O livro infanto-juvenil “Uma Dobra no Tempo”, escrito por Madeleine L’Engle em 1962 é uma obra famosa em língua inglesa. Ao estilo de “As Crônicas de Nárnia”, a aposta era usar a ficção para ensinar sobre valores cristãos e falar sobre Jesus ao público adolescente.
Contudo, quando a Disney comprou os direitos para adaptar o livro infantil para o cinema, a opção foi eliminar tudo isso. Uma das grandes apostas da gigante do entretenimento para 2018, o filme que estreia no Brasil em 29 de março é estrelado por Oprah Winfrey.
Após a divulgação do trailer e de detalhes da produção, ficou evidenciado que todas as citações da Bíblia, as referências a Jesus, e até mesmo as figuras cristãs do livro original foram retiradas.
Embora seja sempre difícil uma obra cinematográfica transpor todo o conteúdo de um livro para a tela, essas omissões mostram que a cosmovisão de Hollywood é constantemente anticristã.
O tema central de “Uma Dobra no Tempo” é a batalha entre o bem e o mal (luz e trevas) e tanto o livro quanto o filme mencionam muitas figuras históricas que lutaram contra a escuridão em nome da luz. Porém, a Disney usou de uma parcialidade constrangedora.
Quando a senhora Whatsit (interpretada por Reese Witherspoon) e a senhorita Who (Mindy Kaling) respondem aos adolescentes Calvin (Levi Miller) e Meg (Storm Reid) a pergunta: “Quem são os nossos lutadores?”, no livro há uma citação bíblica: “E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (João 1: 5).
Imediatamente, Charles Wallace (Deric McCabe), o irmão de Meg, declara: “Jesus! Claro, Jesus!”. Então a senhora Whatsit confirma imediatamente: “Claro!”
Em seguida, são enumeradas várias personalidades históricas que eram cristãos, incluindo o teólogo francês Albert Schweitzer e São Francisco de Assis. Na versão da Disney, o público verá uma lista “moderna” e até questionável, incluindo Mahatma Gandhi (um hindu) e Nelson Mandela (um comunista).
Em outro momento do livro, passado no planeta Uriel, as criaturas dançam e cantam uma canção baseada em Isaías 42:10-13: “Cantem ao Senhor um novo cântico, seu louvor desde os confins da terra, vocês, que navegam no mar, e tudo o que nele existe, vocês, ilhas, e todos os seus habitantes. Deem glória ao Senhor e nas ilhas proclamem seu louvor”.
O filme de Disney elimina não apenas as referências bíblicas que serviam como parte do enredo original, mas substitui todo tipo de menção à espiritualidade por ideias místicas, em uma retórica típica da “nova era”, comum em outras produções da empresa.
Em entrevista recente, a roteirista Jennifer Lee (famosa por ter escrito “Frozen”) declarou que estava ciente que as mudanças iriam surpreender quem conhecia o livro. Porém, justifica, a versão da Disney “celebra a inclusão e a diversidade, por isso, incluir versículos bíblicos e outros elementos cristãos, nos afastaria desse objetivo”.
Ainda que a expectativa de bilheteria seja alta, como em toda produção dos estúdios Disney, fica patente que a supressão das menções bíblicas revela a tentativa deliberada de Hollywood em impor à crianças e jovens uma visão de mundo onde Deus não está presente na história da humanidade.
Assista ao trailer:
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