Havia um homem muito rico e que possuía muitos bens, acumulados ao longo da sua vida à custa de muito trabalho. Ele tinha um único filho, que ao contrário do pai, não queria nada com o trabalho nem com os estudos. O que ele mais queria eram mulheres e festas com os amigos.
Seu pai sempre o advertia sobre a importância do trabalho e dos estudos. Os amigos só estariam ao seu lado enquanto ele tivesse algo para lhes oferecer.
Os conselhos e ensinamentos do pai chegavam aos ouvidos do jovem, mas ele não assimilava nada e continuava com sua vida vazia de conteúdo e sem objetivos.
Um dia, o velho pai mandou os empregados construírem um pequeno celeiro nos fundos da casa e, dentro dele, uma forca com os seguintes dizeres “Eu Nunca Ouvi os Conselhos do Meu Pai”.
Mais tarde ele chamou o filho, levou-o ao celeiro e disse:
Meu filho, já estou velho e quando eu morrer, tudo isso será seu. Se você fracassar quero que me prometa que vai-se enforcar nesta forca.
O jovem, incrédulo com aquela louca proposta riu, achou tudo um absurdo, mas, para não discutir com o pai, fez a promessa pensando consigo mesmo que jamais faria aquilo.
O tempo passou, o velho pai morreu e o filho herdou todos os seus bens, assumindo os negócios da família; mas, como havia sido previsto, gastou muito em festas, perdeu dinheiro em negócios malfeitos e começou a vender o patrimônio. Em pouco tempo perdeu tudo. Perdeu os amigos e, desesperado, lembrou-se do pai, cujos conselhos jamais ouvira e então começou a chorar copiosamente.
Pesaroso, levantou os olhos vermelhos e avistou ao longe o velho celeiro e aí se lembrou da promessa feita a seu pai. Deprimido e enfraquecido caminhou até lá e, lendo as palavras escritas na placa, entrou novamente em choro compulsivo, decidiu então cumprir a promessa, já que nada mais lhe restava na vida.
Subiu na forca, pendurou a corda no pescoço e jogou-se no ar, sentindo por um instante o aperto em sua garganta. Mas o braço da forca era oco e quebrou-se antes que o rapaz morresse. Ele caiu no chão e do braço oco da forca, caíram jóias, esmeraldas e diamantes.
Uma pequena fortuna que trazia junto um bilhete com os seguintes dizeres: “Esta e a sua nova chance, Eu o Amo Muito, SEU PAI”.
A mensagem tem como base o livro Parábolas Eternas, organização Legrand, 5ª ed., editora Sóler, 2004.
todos nos merecemos uma segunda chance.
ResponderExcluirMuito legal
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