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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

O santo católico que vendeu sua alma ao comunismo

Thomas More

Lucas Banzoli

“O Catequista,” um blog de apologética católica, tratou de Thomas More. Ou melhor, “São” Thomas More, já que ele virou “santo” por uma única razão: ter sido executado a mando de Henrique VIII, que o site (assim como quase todos os outros de apologética católica) falsamente alega ter sido um rei protestante. 

O fascinante é que Henrique VIII assassinou milhares de protestantes por “heresia”, mas que são tratados como hereges satânicos que mereciam morrer. No entanto, com Thomas More é diferente, só porque ele era católico.

Mas, afinal de contas, quem foi Thomas More?

More era o chanceler do Reino de Henrique VIII, mas ficou conhecido mundialmente por sua famosa obra “Utopia”, que você provavelmente já deve ter pelo menos ouvido falar. A Utopia era o livro mais famoso da época (MAUROIS, 1959, p. 188), e o historiador Roland Mousnier resume o seu conteúdo:

“O humanista inglês Thomas More (1480-1533), membro do Conselho Privado de Henrique VIII e chanceler da Inglaterra, publica em 1516 a Utopia, inspirada na evolução capitalista inglesa e na República de Platão (...) 

A Utopia é uma ilha longínqua, cujo regime é uma ditadura comunista: todos os bens são comuns, os cidadãos não têm o direito de se deslocarem, pois se assim procedessem seria impossível controlar o trabalho e o consumo… 

O governo dirige a economia mediante um plano de produção e detém o monopólio do comércio exterior… Tudo é válido no combate aos inimigos: põe-se a prêmio a cabeça de seus chefes e provocam-se revoltas” 
(MOUSNIER, Roland. História Geral das Civilizações: Os Séculos XVI e XVII – Tomo IV, 1º Volume. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1960, p. 55-56)

O historiador francês André Maurois acrescenta que “More… anunciava o comunismo, o desprezo do ouro, o trabalho obrigatório para todos” (MAUROIS, André. História da Inglaterra. Rio de Janeiro: Pongetti, 1959, p. 188). Sua obra “utópica” lançou as sementes daquilo que mais tarde viria a ser o comunismo e influenciou diversos comunistas.


A lição que fica é bastante simples: um santo católico pode ser o precursor de um regime facínora e ditatorial que resultou em milhões de mortes no mundo todo e que supostamente é condenado pela própria Igreja Católica, mas se morreu como católico, não há problema! 

O tal santo católico não apenas é perdoado das aberrações que ensinou em vida sem jamais ter se arrependido, como ainda tem um passaporte garantido direto para o Céu, uma canonização infalível e um poder de onipresença e onisciência para neste momento ouvir e atender as preces de todos os católicos que a ele rezam em todas as partes do mundo e ao mesmo tempo. 

E pior: o próprio site católico em questão se diz contra o comunismo, o que mostra que ou eles não conhecem nada do personagem que retratam no artigo, ou são completamente desonestos.

O site “O Catequista” não apenas aprova Thomas More, mas vai além, o chamando de “grandioso em todos os sentidos”. Se ele era grandioso em todos os sentidos, então presume-se que em sua maior e mais importante obra que o tornou conhecido no mundo todo também foi.

Editado por Julio Severo. Para ler o artigo completo de Lucas Banzoli, acesse “O Catequista enaltece comunista, glorifica assassina e dissemina fantasia.”

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