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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A autofagia do terror: entre o marketing populista e a barbárie promulgada



Existem certos conceitos centrais de ação na política humana que operam independente da cena ou tempo. 

Para um arquiteto da guerra cultural e propulsor de uma esquerda-radical pautada no preâmbulo de manipulação de massas e difusora do radicalismo, o escritor norte-americano, Saul Alinsky, ainda pode ser empregado como um facilitador de estratégias gramscianas de operação até os dias atuais das formas mais contundentes possíveis. 

A ascensão das forças de coalizão extremistas após o êxodo sírio pra Europa, transformaram
o assunto em algo quase inócuo a realidade demostrada pela imprensa, seja ela em defesa da barbárie com viés humanista ou transmutando pautas correntes em assuntos secundários – como vemos em escala substancial, ao se pautar o debate político e casos de racismo protagonizados por celebridades se reproduzirem por osmose para encobri-lo, por exemplo.

Transitamos por um cenário hostil onde a maior força terrorista em atividade decide transcender o terror megalomaníaco imposto até então para ascender como um Estado, com departamento de governo, tesouro e um programa econômico gerido por autossuficiência.

Esses termos estão descritos em um documento chamado de "Princípios na Administração do Estado Islâmico", e defende sua implementação não como exército, mas sim como nação. 

Um Estado entre Iraque e Síria promulgado por Abu Bakr al-Bagdadi, após o anúncio tortuoso do "califado islâmico ". Ayman Jawad al Tamimi, pesquisador acadêmico que fundamenta seus estudos baseado em documentos disponibilizados pelo grupo garante que isso não é mais uma possibilidade remota.

O anúncio do califado islâmico foi uma estratégia ao perceber a falta de vantagem em uma luta contra idólatras, sem a existência de um líder ou califa que poderia reunir os muçulmanos sob sua bandeira e ser um mártir para esses mesmos muçulmanos – o marketing terrorista foi então divido em capítulos. 

Mas tal estratégia teve seu contraponto após o suposto envio de 4.000 extremistas para a Europa entre os refugiados da guerra civil síria. Em um artigo intitulado "The dystopian politic in Europe" para o Project Syndicate, o economista do BCE, Nouriel Roubini, alega que a resposta europeia a isso tende a ser um populismo nacionalista instável. 

O dito ressurgimento do populismo nacionalista e nativista não seria algo surpreendente, ponderando cinco pontos críticos; a estagnação econômica, o desemprego, o aumento das taxas de desigualdade e miséria e o repúdio aos imigrantes de forma quantitativa após os ataques em território europeu.

Em um cenário em que o mal-estar econômico se torne crônico, os partidos populistas europeus poderiam se fortalecer em mais países e com uma zona do euro ainda abalada após o caos grego, o efeito disso seria uma ruptura da união monetária justamente a partir do discurso alisnkyano proposto acima. 

Na mesma França alvo de atentados e de debates austeros sobre os riscos da imigração muçulmana, o partido Front National chefiado por Marine Le Pen, obteve maioria dos votos nas primárias sob alcunha covarde dada pela mesma imprensa que difundiu o #PrayforParis ou #JesuisCharlie de extrema-direita. 

Compreendam, o terror está promovendo uma autofagia política autossuficiente que através de um efeito borboleta pode fazer um ataque a uma base terrorista na Síria, transmutar a oposição de um país europeu com um governo socialista em baixa, em algo ainda mais assustador.

Em um texto chamado "A nossa moral e a deles", encontrado na obra Moral e Revolução, de Leon Trotsky, o mesmo alega que há fatores que a esquerda domina por que a moral revolucionária é mais elástica que a moral conservadora e podemos empregar justamente esse conceito da imagem que ilustra este artigo, representando um grupo de ex-prisioneiros muçulmanos, treinados no campo de Halbmondlager, em Zossen, para se tornarem jihadistas em papel extraordinário defendendo a Alemanha na Primeira Guerra Mundial. 

Nasce ai uma justificativa universal para o terror e nós seguiremos falhando enquanto não compreendermos a principal arma do coletivismo estratégico, o medo.

Fonte: Reaça

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