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domingo, 17 de julho de 2016

Crianças são proibidas de frequentar a igreja na ditadura comunista Chinesa


Governo comunista retoma prática histórica de repressão

Crianças são proibidas de frequentar a igreja na China


O Partido Comunista da China vem demonstrando que está disposto a impedir o avanço do cristianismo, que continua tendo um crescimento significativo. A denúncia da Missão China Aid, reportada pelo Christian Today, é que qualquer pessoa que levar uma criança para a igreja poderá ser processada.

Os membros das Igrejas na província central de Guizhou foram ameaçados por funcionários do governo que seus filhos não podem mais assistir aos cultos. Caso desobedeçam, no futuro não seriam autorizados a frequentar a faculdade ou a academia militar.

Nas últimas semanas, os cristãos foram impedidos de participar dos cultos de domingo. O pastor Mou, que lidera uma Igreja independente na cidade de Huaqiu, explica que as novas regras foram enviadas a todas as escolas. “Eles pretendem nos ‘purificar’ e querem que nos mudemos para a Igreja das Três Autonomias [controlada pelo governo]”, explicou.

A legislação chinesa proíbe que crianças menores de 18 anos recebam qualquer tipo de educação religiosa, uma prática histórica nos regimes comunistas. Com as mudanças na economia e na sociedade chinesa nas últimas décadas, o controle havia abrandado. Contudo, desde que Xi Jimping assumiu o poder, a perseguição religiosa ficou sete vezes maior.

Acirra-se a perseguição

Segundo relatórios da missão China Aid, desde 2008 é possível ver um aumento constante nos casos de prisões de líderes, fechamento e demolições de templos. De fato, as comunidades religiosas na China vivem o mais intenso ano de perseguição desde a Revolução Cultural (1966-1976), quando o país passou a adotar o sistema comunista.

Nos tempos de Mao Tsé-tung, o ateísmo foi um dos pilares para o estabelecimento da República Popular da China. Contudo, sua tentativa de exterminar toda forma de religião no país fracassou.

Ao longo das décadas seguintes, houve uma tentativa do Estado de assumir o controle das igrejas do país. A questão religiosa passou para segundo plano, enquanto o país mais populoso do mundo passava por profundas mudanças sociais e econômicas. Na década de 1970, Pequim anunciou que desistiria de tentar erradicar a religião organizada.

Com a ascensão do presidente, Xi Jinping, o discurso mudou. Segundo ele mesmo, a “gestão da religião é, em essência, a gestão das massas”. Atualmente, o país está entre os que mais perseguem os cristãos no mundo, segundo a missão Portas Abertas.

Estima-se que 90% das cruzes de igrejas consideradas “não oficiais” tenham sido retiradas à força. Pastores e os advogados que se opunham a campanha foram presos sob a acusação amplamente considerado como inventado pelas autoridades.


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