Julio Severo
A vinda dele não estava “profetizada,” mas depois de muitos anos com um Congresso Nacional cansado de ver políticos empenhados apenas em campanhas contra a família, eis que surge o novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um homem empenhado pela família, assim se revelando uma bem-vinda surpresa para os brasileiros.
Hostilizado pelas esquerdas, Cunha promete fazer o que muitos políticos em Brasília não gostam de fazer: representar os desejos e necessidades da maioria dos brasileiros, que não querem e nunca quiseram aborto e redefinição do casamento para privilegiar indivíduos presos a vícios homossexuais.
Cunha já declarou, para a alegria das famílias brasileiras, que enquanto ele estiver vivo o aborto nunca será legalizado.
Para maior desagrado das esquerdas do Brasil, inclusive do PT e do PSDB, Cunha está acelerando um projeto patrocinado pela bancada evangélica que define família apenas como união entre homem e mulher e que, na prática, pode proteger crianças dos perigos e abusos da adoção por duplas homossexuais.
O projeto se chama Estatuto da Família, que entra em choque direto com uma das maiores ambições das esquerdas brasileiras: a criminalização de opiniões contrárias ao homossexualismo, sob a capa de combate à “homofobia” — termo fantasioso e malicoso que funciona como metralhadora giratória para atacar qualquer cidadão por oposição às práticas homossexuais.
A bancada evangélica, com 80 deputados, está dando total apoio a essa iniciativa pró-família.
O Estatuto da Família traz como definição de família o núcleo natural, fundamental e tradicional formado a partir da união entre homem e mulher, por meio de casamento ou união estável, ou comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
De acordo com o projeto, o Estado tem a obrigação de valorizar e proteger o conceito de família. “São diversas as questões, desde a grave epidemia das drogas, que dilacera os laços e a harmonia do ambiente familiar, à violência doméstica, à gravidez na adolescência, até mesmo à desconstrução do conceito de família, aspecto que aflige as famílias e repercute na dinâmica psicossocial do indivíduo”, escreveu o autor do projeto, o Dep. Anderson Ferreira (PR-PE), da bancada evangélica.
O Estatuto da Família está na mira do endinheirado movimento supremacista gay, que usará toda a sua musculatura ideológica contra essa tentativa de proteger a família brasileira. Mas Eduardo Cunha não está intimidado. Ele está pronto para ir em frente, apesar da raiva dos grupos gays de pressão política.
Parece ter havido uma mudança drástica em Cunha. Em 2011, ainda existia um embate sobre a Lei da Palmada. Quando foi informado de que mais de 80% das pessoas eram contra a aprovação dessa lei, Cunha espantosamente declarou, no seu Twitter, que as crianças é que deveriam ser consultadas.
Para pais cristãos que fazem uso da vara corretiva, conforme orientação da Bíblia, a postura de Cunha foi chocante. Agora que a Lei da Palmada já foi aprovada, com a ajuda da Frente Parlamentar Evangélica, esses pais deveriam consultar Cunha para ver se ele realmente mudou e pode adotar alguma medida contra essa lei que passou exclusivamente pela vontade de Xuxa e do governo do PT, atropelando mais de 80 por cento da população brasileira.
Todos grupos pró-aborto do Brasil estavam empenhados na aprovação da Lei da Palmada. Queriam ao mesmo tempo o direito de matar crianças e tirar dos pais o direito de educá-las conforme Deus orienta na Bíblia. Eles já conseguiram uma vitória, para vergonha da bancada evangélica.
Conservador e membro da Assembleia de Deus, Cunha está pronto para combater qualquer projeto que trate da legalização do aborto.
“Aborto eu não vou pautar (para votação) nem que a vaca tussa,” disse, em entrevista ao site do jornal O Estado de S. Paulo. “O último projeto de aborto eu derrubei na Comissão de Constituição e Justiça. No aborto, sou radical.”
Se o outro lado, que deseja impor sua versão necrosada de família, tem de forma implacável usado e abusado de seu radicalismo para promover seus vícios sobre toda a sociedade, nada mais natural e obrigatório do que uma resistência radical para impedir as radicais imposições e imposturas homossexuais.
Continue sendo “radical” com os radicais, Eduardo Cunha.
Com informações da Folha de S. Paulo.
Fonte: www.juliosevero.com
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