas, em respeito aos princípios da dignidade
da pessoa humana e da indivisibilidade dos direitos humanos”, explicou Paim,
mesmo contra dezenas de pedidos para que a pauta fosse debatida no âmbito do
Código Penal.
Sobre o segundo adiamento
O relator da matéria Paulo Paim, informou que foi
procurado por outros parlamentares para adiar mais uma vez a votação e explicou
que não era ele que estava recuando da deliberação do projeto. O senador
aproveitou a oportunidade e fez um desabafo.
“Não teve um líder que defendeu que a matéria
fosse votada, nem do PT. Isso tem que ficar muito claro. Tem gente que faz um
discurso para fora e outro para dentro. Quer ficar bem para foto e, na verdade,
não defende posições”, afirmou o senador.
- Saiba mais
sobre o projeto: Vídeo: Pr. Silas Malafaia comenta sobre o
PLC 122
Código Penal
O senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) apresentou
requerimento para que o PLC 122/2006 seja apensado ao Projeto de Lei do Senado
(PLS) 236/2012 de reforma do Código Penal. A proposta está sendo analisada no
Senado por uma comissão especial. Lopes e o senador Magno Malta (PR-ES)
argumentaram não ser possível manter o projeto que pune a homofobia na pauta da
CDH porque querem a análise desse requerimento antes.
“O processado [o requerimento] tem que ir à Mesa
[do Senado] independente de estar na pauta [da CDH]“, argumentou Lopes.
Em resposta, Ana Rita disse que está seguindo o
regimento e que a matéria será mantida na pauta da CDH. Sob protestos, Lopes e
Magno Malta, que integram a bancada evangélica, afirmaram que vão recorrer da
decisão.
Campanha
continua:
Mais uma vez
afirmamos que homossexualismo é comportamento e não condição. Não existe um dado
na ciência que comprove que alguém nasce homossexual. É importantíssimo
enviarmos e-mails para os membros da CDH do senado pedindo a não aprovação do
PLC 122. É importante dizer no seu e-mail que nós evangélicos, católicos, e
pessoas de bem, não mediremos esforços para denunciar os senadores que votarem a
favor de um absurdo dessa grandeza. Multiplique esta informação e vamos
bombardear os e-mails dos senadores.
Copie e cole os endereços dos senadores: ana.rita@senadora.leg.br ; capi@senador.leg.br ; paulopaim@senador.leg.br ; randolfe.rodrigues@senador.leg.br ; cristovam@senador.leg.br ; wellington.dias@senador.leg.br ; roberto.requiao@senador.leg.br ; paulodavim@senador.leg.br ; vanessa.grazziotin@senadora.leg.br ; sergiopetecao@senador.leg.br ; lidice.mata@senadora.leg.br ; sergiosouza@senado.leg.br ; magnomalta@senador.leg.br ; gim.argello@senador.leg.br ; eduardo.lopes@senador.leg.br ; angela.portela@senadora.leg.br ; eduardo.suplicy@senador.leg.br ; humberto.costa@senador.leg.br ; anibal.diniz@senador.leg.br ; joaodurval@senador.leg.br ; antoniocarlosvaladares@senador.leg.br ; sergiosouza@senado.leg.br ; ricardoferraco@senador.leg.br ; wilder.morais@senador.leg.br ; j.v.claudino@senador.leg.br ; osvaldo.sobrinho@senador.leg.br ;
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