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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Estado Islâmico, tem carroço nesse angu: Carrasco britânico do EI é formado em computação e estava em lista de vigilância


Jihadi John e James Foley, o jornalista americano aparentemente morto pelo EI - Reuters


‘Jihadi John’, responsável por mortes de jornalistas e agentes, se chama Mohammed Emwazi e é de Londres


BEIRUTE - O militante britânico do Estado Islâmico conhecido como “Jihadi John” teve sua identidade revelada. O londrino Mohammed Emwazi, que tem em volta de 27 anos, foi responsável pelas mortes filmadas de vários reféns do grupo, como o jornalista americano James Foley e o agente humanitário inglês David Haines. Ele era vigiado por autoridades desde 2010 por conta de indícios de aproximação com o extremismo.

De acordo com pessoas próximas procuradas pelo “Washington Post”, ele nasceu no Kuwait, tem família de boa condição financeira, é formado em ciências de computação na Universidade de Westminster e está na Síria desde 2012, após ser deportado da Tanzânia em 2010 quando supostamente faria um safári no país africano.

A primeira aparição de Emwazi em um vídeo foi quando ele aparentemente decapitou o jornalista americano James Foley, sequestrado dois anos antes. Outras supostas vítimas de Jihadi John — cujo apelido teria sido dado por reféns que percebiam seu sotaque britânico — seriam o também jornalista americano Steven Sotloff, os agentes humanitários David Haines e Abdul-Rahman (Peter) Kassig e o taxista britânico Alan Henning.

Desconfia-se que Emwazi tenha sido responsável ainda pelas mortes dos reféns japoneses Haruna Yakawa e Kenji Goto. No entanto, como as mensagens que anunciam a morte de ambos não possuem vídeos, não é possível confirmar.

A autenticidade dos vídeos em que Emwazi nunca foi comprovada, apesar de autoridades de segurança terem assumido que o carrasco é realmente é a mesma pessoa. Ele só aparece coberto nos vídeos da execuções.

Emwazi foi deportado pela Tanzânia em 2010, quando foi o país supostamente para fazer um safári. Ele chegou a ser interrogado pelas autoridades britânicas e fazia parte de uma lista de vigilância de contraterrorismo, segundo o "The Independent" e a BBC. Ele também era vigiado pelo MI-5 desde 2011 por ser ligado a uma rede de 13 pessoas de Londres que iriam à Síria.

De acordo com parentes e amigos ouvidos pelo “Washington Post”, a voz do terrorista nas mensagens sem dúvida é a de Emwazi.

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