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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Por que a perseguição aos cristãos fica pior em todos os países que os EUA “libertam”?

Michael Snyder
Quando as forças armadas dos EUA “libertam” uma nação, o resultado não deveria ser mais liberdade e paz para as pessoas que vivem ali? Em vez disso, estamos vendo exatamente o oposto. Aliás, em absolutamente todos os casos desde o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001, quando as forças armadas dos EUA “libertaram” um país, o resultado foi que a perseguição aos cristãos desse país ficou muito pior.
Em regiões em que os EUA gastaram bilhões de dólares e onde milhares de preciosas vidas americanas foram sacrificadas, igrejas estão regularmente sofrendo ataques de bomba, os cristãos estão sendo brutalmente degolados e leis têm sido aprovadas para tornar ilegal um muçulmano se converter ao Cristianismo. Se os EUA não puderam nem mesmo dar as liberdades mais fundamentais para as pessoas que vivem nessas nações, o que foi que os EUA realmente conseguiram realizar ao “libertá-las”?
Apenas dê uma olhada no que aconteceu com o Afeganistão. Os EUA estão em guerra no Afeganistão há mais de 12 anos, mas as coisas estão tão ruins para os cristãos nesse país que hoje não sobrou nenhuma única igreja cristã…
O governo supostamente “moderado” de Karzai instalado pelos EUA sustenta muitas das leis draconianas implementadas pelo Talibã — inclusive a lei de apostasia, perseguindo ferozmente os que tentam se converter para o Cristianismo — e, em 2011, com o patrocínio dos EUA, o governo afegão destruiu a última igreja cristã do Afeganistão.
No Iraque, a tragédia é a mesma. Estima-se que antes da invasão americana, havia uns 2 milhões de cristãos vivendo no Iraque. Agora, esse número caiu para menos de 450.000, e continua caindo rapidamente.
Aliás, as coisas estão tão sombrias para os cristãos do Iraque que alguns líderes iraquianos estão alertando que os cristãos logo poderão se extinguir nessa nação…
À medida que o êxodo em massa dos cristãos iraquianos continua, assim prosseguem os pedidos para que se dê um basta no sofrimento dos que permaneceram. Como a antiga comunidade judaica do Iraque antes deles, uma das mais antigas comunidades cristãs do mundo logo poderá deixar de existir.
O desaparecimento das minorias religiosas do Iraque tem sido uma tendência preocupante desde a invasão liderada pelos EUA em 2003, e tem ameaçado acabar com a diversidade cultural do Iraque. Enquanto a violência no Iraque está aumentando muito e a intolerância religiosa cresce, muitos cristãos e membros de outras minorias estão deixando o país.
Na semana passada, o líder da Igreja Católica Iraquiana enviou um aviso assustador de que a comunidade cristã de 2.000 anos do Iraque está à beira da extinção, pois novas ondas de cristãos estão abandonando o Iraque.
Estima-se que a guerra do Iraque custou mais de 2 trilhões de dólares para os americanos que pagam impostos.
No fim, o que foi que os EUA conseguiram realmente realizar?
O governo de Obama gosta de se gabar de como deu um fim em Kaddafi e “libertou” a Líbia, mas agora a al-Qaida controla a maior parte do país e as coisas estão muito piores para os cristãos do que nunca antes…
Desde que os terroristas apoiados pelos EUA e ligados à al-Qaida derrubaram Kaddafi, os cristãos — inclusive americanos — têm sofrido extrema perseguição. Igrejas têm sofrido ataques a bomba; cristãos têm sido torturados e mortos (inclusive por se recusarem a se converter); e freiras têm sido ameaçadas.
Na Síria, o governo de Obama está sem nenhuma vergonha se aliando a jihadistas radicais da al-Qaida numa tentativa desesperada de derrubar o governo de Assad.
Enquanto esses jihadistas estão torturando, degolando e até crucificando cristãos, a grande mídia nos Estados Unidos está virtualmente em silêncio sobre isso.
Por que os meios de comunicação estão tão silenciosos?
Pelo simples fato de que expor o que está acontecendo faria o governo de Obama parecer ruim.
Os que estão perseguindo os cristãos na Síria estão sendo diretamente financiados e ajudados pelos governos dos Estados Unidos e Arábia Saudita.
E é evidente que não é apenas no Oriente Médio em que esse tipo de perseguição aos cristãos está ocorrendo.
Enquanto Hillary Clinton era secretária de Estado, o Departamento de Estado dos EUA se recusava a classificar Boko Haram como uma organização terrorista.
Mas agora o mundo inteiro está falando sobre Boko Haram. Essa organização atacou mais de 700 igrejas cristãs na Nigéria durante os sete anos passados, e o resultado é um êxodo em massa de cristãos do norte ao sul da Nigéria.
Então por que o governo de Obama teve tanta hesitação de se manifestar contra o Boko Haram até agora?
Aliás, embora a maioria dos americanos não compreenda isso, o governo de Obama deu muito apoio ao Boko Haram no passado. Obama chegou a ameaçar o governo da Nigéria com sanções econômicas em 2013 numa tentativa de impedi-los de adotar medidas enérgicas contra o Boko Haram.
O que no mundo o governo de Obama estava pensando?
De que lado os EUA estão?
Se você ama a liberdade, você deveria estar profundamente preocupado com o alastramento de grupos como Boko Haram.
A tirania muçulmana não deveria ser tolerada no mundo de hoje.
Mas em vez disso, o governo dos EUA parece estar ajudando a alastrá-la.
Traduzido e editado por Julio Severo do artigo do InfoWars: Why Does Christian Persecution Get Worse In Every Country The U.S. “Liberates”?
Leitura recomendada:

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