Pastor abusou da própria filha durante três anos. Religioso alega que agia em ‘nome de Deus’
(Imagem: Bruno Barros)
Ele era pastor em duas igrejas e visto como um bom homem por seus fiéis. Mas dentro de casa era temido por uma das filhas, uma estudante de 17 anos.
A menina procurou a polícia para denunciar que há três anos era abusada sexualmente pelo próprio pai, 37 , que também atuava como taxista. O líder religioso foi preso durante um culto e confessou o crime.
O autor do crime não será identificado e a congregação da igreja não será revelada para preservar a identidade da vítima, menor de idade. As informações são do ESHoje.
O delegado Lorenzo Pazolini, responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), garante que o pastor realizava abusos sexuais no quarto da filha. “Nos primeiros dois anos ele permanecia com atos libidinosos, depois cometeu a conjunção carnal. A madrasta explicou que nunca tinha visto nada e nem desconfiava do marido”, comenta.
A polícia destaca que o homem cometia o abuso nos mesmos horários, diariamente, com agressão física e verbal. “O abuso sexual tornou-se rotineiro, quase diário. Às vezes diante do choro da filha ele parava e pedia perdão”, relata.
O agressor também é pai de uma criança de quatro, e um menino de 13 anos.
“Virgindade”
O pastor alega que mantinha tais atos para comprovar a virgindade da adolescente, já que suspeitava de um encontro com um rapaz. “Inicialmente era para atestar a virgindade, porque ela só poderia se casar na minha igreja se fosse virgem. Eu sei que fui errado, eu coloquei a mão nela, eu coloquei o dedo nela, mas sempre fui um bom pai”, prepondera o religioso.
A adolescente, exausta dos abusos, foi morar com uma amiga, a qual a ajudou a realizar a denúncia no dia 11 de janeiro deste ano. Na ocasião, o pai da vítima estava viajando para o Pará, local em que abriria outra igreja.
A equipe de policiais encontrou na residência do pastor, no município canela-verde, móveis em caixas. De acordo com o delegado Lorenzo Pazolini, essa pode ser uma suspeita de que ele poderia estar planejando uma fuga, já que desconfiava que seria denunciado pela filha.
Pazolini frisa que, antes, a menina morava com a avó paterna, no Pará, e mais tarde veio morar com o pai, com o qual viveu por oito anos. A mãe mora no Maranhão, mas não mantém contato. O pastor aguarda julgamento, em reclusão no Centro de Triagem de Viana (CTV), e, se condenado, pode continuar por lá por até mais 15 anos.
Informações de Gazeta Online e ESHoje
Pragmatismo Político
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