O Brasil em uma imagem

A Globonews não é conhecida pela sua imparcialidade ou por sua relevância. É só uma emissora que emprega recursos sofisticados para tornar suas mentiras mais verossímeis. Ainda assim cumpre dizer que por maiores que sejam os esforços de quem trabalha pelo triunfo da mentira, ela sempre está ali à vista de todos, tão incomoda quanto um porco na sala de visitas.

Não é possível ignorar os estragos que o animal pode fazer na mobília, quanta sujeira ele pode fazer no piso, quanto prejuízo sua presença desagradável pode trazer ao recinto. Ainda que as pessoas da casa encarem com naturalidade ou condescendência, o fato é que há um
animal cuja simples presença coloca em xeque tudo o que a humanidade entende como representação de civilidade, como a limpeza e organização.

 O mesmo pode ser dito com relação ao governo petista. Por mais que os formadores de opinião queiram transmitir ao povo uma imagem de naturalidade, de “normalidade democrática”, de que o maior dos nossos males é a existência de Eduardo Cunha e ao radicalismo da Direita, o porco está na sala fazendo sujeira.

Isso fica subentendido na imagem em que são sobrepostas as cenas da posse do ministro Nelson Barbosa na Fazenda e do incêndio do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo. Fingir que nada está acontecendo não muda o fato de que o país vive uma tragédia de grandes proporções.

A turma endinheirada da Globo, da Folha, do Itaú, do Bradesco e de outras tantas organizações acreditam piamente que eles não podem ser atingidos por terem sido contemplados com a chance de obter despojos. Tentam de todas as formas ludibriar o povo brasileiro, minimizando os descalabros do governo Dilma Rousseff e sua responsabilidade nos casos de corrupção e atentado a democracia. Mas é tudo inútil.

As coisas já estão bem claras. A Globonews que luta pelo desarmamento, que apoia a agenda progressista e que sempre vê algo de positivo nas ações do governo Dilma, não conseguiu fazer nenhum malabarismo retorico desta vez: as imagens falam por si.

 O jornalista e escritor Nelson Rodrigues falava do senhor Sobrenatural de Almeida, que costumava frequentar alguns jogos de futebol. Seria ele o responsável por lances inexplicáveis no futebol, fazendo tombar favoritos e beneficiando os improváveis. Sim, e o Sobrenatural que impede que o futebol se transforme em algo previsível onde só os grandes vencem, onde só os craques brilham.

Aparentemente ele resolveu se interessar em política. Se tudo correr bem, o time que comprou o juiz, que subornou jornalistas para tecerem críticas favoráveis e que manda na imprensa não será beneficiado no final do jogo. Foi por obra do senhor Sobrenatural de Almeida, que o Brasil foi definido em uma imagem.

É de se supor que os dirigentes das poderosas Organizações Globo não estão nem um pouco satisfeitos com a suposição que essas imagens podem gerar.

Fonte: Reaça