NITERÓI — A Praça Juscelino Kubitschek, no Caminho Niemeyer, que fica no Centro de Niterói, amanheceu no último sábado, dia 19, com mensagens de intolerância racial, religiosa e sexual coladas em seus postes.
Os cartazes, que fazem ameaças a muçulmanos, homossexuais e judeus, entre outros grupos, são assinados por uma organização que se denomina "Imperial Klans of America Brasil". Junto, estão ilustrações de integrantes da Ku Klux Klan, a organização dos Estados Unidos conhecida pelo discurso de supremacia racial.
"Comunista, gay, judeu, muçulmano, negro, antifa, traficante, pedófilo, anarquista. Estamos de olho em você", diz um dos cartazes.
— Os cartazes apareceram na praça na manhã de sábado. Não se sabe se foram colados na noite de sexta ou no próprio sábado. O local fica bem perto do Plaza Shopping e da estação das barcas. Pertence ao Caminho Niemeyer — explica advogado Rodrigo Mondego, da comissão de Direitos Humanos da OAB, que postou uma das imagens no Facebook.
"Comunista, gay, judeu, muçulmano, negro, antifa, traficante, pedófilo, anarquista. Estamos de olho em você", diz um dos cartazes.
— Os cartazes apareceram na praça na manhã de sábado. Não se sabe se foram colados na noite de sexta ou no próprio sábado. O local fica bem perto do Plaza Shopping e da estação das barcas. Pertence ao Caminho Niemeyer — explica advogado Rodrigo Mondego, da comissão de Direitos Humanos da OAB, que postou uma das imagens no Facebook.
Em outra mensagem, o grupo afirma que tem “operado nas sombras” e assina como “Soldados e Cavaleiros Invisíveis United Klans of America Brazil”:
“Vocês estão sendo colocados sobre observação e que qualquer ato de agressão em solo brasileiro serão atendidas com a agressão contra vocês. United Klans of America Brazil não vai comprar a esta retórica RACIAL que está sendo espalhados por todo o país que se destina apenas a dividir o povo.
Nós vamos caçar qualquer um que desejo nosso país e seus cidadãos mal. Temos operado nas sombras mais do que vocês, então não subestime o que você não entende. Gostaríamos de sugerir que todos os irmãos brancos se unissem contra o inimigo comum. E que todos nós tomamos um juramento de defender(sic)".
Nos últimos anos, outras manifestações de intolerância aconteceram em Niterói. No carvanal de 2013, um grupo de neonazistas foi preso após agredir um nordestino no Centro, próximo a estação das barcas. O local fica a poucos metros da Praça Juscelino Kubitschek. Em 2014, a sede do Grupo Diversidade Niterói (GDN), que milita em contra a homofobia, foi atacada. Na ocasião, suásticas foram pichadas na parede.
— Não se pode atribuir todos os episódios ao mesmo grupo, mas com a internet, a gente percebe um crescimento nessas manifestações. Algumas pichações vem aparecendo, principalmente na Zona Norte. Isso demonstra um organização maior desse grupo, já como uma célula — afirma Renato Almada, ex-subsecretário de Direitos Difusos de Niterói e hoje assessor do deputado federal Wadih Damous (PT).
Fonte: O GLOBO
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