Podem os atentados de Paris e da Califórnia trazer lições para o Brasil? Devemos receber sem nenhum discernimento qualquer tipo de imigração? Seguem algumas reflexões a respeito.
O atentado ocorrido na Califórnia no dia 2 de dezembro último trouxe uma nota psicológica ainda mais aguda, sob certo aspecto, do que o de Paris. Nos EUA os atiradores eram “um simples casal”, sem nenhuma passagem pela polícia, sem nenhuma suspeita anterior, com uma conexão “apenas” espiritual com o Estado Islâmico. Eram o vizinho.
Um jornal americano comentou a propósito, com razão: nas últimas semanas os americanos têm caminhado olhando para trás… quem será o próximo? O dono da farmácia da esquina? O jornaleiro?
Diante desse estado de pânico, um dos mais cotados candidatos à presidência pelo Partido Republicano, Donald Trump, defendeu o fechamento do território americano aos muçulmanos. O fato é que já habitam os EUA, grande parte deles como cidadãos americanos, mais de 2,75 milhões de muçulmanos¹.
Para alguns, uma ação radical anti-islâmica fortalecerá o EI, pois uniria os islâmico-americanos em torno de sua agenda. A convulsão que daí adviria, segundo os mesmos, poderia tomar um vulto apocalíptico. Para outros, a não se tomar uma atitude como a desejada por Trump, o perigo muçulmano só aumentará, máxime se forem aceitos como refugiados os 10 mil sírios propostos ao governo Obama.
Em outras palavras, se correr o lobo pega, se ficar o lobo come. E como fica o Brasil nisso tudo? Não podemos tirar desse impasse preciosas lições? Creio que sim.
A primeira lição, a meu ver, é a de que o Brasil deve não apenas redobrar os cuidados antes de aceitar “refugiados” em quantidade, mas procurar conhecer seriamente a quem recebe, sobretudo em se tratando de islâmicos que emigraram de zonas de conflito armado.
E se nesse momento formos tachados de “xenófobos”, poderemos responder tranquilos: não queremos em um futuro próximo enfrentar o mesmo beco sem saída que os EUA e a Europa enfrentam hoje.
A segunda é mais melindrosa: Haiti.
Que controle sério tem havido quanto à aceitação de refugiados haitianos no Brasil? Por que o interesse do atual governo em aceitá-los às pencas? Mero humanitarismo? Já há quem diga que, no meio dos “refugiados”, há elementos ideologicamente muito alinhados com as pretensões petistas. Será “xenofobia” acreditar nisso também?
Por fim, um assunto correlato: Mais Médicos.
Quantos dos milhares de médicos cubanos introduzidos no Brasil serão agentes a serviço do socialismo (meta comum dos governos cubano e petista), postos em situações-chave para seu proselitismo? Averiguar isso constitui “xenofobia” contra os cubanos?
Não procuro com isso defender uma recusa total de refugiados. Conheço alguns que fazem jus a serem recebidos calorosamente. Há refugiados e “refugiados”.
Se sou o dono da casa, e alguém me pede alojamento, tenho ou não tenho o dever de procurar saber antes quem estarei abrigando? Sobretudo se tenho dados para desconfiar que meu “refugiado” poderá causar problemas sérios no futuro próximo, que pai de família sou eu se, apenas para não me chamarem de rigorista, deixo a vida e a integridade de meus filhos em risco?
Neste caso, fico com o ditado: Mateus, primeiro os teus!
Fonte: IPCO
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