Unico SENHOR E SALVADOR

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sexta-feira, 6 de junho de 2014

A visão do inferno


E me vi em um pequeno barco, ao lado de um barqueiro que me conduzia às regiões infernais.

Antes mesmo de chegar próximo àquele lugar de tormentos e dores, as trevas e a paisagem tenebrosa, era tão terríveis que já me davam vontade de voltar. Mas continuei, porque queria ver o que havia ali realmente. E ao chegar aos umbrais, um homem de longa barba branca contava o tempo: um tempo e mais tempo, além do tempo, tempo eterno, tempo infinito que nunca acaba. 

E voltava a repetir: um tempo e mais, além do tempo e assim continuava dando uma ênfase mórbida, de que aquele lugar nunca se acabaria. E continuava dizendo: aqui tudo é esquecimento, não há memória, nada pode ser restaurado.

E repetia.

As águas onde o nosso barco estava, eram turvas, quase lamacentas. E haviam focos de fogo em vários lugares e muitas explosões. E habitações em ruínas milenares, com fogo sempre muito próximo. E muitas cabeças sem corpos, dentro das águas, tentando o engano das semelhanças entre elas e pessoas já falecidas. E muitos corpos nús queriam entrar no pequeno barco, ou nos puxar para as águas turvas, ora pedindo socorro, ora querendo aprisionar-nos a eles.


Destacavam-se seres terríveis que não tinham boca e que desejavam falar, gritar, e isso os levava ao desespero, porque nunca poderiam falar. E o barco seguia, em direção a uma região que não havia tumulto, mas, um siêncio terrível. Era a região dos suicidas. Lá se encontravam pessoas boas, sofridas, que muito tinham amado os seus e que, por causa das dores do mundo e da morte, buscaram um fim tresloucado.

O silêncio, o isolamento, a inconsciência e o abandono, provocavam dor na nossa alma, sobretudo quando foi dito o que se segue abaixo:

"Aqui estão aqueles que ninguém quis ajudar em sua dor. Preocupados em serem fortes em sua própria dor, não perceberam o tamanho da fragilidade na dor dos que estavam ao seu lado e os criticavam, deixando-os sós, isolados em sua confusão mental, a ponto de, em sua solidão, não perceberem sequer que ainda existiam outros seres no mundo.

E eles caminharam no seu próprio esquecimento, na sua própria demência, compulsivamente atraídos para este fim"

Alô igreja de hoje!!!!! Como estamos cuidando uns dos outros? Estamos sensíveis ao que está ao nosso lado? Somos capazes de mergulhar com ele em sua dor? 
Maria Laura R da Costa Soares

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