Retardado! |
Afundado em uma grande crise econômica e tendo sofrido derrotas importantes nas últimas eleições, o governo Maduro fez um apelo espiritual.
Apelou aos seguidores de todas as crenças, incluindo pastores, dizendo que acredita na diversidade religiosa e respeita todas as crenças. Em seguida, disparou: Alá, Jesus Cristo e Iemanjá são “um único Deus”.
“Eu acredito em todos vocês porque por trás da Venezuela há um poder, o poder do nosso Deus, o criador… uns vãos orar a Alá, outros a Jesus Cristo, ou ainda tocar tambor para Iemanjá”, disse ele, recebendo aplausos do público.
Na Venezuela, assim como no Brasil, as religiões africanas são praticadas por parte da população, que adora e serve aos “orixás”.
Não é a primeira vez que Maduro tenta se utilizar de um discurso religioso para, de alguma forma, atingir uma parcela maior da população. Em 2015 afirmou ter recebido uma “visita” de Jesus Cristo, em uma experiência mística.
Em 2013, o presidente da Venezuela insistiu durante meses que Chávez foi “um tipo de novo Jesus”. Para ele, seu antecessor também teve, como missão na Terra, “proteger aqueles não possuíam nada”. “Cristo fez-se carne, fez-se nervo, fez-se verdade em Chávez”, asseverou Maduro.
No ano seguinte, um encontro nacional do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) ensinou aos membros a fazer uma oração que modificava o “pai nosso”. Ela começa dizendo “Chávez nosso que estás no céu, na terra, no mar e em nós, os delegados” e termina dizendo “não nos deixes cair na tentação do capitalismo, mas livrai-nos da maldade da oligarquia. Porque nossa é a pátria, pelos séculos e séculos. Amém e viva Chávez”.
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