Um vídeo divulgado na internet e identificado como sendo do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) mostra o que seriam assassinatos cometidos por um atirador de elite, um sniper, no leste da Síria. "Será esta a resposta do EI ao filme 'Sniper Americanor'?", questionou no Twitter a diretora do Site Intel Group, Rita Katz, organização que monitora a atividade jihadista na rede. Ela se refere ao recém-lançado filme hollywoodiano dirigido por Clint Eastwood.
O vídeo é bastante elaborado, como são as "produções" anteriores do Estados Islâmico. Trata-se de uma coleção de sequências em que as vítimas são mostradas à distância em imagens granuladas, possivelmente pelo uso de zoom. Ouvem-se disparos e gritos de "Alá é grande", quando o alvo é atingido. Efeitos de miras telescópicas foram adicionados na edição, que conta também com trilha e efeitos sonoros.
O Estado Islâmico é um grupo radical que surgiu a partir do braço iraquiano da Al-Qaeda no Iraque, dirigido por Abu Bakr al-Bagdadi. Em abril de 2013, o líder anunciou que o grupo se fundiria à Frente Al-Nosra, outro grupo jihadista presente na Siria. O EI nunca jurou lealdade ao chefe da Al-Qaeda, mas o grupo defende o mesmo tipo de ideologia jihadista. O grupo conseguiu recrutar milhares de combatentes e tomou o controle de importantes territórios da Síria e do Iraque.
Em junho do ano passado, o EI proclamou um califado nas áreas invadidas, e pediu a todos os muçulmanos que jurassem fidelidade ao seu líder, al-Bagdadi, eleito califa – que significa, literalmente, o sucessor do profeta como chefe da nação e líder da comunidade muçulmana.
Desde agosto do ano passado, o grupo divulga vídeos em que seus combatentes decapitam reféns ocidentais. Recentemente, publicou um video em que mostra a execução de 21 cristãos coptas egípcios sequestrados na Líbia.
O avanço do grupo provocou a reação de países ocidentais, que formaram uma coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, e bombardeiam alvos do grupo jihadista. O recrutamento de combatentes fora de sua zona de combate também preocupa a Europa e os Estados Unidos.
Atualmente, a Grã-Bretanha está em alerta após a fuga de três jovens que teriam ido à Síria. Em janeiro, um dos terroristas que realizou ataques em Paris, Amedy Coulibaly, disse pertencer ao EI. Coulibaly matou um policial em 8 de janeiro e quatro pessoas em um supermercado judeu no dia 9.
Atualmente, a Grã-Bretanha está em alerta após a fuga de três jovens que teriam ido à Síria. Em janeiro, um dos terroristas que realizou ataques em Paris, Amedy Coulibaly, disse pertencer ao EI. Coulibaly matou um policial em 8 de janeiro e quatro pessoas em um supermercado judeu no dia 9.
Assista:
http://g1.globo.com/mundo/index.html
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