Na guerra midiática travada nos últimos meses entre a Rússia e os Estados Unidos, os rumores de guerra só crescem. O principal motivo do confronto entre as duas potências tem sido as provocações de ambas as partes, especialmente relacionados a sua posição em outros territórios.
Desde o começo da guerra civil na Síria, em 2011, que evoluiu para a guerra com o Estado Islâmico também no Iraque, norte-americanos e russos se colocam em lados opostos.
Enquanto a mídia americana mostra os americanos oferecendo armamento, munições, equipamento militar e de comunicação para os rebeldes, os russos negociavam com o presidente Bashar Al-Assad.
Por ocasião da invasão da Ucrânia no ano passado, os EUA fizeram ameaças a Putin, que não recuou. Para demonstrar que não está enfraquecido, os Estados Unidos, juntamente com a OTAN passou a reforçar a sua presença militar nos países do Leste Europeu, que fazem fronteira com a Rússia. Recentemente, fez os maiores treinamentos de tropas aerotransportadas desde o fim da Guerra Fria.
A iniciativa deixou a Rússia irritada com o que chama de “ampliação da atividade militar na Europa”. Moscou protestou, afirmando que isso poderá levar à “desestabilização na região e no mundo”.
Nos últimos meses, americanos e russos se opuseram novamente na guerra que ocorre no Iêmen. Moscou apoia os iranianos e financiam os rebeldes houthis, um grupo islâmico xiita. O presidente iemenita, Abed Rabbo Mansour Hadi, fugiu do Iêmen e pediu exílio na Arábia Saudita. Esta, por sua vez, apoiada pelos seus aliados, e os EUA formou uma coalizão, que conta com a presença de Emirados Árabes, Catar, Bahrein e Egito.
Curiosamente, Rússia e Irã também estão do mesmo lado quando se trata de atacar Israel. Enquanto Moscou apoia o Hamas, Teerã continua financiando o Hezbolah.
Esta semana, o premiê israelense, fez uma viajem de urgência até a Rússia para tratar das tensões no Oriente Médio. Netanyahu levou a Putin sua preocupação de que a ajuda russa ao governo sírio afete a segurança israelense. O envolvimento de Moscou na região cresce e isso, desagrada Obama.
Este mês, o Pentágono declaradamente reviu e atualizou seus planos para uma possível guerra com a Rússia. Desde o fim do colapso da União Soviética, é a primeira vez que isso ocorre. O estopim poderá ser justamente os conflitos dos aliados de ambos no Oriente Médio. O site Russia Today, um dos veículos oficiais do governo russo vem mostrando esse escalonamento da tensão quase diariamente.
O ministro-adjunto da Defesa da Rússia, Anatoly Antonov, disse que a Otan está provocando a Rússia em uma “corrida armamentista”, depois que houve relatos de “mísseis americanos colocados em países da Europa Oriental e do Báltico.”
Ontem (22), foi amplamente noticiado que a Rússia enviou 28 caças de guerra para a Síria.
Acostumado a viver num clima de ameaça constante, as Força de Defesa de Israel acompanham detalhadamente o que acontece no seu vizinho ao norte. Em julho, convocou de emergência centenas de milhares de reservistas. Foi um dos maiores exercícios militares da história do Estado judeu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça um blogueiro feliz, comente!!
Porém...
Todo comentário que possuir qualquer tipo de ofensa, ataque pessoal e palavrão, será excluído sem aviso prévio!