Ilustrações geraram manifestações negativas em todo o mundo
A Hashtag #jenesuipascharlie ganhou destaque nas redes sociais em crítica às ilustrações sobre a morte do menino sírio Aylan Kurdi
Após o atentado ocorrido em janeiro deste ano, que resultou na morte de 12 pessoas, o jornal francês Charlie Hebdo volta a ser alvo de polêmica depois de levar à capa da edição desta semana ilustrações do menino sírio e muçulmano, Aylan Kurdi, encontrado morto em uma praia da Turquia. Em destaque a setença: "fracassou a chegar à Europa".
Na ilustração, a imagem que se tornou símbolo da crise migratória é destacada diante de um anúncio da rede McDonald’s, dizendo:“dois menus de criança pela preço de um”. E segue: Tão perto da meta”.
Europa cristã
Ainda na mesma edição, outro cartum traz a legenda, "A prova de que a Europa é cristã”, junto a um menino que aparece como uma figura martirizada de Jesus Cristo, expressando: “os cristãos andam na água e crianças muçulmanas afundam”. Em outro esquete, Aylan aparece como um personagem de um programa de TV infantil, com a mensagem.“Bem-vindo à ilha das crianças”.
Je ne sui pas Charlie
Entre opiniões distintas, as charges publicadas nesta semana ganharam repercussão em todo o mundo. Em meio às manifestações, o advogado britânico Peter Hebert, diretor da Sociedade de Advogados Negros do Reino Unido, revelou que a organização abrirá uma medida contra o periódico. Em sua conta no Twitter, o magistrado reforçou a crítica.“O jornal é uma publicação racista, xenofóbica e ideologicamente falida que representa o decaimento moral da França".
Nas redes sociais, a hashtag #jenesuispascharlie ganhou destaque entre os internautas que desaprovaram a publicação. No Canadá, o jornal Toronto Sun julgou como deboche as ilustrações sobre a morte de Aylan Kurdi.
Fonte: Catraca Livre
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