Trata-se de uma das controvérsias mais revisitadas do século passado, é verdade, mas sempre se pode jogar nova luz, ao que parece. Segundo o duo investigativo, ao se envolver com o então presidente John F. Kennedy e seu irmão, o Ministro da Justiça dos EUA Robert F. Kennedy, Marilyn teria entrado em uma espiral descendente de intrigas e ameaças que culminou em sua morte, arquitetada pelo próprio “Bobby” Kennedy e levada a cabo por seu psiquiatra.
Conforme defendem os autores, Robert Kennedy havia arquitetado todo o ocorrido, incluindo a injeção fatal administrada pelo Dr. Greenson. De acordo com paramédicos que atenderam Marilyn, o cenário encontrado no local absolutamente não parecia indicar um caso de suicídio.
O temido “diário de capa vermelha”
De acordo com Buskin e Margolis, Robert F. Kennedy envolveu-se sexualmente com Marilyn Monroe durante o verão de 1962. A pedido do irmão, Bobby havia sido enviado à casa da atriz em Brentwood para pedir que ela parasse de ligar para a Casa Branca atrás do presidente — certamente seu envolvimento romântico mais conhecido (a mal escondido).A mensagem era bastante clara: o presidente não se divorciaria de Jackie para se casar com ela. Entretanto, conforme deixa claro a história, o mensageiro acabou sucumbindo aos encantos da beldade. “Bobby não teve a intenção [de se envolver com Marilyn Monroe]”, revelou o cunhado de Robert Kennedy, Peter Lawford. “Naquela tarde, eles acabaram por se tornar amantes, passando a noite juntos no quarto de hóspedes.”
Sobre o triângulo amoroso, Lawford ainda afirmou que os Kennedy “passavam Marilyn de um lado para o outro como uma bola de futebol americano”. Entretanto, quando também Bobby resolveu abandoná-la, a atriz teria ameaçado conduzir uma coletiva de imprensa contando todos os “podres” da família Kennedy — os quais mantinha muito bem registrados em um pequeno diário de capa vermelha.
Bobby Kennedy não estava sozinho
Mas Buskin e Margolis reforçam: Robert “Bobby” F. Kennedy, embora tenha orquestrado o plano, certamente não o executou sozinho. De acordo com os autores, houve pelo menos dois conspiradores: o cunhado de Bobby, Peter Lawford e, naturalmente, o Dr. Greenson — em última instância, o responsável pela dose maciça de pentobarbital injetado no coração de Marilyn.“Não se parecia com um caso de suicídio”
Mas, além dos três, havia pelo menos mais duas testemunhas: os dois paramédicos chamados ao socorro. Um deles, James C. Hall, teria estranhado a coisa toda desde o início. Embora a hipótese de suicídio por overdose houvesse sido levantada pela camareira da atriz, o cenário em torno não parecia corroborar a ideia.“Ela estava despida”, lembra-se o socorrista. “Não havia lençóis ou cobertores. Não havia um copo de água. Não havia álcool. Nós percebemos que a sua respiração estava muito fraca, o pulso acelerado e igualmente fraco, e ela estava inconsciente”, observou o paramédico.
Um médico estranhamente inapto
Conforme disse Hall aos autores do livro, quando se preparava para utilizar os equipamentos de reanimação, ele foi interrompido por Greenson, que se apresentou como médico da atriz, demandando a utilização de pressão positiva. “Eu pensei, ‘Jesus Cristo, o que há de errado com você? Eu tenho aqui uma máquina que estava fazendo o necessário, por que removê-la?”, ele lembra. “O tempo estava correndo, e eu queria salvá-la.”Após exigir que a máquina não fosse utilizada, o psiquiatra iniciou outra massagem cardíaca, embora “pressionando de forma errada” o abdômen de Marilyn. “Eu conheço alguns médicos que não estão muito acostumados com métodos emergenciais, mas aquele sujeito era um absurdo”, diz ele, afirmando que Greenson procedia como um amador. “Eu disse, ‘Caramba, vamos andar, você pode continuar com isso na ambulância.”
“Em vez de retirar e tentar novamente, ele simplesmente continuou, franzindo o cenho com o esforço”. Hall afirma ter ouvido, então, o som da costela se quebrando. “Eu sei que o osso se partiu. Eu já assisti a muitos procedimentos médicos, e aquele cara era realmente brutal”, ele conclui.
O romance com o Dr. Ralph Greenson
Conforme contam os autores de “Caso Encerrado”, o Dr. Ralph Greenson era outro dos vários amantes da atriz — fato que teria sido usado para persuadir o médico a tomar parte no plano.A busca pelo diário
Entretanto, a coisa toda teria iniciado com uma busca pelo temido diário de capa vermelha, o qual traria segredos que poderiam arruinar a carreira política dos Kennedy. Segundo Peter Lawford, na tarde em que a atriz foi encontrada inconsciente, Robert “Bobby” F. Kennedy, Greenson e ele haviam se dirigido à sua residência em Brentwood para convencê-la a entregar o diário. “Ele [Robert] gritou com ela”, dizem os autores. “Marilyn não estava disposta a ceder”.Lawford revelou ainda que, após uma calorosa discussão, Marilyn se tornou “histérica” e tomou uma pequena faca e partido para cima do político. Lawford, entretanto, conseguiu derrubar a faca da mão da atriz. Posteriormente, um dos guarda-costas de Kennedy acabou por injetar a primeira dose intramuscular de pentobarbital — o que acabou ganhando ainda o “reforço” de uma dose maciça injetava via enema.
Uma história sem ponto final
Lawford admite ainda que, enquanto Marilyn estava desacordada, o grupo passou a procurar apressadamente pelo diário. O resto, como se diz, é história e suposição.Entretanto, conforme lembram os autores do livro, o corpo de Marilyn, já no necrotério, havia mostrado manchas que denunciavam as injeções administradas pelos guarda-costas — o que afastaria consideravelmente a hipótese de um suicídio adotada e defendida pela polícia de Los Angeles.
Fonte: Boa Informaçaõ
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