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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A Moral Revolucionária: Por que não adianta discutir com esquerdistas?


Dificilmente entro em discussões com a esquerda, e quando o faço, meu único objetivo é colocá-la em "xeque", contra o muro, para desmascará-la. Aconselho a todos que façam o mesmo; não se refuta imagens e rótulos, e a esquerda só trabalha dessa forma, jamais com ideias.

Se chamam-no fascista, não explique o que é o fascismo; mostre como as práticas de seu adversário são totalitárias, semelhantes às que está te acusando. A menos que o outro lado esteja comprometido com a verdade e o debate seja sadio, furte-se do dever de elucubrar
honestamente acerca de temas mais complexos.

O "agressor" sempre prevalece.

A moral deles, saiba, é diferente da nossa. A moral revolucionária é a moral dos psicopatas, em que toda sorte de crime é justificada pelo ideal, pela revolução e a promessa de um mundo mais justo. Nahuel Moreno, guerrilheiro trotskista argentino, escreveu em 1969 o "Documento de Moral", onde fica claro:

"nossa moral não ignora, e não poderia ignorar porque é uma parte importante da realidade, as necessidades biológicas ou culturais, ou do desenvolvimento individual, nem a liberdade e o prazer, mas exige que estejam subordinados e sejam assimiladas em função de nossas normas morais, que têm seu objetivo central: a revolução e o partido".

Isto é, tudo está subordinado à revolução e ao partido. Nada é mais importante. É a primazia da relação com os companheiros de luta e os camaradas de partido em detrimento de quaisquer preceitos morais tradicionais (ou "burgueses").

O modus operandi é semelhante ao de facções criminosas e, não importa o que você diga, sempre irão defender seus comparsas. Dentro dessa perspectiva, atentar contra a revolução e trair o partido são os mais funestos crimes que poderiam ser cometidos por alguém.

Quem debate quer convencer. Para tanto, basta que o oponente submeta sua vontade à razão, acompanhando uma série de argumentos, e aceite as conclusões que não possa refutar logicamente.

Qualquer argumento demanda, do ouvinte, certa confiança inicial -- que diminui a medida que se aproxima do discurso analítico, é verdade --, portanto, aceitar o debate com militantes coléricos é demonstrar essa aceitação inicial a seus chavões, o que já está errado. Quem quer que aceite esse tipo de discussão tem de compreender que está indo para o campo de batalha, não de pesquisa. Política é guerra por outros meios, já dizia David Horowitz.

É comum também socialistas utilizarem a moral burguesa contra ela própria. Defender a liberdade da mulher quando se fala em aborto, por exemplo, é uma forma de criar essa confusão. Mas se não ligam para a vida, tampouco podem se importar com a liberdade. Nesse caso, os valores entram em conflito. Explico:

A moral (ou valores tradicionais) é fruto da razão prática, que compara sujeito (ou objeto) e circunstância, criando, por sua vez, o imperativo categórico: "faça isso!", "não faça aquilo!". Sendo assim, ou se aceita todos esses valores ou nega-se todos. 

Não há meio termo. Existem, também, valores que estão acima dos demais: para que haja liberdade, como no caso supracitado, é necessário haver vida.

Agora, por que, para a esquerda, alguns valores são legítimos e outros não, sendo que possuem a mesma origem? 

Primeiro, por motivos propagandísticos. Eles não acreditam naquilo; falam para não passar notas de radicalismo; sempre têm de justificar algo terrível com a defesa de algum valor burguês. 

Segundo, porque também submetem os valores burgueses à causa, de modo que somente aqueles que não entram em conflito com a revolução, pois, podem ser levados adiante.

Segundo Andrew Lobaczewski, autor de "Ponerologia: Psicopatas no Poder", a observação do processo de ponerização -- isto é, a formação da maldade -- de várias uniões humanas leva à conclusão de que o passo inicial é dado a partir de uma distorção moral do conteúdo de ideias do grupo.

E qualquer convicção que atinja um sujeito, como uma simplificação unilateral de uma realidade eterna, tende a relaxar os controles éticos e intelectuais, sendo consequência de uma influência direta ou indireta dos fatores onipresentes decorrentes da existência de pessoas desviadas em qualquer grupo social, juntamente com algumas fraquezas não patológicas. Isso explica por que ideias totalitárias como comunismo, socialismo, fascismo e nazismo atraem tantos adeptos.

A resposta fácil e unilateral sobre uma verdade universal mexe, efetivamente, com o sujeito. "Mesmo uma gangue de arruaceiros de curta duração tem sua própria ideologia melodramática e romantismo patológico", diz Lobaczewski. 

É possível ver este fenômeno até mesmo em "Laranja Mecânica", de Anthony Burgess: Alex DeLarge e seus droogies vêm suas ações -- agressões gratuitas, estupros e assassinatos -- com um lirismo categórico ao som da 9° sinfonia de Beethoven e a marcha fúnebre de rainha Mary.

Não há maneira de discutir com psicopatas. Eles têm uma fixação patológica por determinadas ideias, por mais demoníacas que sejam, e se abstêm da verdade, que para eles é somente um valor burguês. Legal mesmo é a mentira e o valor "Burgess".

Se para Marx "a religião é o ópio do povo", a ideologia -- ironicamente no sentido marxista -- é o Moloko Velocet que a esquerda sorve antes de justificar suas atrocidades.

Phonte: Reaça

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